E depois de algum tempinho sem review de “Hart of Dixie” é
hora de se atualizar sobre o que está rolando com a série com uma review dupla,
contando o momento de maior conflito da vida sentimental de Zoe Hart até agora.
Bom, na temporada passada parecia muito óbvio que George
Tucker era o dono do coração de Zoe, e apesar dos protestos de alguns fãs,
parecia certo que o golden boy era a escolha de Zoe nesse divertido triângulo
amoroso. Mas vendo esses últimos episódios exibidos, cada vez fica mais claro
que pouco a pouco Wade irá se tornar um páreo duro na conquista do coração da
doutora. Primeiro pelo fato de que Zoe simplesmente dispensou George quando ele
estava totalmente disposto a investir no relacionamento deles, com o pretexto
de que ele deve conhecer melhor a si mesmo antes deles entrarem em um
relacionamento. Ninguém mais achou isso super estranho? Talvez o real motivo
para Zoe ter tido essa decisão é que no fundo Wade tem mais importância na vida
dela do que ela mesma imagina. Tanto que se formos parar para analisar, Zoe não
escolheu ficar sozinha. Ela escolheu Wade! Afinal os dois estão dia sim e outro
também, fazendo várias sessões de sexo casual, regadas a ironias e a Zoe
prometendo para ela mesma que é a última vez que cometerá tal ato, para depois
cair nas garras de Wade novamente.
Eu estou achando tudo isso divertidíssimo e adorei o fato do episódio de número
2 ter tido essa dinâmica deles como foco principal. Em meio a eventos
pitorescos de Bluebell, Zoe aposta com Wade que consegue ficar sim sem se
envolver com ele por mais de um dia, mas a tensão entre os dois é tão grande
que até nós chegamos a duvidar disso. E ela também. Mas foi em meio a essas
apostas e durante um show do Bluebellapalooza, genial festival de música
produzido por Rose-indie-queen, que Zoe começa a perceber que ela sente ciúmes de Wade
assim como sente de George, e no episodio seguinte tudo isso fica ainda mais
evidente.
Reparem que no terceiro episódio, George teve o seu primeiro
encontro após dispensar Lemon e ter sido dispensado por Zoe, e a doutora quase
não dá a mínima pra isso. Tudo que ela queria era sentar ao lado de Wade e
jogar três horas de vídeo game seguidas e filosofar sobre o conceito de felicidade e todo mundo sabe no final onde isso vai dar. Para mim, esse triângulo fica cada vez mais propenso para um lado, com
George se afastando e Wade se tornando a aposta mais provável.
Apesar da história ter caminhado, o legal é que teve muito espaço para aquele
humor que a gente tanto ama na série, e vale-se destacar Zoe tão preocupada com
sua reputação ao ponto de achar que uma simples alergia a Tom era LEPRA e
correr desesperadamente atrás de um tatu para provar que sua carreira em
Bluebell é relevante. Zoe tem uma necessidade de auto-afirmação tão grande,
talvez por ainda não aceitar que sua carreira ainda não deu certo como ela
planejava, mas acho que essa negação tem os dias contados. A personagem mostrou
também que ela cresceu muito, passando de médica mimada para uma amiga, capaz
até de dar conselhos sobre a perca da virgindade de seus pacientes e fazer de
tudo para não decepcionar sua melhor amiga de 14 anos de idade.
Lemon é outra personagem que só cresce, e após ter fracassado totalmente em sua
carreira de garçonete, teve uma pequena crise e se desesperou para arrumar um
novo noivo em apenas uma noite, tudo para ficar na frente de George na corrida
dos relacionamentos. Claro que essa crise não durou muito, mas serviu para que
Lemon colocasse a cabeça no lugar, indo atrás de um objetivo. Ao que parece ela
encontrou na campanha eleitoral de Lavon essa válvula de escape, e muito
provavelmente isso também servirá para trazer o relacionamento dos dois de novo
a tona. Eu, particularmente, quero muito ver os dois se desenvolverem como
casal. Acho que será interessante para ambos os personagens, ainda mais agora
que Ruby já declarou que veio para ficar e além de mexer com a cabeça de Lavon,
começa a travar uma guerra com ele pelo posto de “novo prefeito que não faz
nada em Bluebell”, tudo encabeçado também pela rivalidade ÉPICA que ela jura que tem com
Lemon desde os tempos de high school.
Mas um dos pontos mais fortes da série e que para mim foram um dos mais
tocantes foi a exploração da relação entre George e Brick. Nunca havia parado
para pensar o quando Brick tinha esse papel paterno na vida de George, e agora
faz ainda mais sentido que Brick esteja tão chateado quanto Lemon por ele ter
abandonado ela no altar. O fato é que George fez parte da família dele durante
15 anos, e as vezes nós esquecemos que essa relação foi tão duradoura. Ou seja,
Brick sente tanta falta do “filho emprestado” como Lemon. Mais um ponto
positivo para a série, que sabe explorar muito bem também a vida dos
personagens secundários.
Resumindo tudo, essa temporada está se saindo muito melhor do que esperava, e
cada vez fico mais convicto de que acompanharei ela até o final. HOD não é das
séries mais elaboradas, mas sua coerência e crocância é o que faz a gente
voltar a vê-la toda semana
P.S: Cada episódio dessa temporada tem o título de uma música, coincidência ou não, estou achando isso genial!
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