"Desvirando" o jogo....
Sabe aquele papo de que podemos enterrar nosso passado? Bom,
como já dizia o autor de “O Caçador de Pipas”, talvez isso não seja verdade.
Devo dizer que fiquei um pouco decepcionado com o episódio
de “Ringer” dessa semana. Não foi um episódio ruim e, fiquem tranqüilos, pois não
lembra nem de longe as origens da série, mas tivemos uma queda muito grande no
ritmo em vista dos episódios que havíamos visto nas semanas anteriores. Mas
isso não tira o crédito da série, ela continua intrigante!
Intrigante e surpreendente eu diria, pois aqui desmistificamos
tudo o que tínhamos visto nos episódios anteriores, e realmente Andrew, apesar
de ser o mentor, não concordava com os métodos sangrentos de sua sócia mau caráter.
E ao que parece, nem a sócia sangrenta era tão sangrenta assim. Essa redenção
de Andrew abriu espaço para uma reconciliação repentina entre ele e Bridget, e
em diversas das cenas entre os dois no hospital, podia jurar que a gêmea boa iria
contar toda a história para o marido para eles viverem felizes para sempre, e na conversa dela com Juliet, quase achei que ela contaria também para enteada. Bom, nada disso aconteceu e não sei se fico
triste ou feliz com a redenção de Andrew. Fato é que talvez a série tenha
perdido um pouco do impacto “turning tables” causado pela possibilidade de Andrew
ser o pior dos lobos na pele de cordeiro, mas tenho que admitir que também
gosto muito de ver essa coisa “família” em Ringer. Na trama dessa
semana, realmente a parte familiar tomou mais destaque do que a trama policial,
mas isso não é necessariamente ruim. É bonito ver como Bridget realmente fez a
vida de todos da família Martin mais feliz, ela conseguiu em meses construir o
casamento que Siobhan não construiu em anos, e mais uma vez devo destacar a relação
maternal dela com Juliet. Foi legal ver como Juilet realmente confia em Bridget,
e de fato talvez ela seja a única que compreende a menina.
Bridget faz aquela família tão feliz de uma forma tão notável
que nesse episódio até Henry percebeu isso. Foi perceptível na interpretação de
Kristoffer
Polaha a admiração que nasceu dele pela “usurpadora” na cena que ele
a vê com a família no hospital, cuidando de Andrew. Talvez ali ele tenha notado
que Bridget tem de caráter o que falta em Siobhan.
Acredito que esse
tenha sido o melhor gancho que o episódio trouxe! Essa admiração de Henry por
Bridget fez com que ele confrontasse Siobhan, e aqui quase vimos um rompimento
entre o casal/comparsa. Por um momento tive certeza que Henry iria realmente se
voltar contra Siobhan e abandonar a moça junto com seus esquemas e armações. Mas
ao ver que estava a ponto de perder Henry, Siobhan resolve jogar tudo pro alto
e ir até o hospital contar para Andrew sobre toda a falcatrua de “troca de família”,
pois sem Henry, nada daquilo valia a pena. Pelo jeito a megera realmente tem
sentimentos, e todo esse papinho de “eu te amo” dela é verdadeiro. Pelo menos
em relação a Henry.
Essa expectativa da quase revelação de Siobhan me fez gelar,
e realmente acho que se Henry não a tivesse impedido, seria um cliffhanger sensasional
para a série!
E parece que Siobhan, assim como a “A” de Pretty little Liars”,
também se sente o último lactobacilo vivo do Yakult, e por isso também é
onipresente/onisciente (aprendi certinho a teoria, Dra. Sullivan?), porque só
assim mesmo para ela estar usando uma roupa IDENTICA a da irmã quando foi
conversar com Andrew. Tão idêntica que Andrew conversou com as duas irmãs quase
que ao mesmo tempo e nem percebeu! Mas enfim, não vamos reclamar, é esse tipo
de cretinice que não nos deixa largar “Ringer” nem sob campanha!
Falando em Henry, ele foi o que mais surpreendeu no episódio,
porque no final de tudo, não foi Andrew nem Olivia que assassinou Tyler, mas
sim Henry, mesmo que acidentalmente.
Bom, que ninguém em “Ringer” presta, todos nós já sabemos,
mas se essa onda desenfreada de assassinatos continuar, em breve veremos a
season finale com TODOS na penitenciaria sob pena de prisão perpetua. Vamos aos
fatos: Bridget matou o cara que tentou matá-la no começo da série, Charlie
matou you-reached-Gemma-don’t-be-Boring, Siobhan quer matar Bridget, Catherine
quase matou Tessa, Henry matou Tyler, “alguém” talvez tenha matado Malcolm, sem
contar a dançarina da qual Bridget testemunhou a morte. Ufaaa, se tudo isso
fosse no Brasil, Sonia Abrão teria pauta pro resto da vida, né não galera? E
tudo isso porque estamos falando só de assassinatos, hein!!! Se fossemos listar
todos os crimes cometidos pelos personagens da série, iríamos ficar aqui até a
season finale.
E quem não é boba nem nada e quis fugir desse balaio de mau-caráter
e assassinos, foi a também mau-caráter e que até alguns episódios atrás parecia
assassina, Olivia. Parece que a vilã mais frívola da série foi sugada pela
terra, e Bridget resolveu mandar seu novo comparsa para revirar o apartamento
da megera e descobrir seu paradeiro. A única coisa encontrada por Solomon foi uma nota em um papel que
continha um número aleatório e que provavelmente não vai levar a nada. Mas ao
que parece, Olivia também não é nenhuma assassina e provavelmente só está
fugindo porque não está afim de lavar banheiro na cadeia ou ser a próxima
assassinada da trama. Só não entendi o porquê de ter a coincidência (ou não)
dos números encontrados baterem com o endereço da escola de Juliet.
Agente Machado resolveu ter uma recaída e se tornar inútil de
novo. Cara, pelo amor de Deus, como é que ele foi capaz de deixar o “quase
assassino” de Bridget fugir daquele jeito? O detetive estava munido de uma arma e
tudo o que soube dizer foi “Não se mova!” “Não se mova? Ou o que? Você vai
correr atrás de mim?”, sério, eu já teria mandado logo essa trolagem no lugar
do assassino! O mais bizarro de tudo foi deixarem como pista uma carta de tarô
que caiu do bolso do fugitivo (oi?), porque claro, independente do motivo, TODO
MUNDO guarda uma carta de tarô no bolso, ainda mais quando vai cometer um
assassinato. E mais bizarro ainda é ver que só por essa simples carta talvez o
agente Machado tenha encontrado o mandante do crime (falou ae Chuck Norris!).
Se soubéssemos desse dom sobrenatural do agente para descobrir pistas, teríamos
contratado ele para descobrir que é a “A”. Agora só me diz uma coisa, até Solomon
foi esperto e fez um testezinho básico de DNA quando descobriu que talvez
Siobhan não fosse Siobhan, agora por que a POLÍCIA DE NOVA YORK não facilita as
coisas fazendo o mesmo com a bendita carta?
Agora como se já não tivéssemos bizarrices o suficiente,
ligaram o atentado a vida de Bridget e o possível assassinato de Malcolm ao
Macawi, o que só deu a impressão de que série é uma montanha-russa, que rodou,
fez as curvas mais radicais, deu um looping incrível e depois se tornou um
carrinho de bate-bate. Deu pra entender? Em outras palavras, rodamos pelos
melhores momentos da série para voltar ao mesmo lugar.
Só o que podemos afirmar é que Bridget é a personagem mais
azarada da historia, pois fez o que fez pra fugir de Macawi, trocou de
identidade com a irmã, fugiu dos assassinos dela e agora voltou a ser perseguida
pelo homem que estava tentando matá-la. Vixeeee, até eu estou perdido! Corre pras
colinas, Bridget! Porque parece que é mais fácil nós fugirmos das músicas do
Michel Teló do que você se manter viva!
Bom, agora resta-nos esperar para ver o que as peripécias das
substitutas da gêmeas Olsen nos prepara. Eu torço para que a série retome o
ritmo eletrizante das outras semanas!
-P.S: Estou apaixonado pela Juliet. Comofás? Alguém dá uma
patricinha mau-carater dessa pra mim?
-P.S²: Solomon é o novo Malcolm.
-P.S³: Gostei do apartamento da Olivia. Será que ele vai a leilão quando ela for presa?
Acho válido Ringer dá uma descansada, pois o episódio da semana que vem promete!!!
ResponderExcluir