Mostrando que Fringe não é só awesome ficção
científica, o episódio dessa semana trabalha o lado humano dos personagens.
Quem além de mim também sentiu uma certa tensão entre Olivia e Etta no season
premiere, com certeza ficou com o coração na mão durante este 5x02. Se você
acha que sua vida é difícil, acredite, ela seria infinitamente pior se você fosse
da família Bishop!
O episódio foi totalmente focado na relação Olivia-Etta. Vi
algumas pessoas comentarem que foi fraquinho, que a história foi chatinha, que
enrolaram demais por uma besteira já que o tempo nesta temporada é todo
contado. Creio que a galera que fala essas coisas não entendeu o propósito do
episódio. Fringe nesta quinta temporada, justamente por ser a última, não vai
mais criar aquelas tramas imersas em loucos e inteligentes vieses com ligações
a coisas que já acontecerem e/ou vão acontecer, cheias de afluentes e infinitas
possibilidades; eles não precisam mais disso, não tem porquê, a série vai
acabar. A preocupação dos produtores agora é apenas finalizar as histórias dos
personagens, a temporada vai ser sobre os personagens, em que pé eles estão e
ficarão ao final desta aventura. Claro que, por ser Fringe, é impossível não
sair boas e complexas tramas no pacote, como tem sido até agora, mas as pessoas
têm que entender que não podem se apegar demais a essas tramas e encher-se de
expectativas em relação a elas pois não haverá aprofundamento. Sei que é difícil
gente, mas a série vai mesmo acabar, a gente tem que aceitar isso e arcar com
as consequências.
Devido ao imprevisto do episódio anterior (Walter sendo
capturado e torturado por Windmark), o plano de reconstruir o plano inception
again para derrotar os Observadores foi comprometido e nossos herois
precisam encontrar outra maneira de organizá-lo. Olivia lembra Walter da
possibilidade dele ter feito algum outro registro do plano original além do na
sua cabeça, e assim a equipe ruma ao laboratório do doutor em Harvard para
verificar a existência de um plano back-up. E de fato há, nosso querido Dr
Bishop gravou as partes do plano original em fitas VHS, e a nova missão do
quinteto é encontrar todas as fitas e juntá-las para finalmente descobrir o que
Setembro planejou e ver se dá certo.
Nesse meio tempo, muita coisa acontece. Eles capturam um
loyalist e utilizam-no para acessar o restante do prédio de Harvard e ligar a
energia do laboratório. Esta captura traz inúmeras consequências que mexem com
os nervos da família Bishop, especialmente a rebelde Etta. Admito que entendo a
guria, ela cresceu naquele mundo apocalíptico, sem família, sem esperança, sem
nada, teve de amadurecer muito rápido e com uma pressão gigante nas costas. E
ela bem me lembra a Olivia das primeiras temporadas, durona, do tipo “temos que
fazer o que temos que fazer”, como a própria Etta apontou quando disse que as
duas gostam de estar no controle. Então é, entendo o lado dela e aceito as
justificativas para ela se comportar do jeito que se comportou (ainda mais
depois de ver o que restou do Simon, aquilo doeu pacas, eu gostava bagaray dele
também). Mas dude, me deu uma raiva tão grande do jeito que ela tratou a
Olivia, poha, minha Olive não! Ela já sofreu mais do que todo mundo junto nas quatro
temporadas inteiras pra ainda ter que ficar aguentando abuso da guria. Eu
ficava só gritando pra tela do PC “não fala assim com a tua mãe, piveta!” kkk
O que me faz pensar no porquê a Olivia não bateu de frente
com a filha. Talvez tenha sido por receio já que ela não tem uma relação
próxima com a Etta, não conhece nada da vida da garota e acha melhor não se
meter; isso é bem o estilo da Olive. Ou se talvez tenha sido porque no fim das
contas ela é uma daquelas mamães bobas que não conseguem ser firmes o
suficiente com suas crias para discipliná-las. Essa segunda teoria é bem wild,
mas até que seria divertido se fosse assim. Ver a badass agente especial Olivia
Dunham mimando a filhinha seria cute, e um belo contraposto ao que tem sido a
relação da familia Bishop até agora, já que a gente só vê o Peter babando a
filha.
Aproveitando esse gancho vou falar sobre alguns outros
comentários que vi rolando por aí. Uma galera dizendo que a Olivia tá muito
mole, que não tá nada igual a Olivia das temporadas anteriores e etc. Gente,
paremos para analisar: do momento em que vimos a Olive pela última vez (aka
season 4 finale Brave New World part 2) até o momento em que ela se prende em
âmbar, se passaram mais de três anos. Sabem o quanto uma pessoa muda em três
anos? Sabem o quanto uma pessoa amadurece em três anos? Ainda mais sendo ela
uma mãe de família! Ela não era mais uma agente especial cheia de cortexiphan
que atravessa universos pra salvar todo mundo, ela era apenas a Olivia esposa
do Peter e mãe da Etta. Então mais uma vez, vamos nos desprender um pouco da
Fringe que assistimos até a quarta temporada, sei que é difícil porque é essa a
Fringe que amamos, mas vamos nos adequar um pouco a essa nova roupagem da
última temporada e aproveitar o máximo possível porque ela também tá bem
awesome \o/
Eu gostei bastante desse segundo episódio, adorei a
abordagem da relação mãe-filha aqui. Achei digníssimo a Olivia ter conseguido
atingir os corações do loyalist e da Etta, afinal ela é a prova viva de que
sempre há esperança, depois de tudo que ela passou nesses noventa episódios de
Fringe. E mew, a carinha de orgulho da Olive quando a Etta filma o cara saindo
livre, assim eu morro (Anna sua liiiinda, amor da minha viiiida!). Muito legal
o drama delas e a superação, e a melhor parte foi que ela se acertaram
sozinhas, não precisou o Peter se meter, ele nem deu notícia de nada! E já que
falei em Peter, preciso comentar que o coração shipper quase sai pela boca na
cena que a Olivia está fazendo a tattoo no rosto dele, pqp, muito fofos! Quero
muito um episódio explorando a relação dos dois, como era na época da Etta
criança e como fica agora que eles a encontraram, se voltarão a ser uma família
bonitinha e talz. Nem que tenha muitas feridas abertas, muita choradeira, briga
e drama (eles bem que precisam disso pra se curar de tudo e convenhamos, é
disso que o povo gosta kkk), mas necessito que tragam isso e que tudo se
resolva, quero voltar a ser a shipper Polivia feliz que tenho sido desde que
comecei a série. *-*
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