Impressionante!
Sim, eu tentei, tentei, dei voltas e voltas para tentar descrever em especial
esse episódio final de Arrow sem parecer rasgação de seda, mas no fim das
contas foi impossível. E por mais que eu tentasse, não conseguiria encontrar
outra palavra para descrever essa finale que não fosse “Impressionante”. Digo “impressionante”, em todos os sentidos
que essa palavra pode significar e também em todas as formas que ela pode se
aplicar ao universo de nossa querida série.
“Impressionante” foi a forma que essa temporada de Arrow foi construída. Sei
que muitos impacientes podem ter largado a série no meio do caminho, sei que
pode parecer que em muitos momentos a série não caminhava, mas eu tenho o
orgulho de dizer que sempre soube qual era o seu propósito, e que no fim das
contas a série iria nos deixar embasbacados com tamanha qualidade. A série foi suave e cuidadosamente construída,
sem pressa, em partes porque já sabia que teria tempo hábil para se
desenvolver, sem riscos de cancelamentos, sendo a todo tempo trabalhada como
uma introdução ao que estava por vir, dando seu próprio tempo para desenvolver
os seus personagens da melhor forma possível. Arrow nunca foi uma série famosa
por seus plot twists, mas quem teve a paciência de esperar e entendia a
essência da série, certamente teve todas as suas expectativas alcançadas com um
desfecho no mínimo ÉPICO.
“Impressionante” também foi esse último episódio em específico e a audácia e
prepotência da CW em fazer uma produção tão grandiosa. Simplesmente não tem
como reclamar de um segundo sequer desse episódio (e quando digo “segundo” não
estou exagerando em momento algum). Mesmo com todo o mistério do que envolvia
os planos de Malcolm para com Starling City, não conseguia prever e imaginar
como ele ia de fato ser posto em prática. Estava até esperando por algo
meia-boca e desanimador, mas ao contrário disso, tivemos um episódio totalmente
desenvolvido em um clima apocalíptico que contrastou de forma gritante com a
calmaria que víamos no episodio anterior, e nesse quesito, não tem como não
parabenizar a emissora por todo o investimento em efeitos especiais, cenários e
tudo que envolve verba para se ter uma produção descente.
O foco da trama fica com Malcolm, que é de uma vez por todas
desmascarado publicamente como o vilão prestes a por seu plano de detruição em prática, e
surpreendentemente por Moira, que com sua coletiva de imprensa acabou por
passar de “vilã” a “heroína incompreendida” da série. Ok, não tem como isentar Moira da culpa, mas
também não tem como negar que única e exclusivamente através da revelação dela
que todos tiveram a chance de escapar e sobreviver ao apocalipse de Malcolm.
Moira, fazendo jus ao título do episódio, teve de sacrificar sua moral em prol
da sua família ao longo da série, causando danos em seus relacionamentos talvez irreversíveis,
mas conseguiu se redimir a tempo de tentar evitar ver piores conseqüências de
seus atos. Aliás, vale parabenizar Oliver aqui pela perspicácia de ter tirado a
verdade de Moira no episódio 22 da forma mais inteligente possível, servindo
também para afastar dele de uma vez por todas as suspeitas sobre seu alter-ego.
E já que sacrifício é a bola da vez, talvez quem tenha feito o maior sacrifício
de sua vida tenha sido nosso pobre Tommy. É seguro dizer que Tommy se
sacrificou duas vezes em favor de Laurel, o que prova de uma vez por todas que
ao amor dele era realmente algo real, e não uma paixonite fugaz. Tommy se
sacrificou primeiramente quando deixou o caminho de Laurel livre para reatar
com Oliver, mas seu maior sacrifico certamente foi o que lhe custou sua vida, e
também a perda de um personagem muito querido por mim na história.. Fico até
com peso na consciência de ter apontado Tommy tantas vezes como vilão em
potencial, e com o andamento desse episódio, minha teoria só errônea só se fortalecia,
mas no final quase não me contive em ver a morte daquele que independente de
qualquer coisa, sempre foi o melhor amigo de Oliver. Tommy foi um personagem que cresceu na trama, mas d erepente se viu no fundo do poço afundado em seu ódio por Oliver, e a reconciliação dos dois na hora da morte de Tommy, foi algo extremamente bonito .Certamente isso irá servir
de combustível par Oliver lutar cada vez mais por justiça, e quem sabe até por
vingança contra Malcolm?
Falo de Malcolm, porque ninguém sabe ao certo qual será o destino do
personagem. Oliver deixou claro que não o matou, então fica aberta a
possibilidade para que o vilão voltar a nos atormentar na segunda temporada. Na
verdade, o que não faltou para a segunda temporada foram promessas e tramas
para serem abordadas, até porque com a conclusão desse arco que já perdura
desde o piloto da série, é quase que certo e obrigatório que na segunda
temporada veremos uma trama totalmente nova e reestruturada em todos os seus
núcleos principais. O relacionamento de Laurel e Oliver, que enfim está
caminhando, é só um deles, Mas sinceramente estou muito mais empolgado pela
parte mitológica da série que sinto que irá começar a caminhar de verdade.
A trama da ilha é outra que irá precisar de uma nova abordagem e que talvez seja
uma parte da série que deva ser trabalhada com muito mais cuidado. A morte de Fyers e Yao Fei
e a aparente destruição do QG da milícia, deixa um grande buraco para ser
preenchido para que esse núcleo da trama não pareça vazio. Certamente irão
investir pesado na presença de Shado, que tomará de vez o papel de mentora de
Oliver, e também suspeito que trarão de certa forma também China para esse
núcleo, pois como vimos no episódio 22, temos uma mulher como comandante maior
da ilha, o que bate perfeitamente com a história de China nas HQ’s
Arrow agora só na próxima fall season, e agora sim promete
grandes feitos. Eu, particularmente, fico na expectativa de em algumas coisas bem
simples, mas que fizeram toda a diferença e ascenderam minhas expectativas ao longo dessa temporada. Quero ver mais de
Roy e seu complexo de herói e quais serão seus passos em direção ao Arsenal,
quero ver mais de Thea também apreendendo a ser uma heroína e crescendo como
pessoa, quero ver como será a dinâmica entre Lance e o Arqueiro, agora que os dois
romperam de vez a barreira de inimizade, e definitivamente quero ver mais de
Felicity e Diggle como fieis escudeiros do arqueiro. Felicity, aliás, ganha sem
dúvidas alguma o prêmio de melhor surpresa da temporada e já é merecedora de
ter um espaço de destaque muito maior na trama.
Que venha a fall season 2013!!!!!!!!
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