[TOP 5] Cancelamentos precoces

Sabe quando você acompanha uma série nova, envolve-se com ela, fica mega empolgado com o potencial que tem e ansioso pelo que virá? Sensação maravilhosa, não é? Mas daí a network vem e cancela, destruindo todos os seus sonhos e esperanças (those sons of bitches!). Aposto que todos já passamos por isso (e quem nunca teve tal infortúnio não sabe o que é frustração de verdade), por isso venho aqui hoje compartilhar com vocês algumas dessas tristes histórias. Fiz uma lista com 5 séries que foram canceladas com poucos episódios transmitidos, e que na minha humilde opinião mereciam ter tido mais uma chance, pois eram realmente dignas. Aliás, para aqueles que assim como eu não se importam de ver séries canceladas, super recomendo essas do top! E por favor comentem, opinem, quais outras séries vocês acham que foram canceladas precocemente? :)

 

5º) Are You There, Chelsea?

 

Network: NBC

Ano: 2012

Temporadas: 1

Episódios: 12

Estrelada pela digníssima Laura Prepon (a inesquecível Donna, de “That ‘70s Show”), a série é baseada no livro “Are You There Vodka? It’s Me, Chelsea” que conta a vida da apresentadora Chelsea Handler. Quem já assistiu ao programa da Chelsea sabe a categoria de mulher que ela é, então já tem uma ideia do tipo de confusão que ela se mete (mas claro que na série as coisas eram bem mais “leves”). Apesar de ser um tipo de comédia meio clichê, a série era engraçada de verdade, não era maçante como a maioria desse tipo (é isso aí, estou falando de você “Two and a Half Man”). Claro que isso se deve em grande parte ao talento cômico da nossa querida Laura Prepon, mas o roteiro também não era de se jogar fora. Além, é claro, dos outros personagens que também tinham seu charme, como a parceira de crime da Chels, Olivia; os bros, Rick e Todd; a ingênua e hilária Dee Dee; o pai sem noção, e Sloan, a irmã beata de Chels, que era interpretada pela própria Chelsea Handler. Enfim, não estou dizendo que era uma das melhores séries do mundo, mas acho que merecia sim pelo menos uma temporada completa!

 

 

4º) Mr. Sunshine

 

Network: ABC

Ano: 2011

Temporadas: 1

Episódios: 9 (foram produzidos 13 mas só 9 foram exibidos)

Estrelada pelo insuperável Matthew Perry (o eterno Chandler, de “Friends”), a série acompanhava a vida de Ben Donovan, gerente de uma casa de espetáculos, o Sunshine Center. Precisa dizer alguma coisa sobre a qualidade da série? Aposto que todos pararam de prestar atenção nesse texto quando leram o nome Matthew Perry no começo. O cara é simplesmente um gênio da comédia, nada que ele faça pode ficar ruim! Mas aparte disto, a série era realmente muito boa, o roteiro era divertidíssimo e o elenco era ótimo. Não tinha como não rir das loucuras de Crystal, a dona do Sunshine Center e chefe de Ben, além das trapalhadas de Roman, filho de Crystal e eventualmente o melhor amigo de Ben. O próprio Ben por si só já valia a pena toda a série, todas as abacaxis que sobravam para ele descascar, o descaso dele com sentimentos e emoções, o sarcasmo característico de todo personagem do Matt, enfim, era risada na certa! Lendo isso imagino que estejam pensando “como ela pode falar tão bem de uma série só por 9 episódios?”, pois é minha gente, pra vocês terem noção de como é boa, só com esse tantinho de episódios já deu para captar qualidade. A série, em seu curto tempo de vida, contou com participações especiais como Nick Jonas, interpretando um mimado cantor teen, e Lizzy Caplan, que interpretou uma “ficante” de Ben no último episódio exibido (little bit of trivia: Lizzy e Matt estão namorando desde 2009). Enfim, com certeza merecia mais episódios e pelo menos mais uma temporada completa, dava pra ter investido!

 

 

3º) Dirt

 

Network: FX

Ano: 2007-2008

Temporadas: 2

Episódios: 20

Produzida e estrelada pela rainha Courteney Cox (a nossa amada Monica, de “Friends”), a série mostra os bastidores do mundo das celebridades, no mais repugnante e inescrupuloso nível. Quem resolver mergulhar de cabeça nessa série porque sente saudades da Monica, vai dar com a cara no fundo da piscina, pois Dirt não tem NADA a ver com Friends. Courteney interpreta a sexy e venenosa Lucy Spiller, editora-chefe de uma revista de fofocas do tipo que utiliza todos os meios, morais e imorais, para conseguir um furo. Sabe aquele tipo de protagonista anti-heroi? Lucy Spiller foi provavelmente a inventora desse termo, porque de heroína a bi@tch não tem nada. A série é um drama para aqueles que adoram uma boa dose de realidade, recheada com cretinice e imoralidade, sem nenhum tipo de censura. Sem contar todo o brilhantismo de Courteney Cox, porque já não basta ser uma deusa da comédia, ainda tem que arrasar fazendo drama e produzindo a série também! (todos fazem uma reverência para a minha Court agora \o/) E calma que ainda falta a cereja em cima do bolo: a deliciosa participação de Jennifer Aniston. Jen interpreta Tina Harrod, outra editora bi@tch que vem infernizar a vida de Lucy no último episódio da primeira temporada. As ex-Friends (no sentido de que ambas era de Friends, claro, pois Court e Jen ainda hoje são melhores amigas HAUH) ainda protagonizaram uma cena nesse episódio que virou “polêmica” na época, um beijo na boca (mas é só um selinho gente, elas faziam isso o tempo todo em Friends, é que o povo dos EUA adora polemizar tudo LOL). Enfim, definitivamente Dirt merecia mais episódios, muito boa a série!

 

 

2º) The Finder

 

Network: Fox

Ano: 2012

Temporadas: 1

Episódios: 13 (além do episódio promocional da série em Bones - 6x19 The Finder)

Criada por Hart Hanson, a série é considerada um spin-off de Bones e conta a historia de Walter Sherman, um veterano do exército americano que depois de ter sido atingido por uma bomba na guerra, desenvolveu uma habilidade única e especial: encontrar coisas. Objetos, pessoas, comida, uma música, uma conversa, enfim, tudo e qualquer coisa que tenha se perdido, Walter é capaz de encontrar. Daí, The Finder já mostra seu diferencial, sua originalidade, a própria premissa da série é distinta de qualquer outra coisa que estamos acostumados a ver nas tramas da TV. Para completar suas missões, Walter conta com a ajuda de Leo, melhor amigo e escudeiro, além de advogado pessoal; Isabel, uma agente dos US Marshals com quem Walter mantém um relacionamento do tipo ‘friends with benefits’; e Willa, uma cigana adolescente em liberdade condicional e pupila de Leo. Existe toda uma teorização ao longo da série sobre o que aconteceria com Walter se um dia ele não encontrasse algo que procura, a mais forte é a de que ele ficaria catatônico ou morreria (eu também apostava nessa), mas nunca foi possível descobrir, pois ele sempre encontra o que procura, e muitas vezes até mais que isso. O humor da série está principalmente nas loucuras de Walter, uma criatura nada convencional, especialmente quando se trata dos métodos usados em suas investigações, cheio de manias esquisitas e uma tendência quase doentia em ser inconsequente, tanto que já tinha até bordão: “I’ll risk”, sempre que Leo lhe apresentava os possíveis resultados catastróficos de suas decisões. Mas a graça não estava apenas nele, todos os personagens eram fascinantes, e as buscas desenfreadas de Walter eram cada vez mais bem elaboradas e divertidas, o roteiro era perfeito! Por ser spin-off de Bones, a série contou com participações especialíssimas de dois personagens da obra-prima do titio Hart. Isso mesmo, você leu certo, não foram só os atores de Bones que apareceram em The Finder, foram os personagens mesmo, nossos queridos squints do Jeffersonian \o/ já no segundo episódio da série, o Dr Sweets é designado a fazer uma avaliação psicológica de Walter (dá pra imaginar a loucura que foi isso, não é? lol) e no sexto episódio, o Dr Hodgins vai até Walter com uma tarefa altamente perigosa (as famosas paranoias e teorias conspiratórias do nosso Hodgie lol²). Enfim, perfeita a série, merecia no mínimo umas três temporadas completas!

 

 

1º) Firefly

 

Network: Fox

Ano: 2002

Temporadas: 1

Episódios: 14 (além do filme “Serenity” de 2005 que encerra a série)

Criada pelo gênio Joss Whedon (“Buffy, The Vampire Slayer”, “Angel”, “Dr Horrible’s Sing-Along Blog”) e estrelada pelo magnífico Nathan Fillion (o nosso Richard Castle, de “Castle”) e a brasileira fofíssima Morena Baccarin (a Jessica Brody, de “Homeland”), esta série de ficção científica que ganhou o Emmy 2003 de “Melhores Efeitos Especiais e Visuais em uma Série” acompanha a jornada dos tripulantes da nave Serenity, que viaja pelo universo fugindo da Aliança, uma agência opressora que tomou o poder ao ganhar a guerra contra os Independentes (a resistência). Além de evitar a Aliança, os navegantes da Serenity ainda têm de lutar pela sobrevivência realizando trabalhos de contrabando ilegais e combater os “reavers”, saqueadores sanguinários que vagueiam pelo espaço. Nathan interpreta Malcolm Reynolds, o misterioso capitão da nave, um homem de pulso firme e bom coração que lutou na guerra a favor dos Independentes. Morena interpreta Inara Serra, uma cortesã de alta classe, com licença profissional e status, sendo considerada a “embaixadora” da Serenity, pois é quem abre as portas de muitos planetas para a nave. Apesar de que os dois personagens nunca chegaram a ficar juntos de verdade, percebe-se claramente que Mal e Inara eram um par romântico, mas com o fim da série a historia ficou em aberto. Além deles, a tripulação ainda conta com os originais Zoe, ex-companheira de guerra e braço direito de Mal; Wash, piloto da nave e marido de Zoe; Kaylee, mecânica da nave; Jayne, um capataz por assim dizer; e os agregados Simon, médico; River, irmã louca de Simon; e o Pastor Book, padre. Quem assiste The Big Bang Theory já ouviu falar de Firefly, é uma das paixões maiores do nosso Sheldon, e com razão! Correndo o risco de ser repetitiva, vou dizer assim mesmo: elenco maravilhoso, roteiro incrível. Firefly foi de longe o cancelamento mais injusto que já existiu. Não só porque a série era boa o suficiente pra aguentar anos e anos, mas como também porque o que a Fox fez com Firefly foi a maior sacanagem que uma network poderia fazer. Foder totalmente com a exibição dos episódios e depois cancelar do nada? WTF?! O Joss teve que vender os direitos para a Universal Pictures e fazer um filme que encerrasse dignamente a historia. E quem perdeu muito foi a própria Fox porque até hoje a série ainda é um sucesso (que o diga o painel em comemoração aos 10 anos de Firefly no Comic Con esse ano), poderiam ter lucrado muito com ela. O potencial que a série tinha era inigualável, personagens profundos e com ótimas possíveis histórias, as aventuras como viajantes do espaço que ainda poderiam ser abordadas, as tramas que ainda poderiam ser desenvolvidas. Em apenas 14 episódios e um filme, vi muito mais qualidade do que muita série com 12 temporadas por aí afora. As interpretações esplêndidas, os diálogos bem colocados, os twists, os dramas, os romances, a ação, enfim, tantas coisas que foram bem feitas e tantas mais que poderiam ter sido feitas! Se pra mim, que só assisti a série 10 anos depois, já foi altamente frustrante o cancelamento, imagine para os fãs que viveram tudo aquilo, nem quero imaginar a tragédia que deve ter sido. Mas sou daquelas que nunca perde a esperança, e sabendo que tanto o Joss quanto o elenco ainda é muito investido em tudo relacionado à série, ainda espero que venha um segundo filme por aí, tudo é possível! LOL mas enfim, uma vergonha esse cancelamento, totalmente sem pé nem cabeça, Firefly com certeza merecia muuuuuuuuito mais!

 

E vocês crossovers, o que acham? Deixem suas lindas opiniões nos comentários! :)