quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

[REVIEW] Retrospectiva "Arrow": 1x07/08/09 - Muse of Fire / Vendetta / Year's End



Confira tudo o que você precisa saber antes de se reencontrar com o homem do capuz!



Arrow vem a cada dia mais se consolidando como a nova galinha dos ovos de ouro da CW, e muito em breve a série volta para fazer a alegria geral da nação. Então enquanto não lança o episódio novo, que tal dar uma relembrada no que aconteceu de mais importante nos três episódios anteriores ao hiatus?

Bom, Se Arrow é a nova queridinha do canal polêmica dos EUA, isso não é a toa. A série vem apresentando regularidade, personagens carismáticos, histórias envolventes, enfim, tudo que é necessário para que uma série se torne hit. Mas a qualidade apresentada nesses últimos três episódios foi algo totalmente arrebatador e revigorante. Isso porque aqui nós podemos demarcar como um verdadeiro divisor de águas a tudo que a série vinha preparando. Sinto que agora de fato a historia de Arrow começará a mostrar a que veio, como se tudo antes tivesse servido mesmo como uma introdução para vermos as coisas pegarem fogo com o desenvolvimento das tramas.


A primeira coisa que começou a dar um gás a história por mexer e muito com o nosso protagonista, foi a tão aguardada aparição de Helena Bertinelli, a tão conhecida Caçadora das HQ’s. A Aparição da moça era aguardada com muita curiosidade e expectativa, pois “Huntress” é uma personagem totalmente ambígua no mundo dos quadrinhos. A maior curiosidade girava em torno de qual versão da Caçadora seria usada para aparecer na trama, afinal, existem diversas versões dela que vão desde a filha do Batman com a Mulher Gato (como vimos na série Birds of Prey) até a sobrevivente de uma família mafiosa. Confesso que minha expectativa inicial era que a versão da rebenta do Batman fosse utilizada, simplesmente pelo fato de ser fã de toda essa saga envolvendo super-heróis, então um crossover entre elas é sempre bem-vindo. Mas utilizar essa versão seria cronologicamente impossível, afinal, se Helena tem a mesma idade de Oliver, quantos anos teria o Batman então? Tendo isso em vista, é fácil dizer que utilizaram a versão mais adequada para se enquadrar a realidade da trama. Digo isso não só pela coerência, como também pela forma que a personagem conseguiu se encaixar perfeitamente ao roteiro e ao contexto do universo de Arrow.

Helena Bertinelli aparece primeiramente como um interesse amoroso para Oliver, mas logo depois começamos a descobrir o quão intensa a personagem é devido a toda a sua bagagem de vida. A identificação entre os dois vai do fato de ambos terem que esconder a identidade, ele para fazer justiça e ela para fazer vingança a qualquer custo, se privando muitas vezes de terem uma vida feliz como deveriam. Aliás, esse questionamente e abordagem da linha tênue que separa a "justiça" da "vingança" é algo que foi muito bem abodado, e que frequentemente vemos o proprio Oliver se questinando em qual lado ele está no meio disso tudo.

A química dos dois não poderia ser melhor, assim como Helena não poderia ser mais intensa. Em apenas dois episódios, conseguiram construí-la de uma forma totalmente crível e bem desenvolvida, fazendo-nos entender não só as motivações da personagem até o que levou ela a passar de “amor em potencial” como antagonista para o Arqueiro. Helena é uma mulher forte e sofrida, e não é por acaso. Afinal, quem consegue se manter são após ter o amor de sua vida assassinado pelo próprio pai? Dá para entender perfeitamente a angústia e a amargura da personagem, e mesmo apesar dos esforços de Oliver era óbvio que uma personagem tão intensa não teria um final necessariamente feliz. No fim, ela acaba escolhendo por seus métodos sangrentos e a sede insaciável por vingança, abrindo um gancho e uma possibilidade de um possível confronto entre ela e o Arqueiro em um futuro. Mal posso esperar para ver um reencontro entre esses dois de novo, regado a uma paixão fugaz adormecida e um misto de raiva e empatia rolando no ar.



Um dos benefícios que a inserção da Caçadora na história teve, foi que aí tivemos tempo para perceber que existe sim vida para Oliver sem Laurel. Quero muito que os dois fiquem juntos, mas se é para ficar no lenga-lenga, é melhor que ela continue se divertindo com Tommy enquanto os dois não tem uma reconciliação definitiva, o que hoje parace um pouco distante de acontecer. Laurel e Tommy estão trazendo para a gente um certo alívio na dramaticidade e peso que a trama tem, e dar essa respirada em meio a tanta ação e dramas familiares é até que necessário de vez em quando, Claro que esse relacionamento tem prazo de validade, ainda não sei o que irá separá-los, mas algo irá, cedo ou tarde. E algo me diz que esse término envolverá Tommy passando para o lado negro da força, tendo em vista as circustancias que iremos ver logo abaixo.

Falando em Tommy, seu personagem agora passa de um simples coadjuvante para um núcleo mais central na série. A revelação de seu pai como o grande vilão e muito provavelmente o mandante de tudo de ruim que acontece em Starling City foi simplesmente surpreendente. Nunca pensei que fossem explorar a família de Tommy tão a fundo, mas logo que começou aquela história do pai dele cortando toda a sua “mesada”, já podia imaginar que alguma coisa importante sairia dali. Só não podia esperar que seu pai fosse se tornar o grande vilão da trama, sendo chefe da máfia e sendo também o mais novo arquiinimigo implacável de Oliver, aquele que já é apelidado de “Arqueiro Negro”. Acho que o aparecimento de um super vilão não poderia ter vindo em momento mais oportuno, afinal, uma hora ou outra a história teria que sair do procedural de Oliver caçando um a um dos nomes dos mafiosos da cidade, para crescer para algo maior, que pudéssemos descrever como uma verdadeira saga. A inserção desse vilão abre as portas para que isso aconteça, e se tem uma coisa que eu sempre senti falta em Arrow, era de um Lex Luthor declarado. A gente sempre soube que havia um mal rondando Starling City, mas agora esse mal sai de oculto para algo explícito, pelo menos para o público. O que já é interessantíssimo.


Junto com o novo vilão, já se abrem uma série possibilidades e indagações. Ao que parece, o que a máfia pretende com a cidade é algo muito maior do que se favorecer com enriquecimento ilícito, algo que irá impactar de forma grande a vida de todos em Starling City, mudando-as drasticamente. Por mais que eu pense, não consigo fazer ideia do que estar por vir, mas da forma que a trama está sendo construída, imagino algo grande. Algo tão grande que motiva o nosso vilão a sequestrar Walter e mantê-o em cativeiro por seis meses, tempo que ele declara necessário para a conclusão do plano maléfico. Moira fica no meio de tudo como aquele tipo de vilã que adora se fazer de vítima. A vilã que esteve lá, participou de tudo, mas em dado momento tenta sair da situação mesmo sem ter como, e sofre as conseqüências disso até hoje. Sabia que no fim de tudo ela não seria tão megaevil como o roteiro nos fazia pensar, mas isso não livra a culpa dela no cartório.

Na questão mitologia, a série continua investindo em seus tradicionais (e super bem feitos, diga-se de passagem) flashbacks de Oliver na ilha. Agora sabemos o porque da ilha ter sido tão perigosa e ter sido tão difícil para Oliver sobreviver nela. Afinal, ela servia como uma espécie de presídio ao ar livre, incumbido de receber os mais insanos criminosos da região, sendo um deles a propósito, o próprio mentor e protetor de Oliver na ilha infernal. Não dá para dizer exatamente se essa versão contada pela milícia da ilha para Oliver é verdadeira, mas serviu justamente para nos deixar mais intrigados. Intrigados pela genuinidade do caráter do Mestre de Oliver, como também sobre seu futuro. Talvez ele não tenha morrido nessa cena, conforme o episódio insinua, mas já nos deixa com a pulga atrás da orelha de qual foi o destino do personagem. Afinal, porque Oliver conseguiu escapar da ilha e ele não?

Bom, no meio a tantos acontecimentos e possibilidades, fica quase impossível perder essa maravilha de série, né? Então fiquem ligados que a série volta hoje mesmo (16/1) a TV americana, e continuaremos trazendo semanalmente as reviews pra vocês!






2 comentários:

  1. Então eu adorei a aparição da Helena, e lamentei que ela não tenha ficado pra ajudar o Oliver, além de fazer par romântico com ele.
    Acho que ele está a muito tempo sozinho.
    Mesmo antes de saber que o Tommy tinha um pai bandido, eu não gostava dele. Não consigo confiar no Tommy desde o começo, da mesma forma que sempre fico com um pé atrás com o Walter.
    Qual é a da Moira heim? Primeiro o marido e o filho, agora o novo marido.
    A revolta da Thea já deu pra mim, estou cansado e quero ver ela mais bem resolvida.
    Gente, sempre achei o disfarce do Arqueiro meio tosco, mais a maioria dos disfarces dos super heróis é, pelo menos ele só aparece no escuro, o que dificulta a visibilidade.
    Quero que Oliver encontre alguém pra esfregar na cara da Laurel, só um pouquinho. Não que quero que ela sofra, sei que ele errou mto com ela, más esse Tommy é mto perda de tempo.
    Foi uma excelente review.
    Abraço Jean.
    Charles A. Dias.

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    1. Muito obrigado, Charles!

      Eu, ao ncontrário de você, sempre me simpatizei com o Tommy, mas sempre tive a impressão que ele iria virar uma espécia de vilão. Será? kkkk

      Sobre a Thea, acho que essa revolta dela é normal da idade, mas a personagem promete ser importantíssima na história, então acho que esse plot não vai muito longe!

      Continue vendo! ;)

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