terça-feira, 23 de abril de 2013

[REVIEW] Hart of Dixie– 2x19 – This Kiss (E devaneios sobre o 2x16/17/18)




No divã com Zoe Hart.

Primeiramente, deixem-me iniciar essa review, pedindo milhões de perdões aos leitores pelo aparente descaso com as reviwes da série. Por motivo de extremíssima força maior, foi realmente impossível para mim manter  as reviews em dia, mas agora estamos de volta para acompanhar a saga de Zoe e companhia e prometo manter as reviews postadas de forma rigorosa semanalmente. Como já faz muito tempo que tivemos a última review, comentarei brevemente os acontecimentos passados, mas me aterei mais ao último episódio, afinal, quem quer ler sobre o que aconteceu há meses atrás? Desculpas dadas e justificadas, vamos ao que interessa!

Na review anterior, havia comentado o meu total descontentamento com Wade por ter agido de forma tão cafajeste com Zoe. Achei que nunca iria perdoar o personagem e que minha aversão por ele seria irreversível. Bom, acho que estava enganado. Ainda não consigo aceitar a traição de Wade, e muito provavelmente demorarei a conceber a idéia de ter os dois como um casal em um futuro, mas mesmo com suas falhas, ainda consigo simpatizar com Wade. Meu sentimento para com o personagem é praticamente o mesmo que Zoe tem com ele. O perdão foi dado, a amizade continua, mas o encanto deles como casal acabou se quebrando, assim como a confiança de Zoe.

É de cortar o coração e de certa forma até inesperado o quanto o rompimento com Wade abalou as estruturas de nossa doutora. Vimos Zoe passar desde a depressão profunda, regada a tortas dos mais diferentes sabores fornecidos pelos seus fãs em Bluebell, até mesmo a ela querendo dar a louca e extravasar no Spring Break do Alabama. Aliás, quem diria que Bluebell poderia ser a nova Tijuana e protagonizar a festa mais badalada das férias americanas, hein!!!? Como não amar essa cidade que consegue misturar ávida pacata do interior com a agitação da cidade grande? 

Conforme as suspeitas iniciais, a traição de Wade serviu para conseguir tornar a possibilidade de Zoe e George como um casal um pouco mais crível, e surpreendentemente estão conseguindo passar isso para a tela de forma bem natural. Ela e George, querendo ou não, são como almas gêmeas. Um complementa o outro  esse entrosamento ultrapassa gosto de ambos em ler o The New York Times e fazer palavras cruzadas no domingo de manhã. O envolvimento entre os dois, cedo ou tarde era inevitável, e com Zoe vulnerável e com o coração partido, era de se esperar que isso acontecesse agora. Zoe bem que tentou evitar, mas a impressão é que o destino (e o resfriado e bipolaridade de Tansy) conspiram para eles ficarem juntos. Fazer releitura de Romeu e Julieta com o amor da sua vida é para acabar com as estruturas de qualquer um, e para Zoe o beijo técnico em George, serviu como um encanto instantâneo para trazer a tona todos os sentimentos do passado. Aliás, essa cena merece ser vista e revista. Como lidar com Zoe, toda desajeitada, arruinando a cena tentando se esquivar do beijo de George? Muito amor por Zoe Hart! Muito amor por Rachel Bilson!!!


Sobre o casal em si, ainda fico dividido se quero mesmo os dois juntos. Adoro ambos, um fará muito o bem para o outro e as cenas dos dois são totalmente “bonitinhas”, mas não consigo ignorar o apreço e simpatia que Tansy conseguiu despertar em mim pouco a pouco. A personagem é divertidíssima, e gosto muito do que George se tornou ao lado dela. Tenho medo que o possível termino desse romance tire a personagem da trama, e faça George ficar sem sal como ele era no início da temporada. Já começo a temer, porque parece inevitável vermos uma finale com George e Zoe vivendo o ápice de seu romance.


Mas como sempre em HoD a trama dos protagonistas não é a única que merece destaque na história. Lemon e  Wade conseguiram de vez conquistar seu lugar ao sol na série, e juntar dois personagens tão queridos em um mesmo núcleo não poderia ter sido uma escolha melhor. Estava com a intuição de que os produtores iriam levar o personagem de Wade ao fundo do poço após sua traição contra Zoe, regredindo tudo o que o personagem havia desenvolvido ao longo dessas duas temporadas, mas fiquei extremamente feliz em ver que os rumos escolhidos foram outros. A mesma coisa acontecesse com Lemon, que sempre a tive a sensação de viver em uma maré de azar eterna, mas que agora começa a ver as coisas darem certo em sua vida. Quem poderia, em suas teorias mais loucas, imaginar que um dia veríamos Lemon e Wade como sócios comandando o Rammer Jammer? E quem diria que essa virada do destino viria através de uma prova de resistência no maior estilo Big Brother? É claro que dois personagens tão opostos e tão divertidos iriam passar por perrengues ao se chocarem em prol de um projeto em comum, mas não poderia estar mais feliz com as peripécias dessa dupla. Com certeza é a trama que mais estou ansioso para se desenvolver, e fiquei com a leve sensação de que talvez invistam nos dois como um casal. Não quero que isso ocorra, pelo menos não agora. Quero mais diversão e mais trapalhadas dessa dupla tentando conquistar a aprovação da população de Bluebell e se alfinetando ao tomar decisões sobre o destino do bar.

Com menos destaque na história, mas também com um lugar reservado em meu coração, estão Lavon e Anabeth, que enfim se acertaram. O mais irônico de tudo, é ver que a reconciliação dos dois se deu de certa forma pela personagem que eu tenho mais birra no mundo das séries: Ruby. Não pensei que teríamos a infeliz presença da moça na série tão cedo, mas Graças a Deus foi extremamente breve, e como disse, foi com o único e exclusivo intuito de fazer AB acordar para a vida e correr atrás de Lavon.  É a a velha história da epifania que temos ao notar que estamos prestes a perder algo que temos em risco, mas por sorte Lavon dessa vez foi inteligente e também estava disposto ao lutar por Anabeth. Nessa trama, Lemon, que sempre rouba a atenção, também merece destaque. Ver a personagem toda humana, dando a benção a Anabeth para correr atrás de seu amor, só me faz me derreter mais pela personagem, e torcer ainda mais para que ela seja muito feliz.


O único casal que parece aparentemente estar passando por uma fase ruim é Brick e Shelby. Prevejo que essa história sobre a saúde de Brick ainda não terminou por aí e que a confissão que Brick fez a Shelby será algo no mínimo impactante. Será que HoD vai apostar em um tom mais dramático e explorar alguma doença mais grave em Brick? Eu sinceramente espero que não, pois o personagem está em sua melhor forma, inclusive servindo de conselheiro a Zoe, que teoricamente era para ser sua maior rival. Brick ao lado de Shelby é como George ao lado de Tansy. As loucas fazem bem a esses homens!

Bom, em uma Fall Season tão turbulenta, a simplicidade de Hart of Dixie está conseguindo fazer da série uma das coisas mais coesas na televisão americana ultimamente. Se continuarmos em um bom ritmo nessa reta final, posso dizer que foi uma das melhores séries dessa fall season. Basta torcermos e ficarmos na expectativa para a CW bater o martelo para mais uma temporada dessa delícia!




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