sábado, 17 de março de 2012

[REVIEW] Ringer - 1x17 - What We Have is Worth the Pain


O fim é triste, mas muito provável.



 Mesmo com o provável cancelamento, "Ringer" continua surpreendendo!


Bom, faço review sobre diversas séries, umas escrevo de forma mais séria, já outras, prefiro apelar para um tom mais sarcástico e humorístico. Já havia dito que havia mudado completamente meu conceito sobre “Ringer”, mas até a review passada, ainda preferia não levar a série tão a sério e até mesmo tirar sarro de vários dos fatos que ela nos apresenta. Mas diante de um episódio tão primoroso quanto o desta semana, fica até difícil não levar a série a sério e não destacar o seu valor no mercado televisivo.

É excelente e triste ao mesmo tempo como a série está se tornando mais incrível a cada episódio. Excelente porque estamos nos deparando com uma história super bem amarrada e (pasmem!) bem produzida, assim como com personagens profundos e carismáticos. E triste porque a audiência da série assim mesmo está péssima, e não vejo chances de encontrarmos com as gêmeas Martin/Kelly na próxima fall season. Então, já que muito provavelmente só temos mais alguns episódios pela frente, vamos degustá-los ao máximo!

Achei que seria impossível a qualidade do episódio anterior ser superada, mas o que esse nos apresentou conseguiu ser de um nível ainda melhor! A série não fez os rodeios de costume e já nos apresentou respostas ágeis e rápidas logo de início. Os assassinos de Tyler foram realmente Olivia e Andrew, mesmo que muito provavelmente executado pelas mãos da frívola empresária. Andrew pode ter se demonstrado arrependido, mas ele é cúmplice, isso é fato, e não fica isento da culpa.

Vimos também aqui a revelação da trama para a maioria dos personagens que até então eram cegos em relação a tudo. Siobhan abriu o jogo com Henry, agora o viúvo sabe que ele não era o único amante de Siobhan, mas aceitou facilmente os fatos uma vez que ela confessou que se relacionava com Tyler apenas para colocar seu plano em prática. Acreditei em Siobhan. Sempre achei que ela usava a tudo e a todos apenas por interesse, mas começo a ter em mente que ela realmente ame Henry. As cenas entre os dois renderam bons momentos, pois aqui vimos todas as máscaras de Shiv cair, vimos seu lado humano e ferido. Pudemos acompanhar o quanto de rancor ela ainda guarda da irmã e a culpa de forma injusta pela morte de Sean. A culpa a ponto de querê-la morta, assim como aconteceu com o seu filho. Siobhan também revelou que sua gêmea não havia feito nenhum acordo acordo com ela, apenas caiu na cama que ela própria armou e ainda por cima acha que ela está morta. A moça revelou para Henry também o que todos já sabíamos desde o episódio passado, que na verdade ela é a vítima de toda a história, e fez tudo o que fez apenas para se salvar e colocar os vilões atrás das grades. Mas isso não faz dela uma heroína. Seus princípios são um tanto quanto torpes.

Achei muito inteligente a forma com a qual ela falou com Andrew, para que ele ficasse ressentido e fizesse cair por terra todo o amor que ele sente por Bridget tentando um assassinato para silencia-la. Mas a tentativa de fazer com que Andrew se virasse contra ela foi totalmente falha, pois vimos que apesar de Andrew não ser flor que se cheire, talvez os seus sentimentos estejam a cima de qualquer canalhice. 

Não esperava que a série pudesse trabalhar com a probabilidade de Andrew ser morto tão cedo, e ainda duvido um pouco que esse fato se cumpra. Só posso dizer que a sequência final foi surpreendente. Foi eletrizante a forma com a qual foi filmada, sem que o telespectador pudesse saber o que realmente estava acontecendo e quem havia atirado em quem. Foi muito bonito ver que Andrew arriscou a própria vida para salvar Bridget, o que reforça que apesar de mau-caráter seus sentimentos pela “usurpadora” são verdadeiros. Nas sequências de flashbacks, Andrew se mostrava totalmente frio e fez reais ameaças a vida da verdadeira Siobhan, o que ocasionou na troca das irmãs. Mas isso porque não tinha reais sentimentos por ela, os dois mantinham apenas um casamento de aparências. Acredito que Andrew na verdade a odiava. Já com Bridget a história é diferente. Ao entrar na vida de Andrew, Kelly restaurou sua família, se tornou a companhia e o complemento que faltava naquela família destruída. É totalmente compreensível os sentimentos que Andrew nutre por ela.

Também é legal ver que a série não se sustenta apenas pelo seu plot principal. As histórias secundárias também estão extremamente interessantes. O arco que envolve Juliet está me conquistando, e gosto muito de ver Zoey Deutch em cena. Nesse episódio Juliet descobriu que sua mãe é a pior mãe que uma filha podia ter, e que ela foi a responsável pelo espancamento de sua melhor amiga/inimiga. Fato esse que fez com que Juliet corresse para os braços de Bridget, pedindo por colo. Gosto muito de ver as cenas das duas. Bridget realmente é a mãe que Catherine nunca soube ser e a madrasta que Siobhan nunca se esforçou para que fosse. Gosto muito na dinâmica das duas, e  aposto em um final com elas vivendo realmente como mãe e filha, independente do futuro do personagem de Andrew.

Bridget por sua vez, ganhou um novo aliado. Já que muito provavelmente Malcolm foi assassinado ou seqüestrado por Andrew, a “irmã boa” iria precisar de um novo comparsa. Seu motorista, Solomon, que parece ser o único esperto o suficiente, pois logo sacou que não estava trabalhando para  a verdadeira Siobhan, mas mesmo assim se manteve leal, e agora passa a ser seu fiel escudeiro.

Falando em esperteza, até o agente Machado resolveu ter uma descarga de inteligência e assumir um papel realmente importante na trama. Após constatar que Malcolm, que serviria como testemunha para o caso de Bodaway, estava desparecido, começou uma investigação, que culminou na descoberta de que o principal suspeito pelo seu desaparecimento seja Andrew. Tudo isso levou até a polícia a suspeita de toda a sujeira que até então estava escondida sob os tapetes da requintada companhia, e que seus donos lutavam para manter tudo em segredo. Este é outro ponto que destaca que tudo em “Ringer” está entrelaçado. Os fatos avulsos que viamos nos primeiros episódios, agora se demonstram importantes e condizentes com todo o contexto em que se enquadram.

Como cliffhanger temos agora dois principais acontecimentos: A possível morte de Andrew e a identidade de seu assassino. Aposto muito em Olivia, acho que isso está meio óbvio.
Acredito que após esse arco corrupto, a série irá apostar no conflito das irmãs. Será que veremos uma Siobhan mais aberta ao perdão ou ela irá retomar o posto de vilã e querer Bridget morta a qualquer custo?

Arrisco-me a dizer que “Ringer” está sendo o drama adulto mais inteligente e bem elaborado atualmente na TV. A série mistura drama com thriller policial na medida certa, e outro destaque em meio a tantos acontecimentos é a trilha sonora. O tema colocado em cada cena se encaixa perfeitamente, dando um tom mais impactante a tudo.

A qualidade esperada a série já conquistou,  agora basta torcermos pela remota possibilidade de renovação!

2 comentários:

  1. Sobre a audiência da série... realmente está baixa, mas as séries da CW nunca foram campeãs de audiência! Gossip Girl, por exemplo, já teve audiência bem menores das quais Ringer apresenta ultimamente, mas por ser uma estreante, acho mesmo que haja a possibilidade dela ser cancelada! Só espero até lá tudo seja esclarecido,pois seria muita sacanagem deixarem a gente sem entender o que estava acontecendo de fato!

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    1. "gossip girl" já tev audiencias baixas, mas nunca foi cancelada porque tinha um público cativo e eum apelo comercial muito grande, o que rende muito em merchandising. Mas o mesmo não acontece com "Ringer". Torço pela renovação, mas caso seja cancelada, tabmém torço por um final digno!

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