O fim é triste, mas muito provável.
Bom, faço review sobre diversas séries, umas escrevo de
forma mais séria, já outras, prefiro apelar para um tom mais sarcástico e
humorístico. Já havia dito que havia mudado completamente meu conceito sobre
“Ringer”, mas até a review passada, ainda preferia não levar a série tão a
sério e até mesmo tirar sarro de vários dos fatos que ela nos apresenta. Mas
diante de um episódio tão primoroso quanto o desta semana, fica até difícil não
levar a série a sério e não destacar o seu valor no mercado televisivo.
É excelente e triste ao mesmo tempo como a série está se
tornando mais incrível a cada episódio. Excelente porque estamos nos deparando
com uma história super bem amarrada e (pasmem!) bem produzida, assim como com
personagens profundos e carismáticos. E triste porque a audiência da série
assim mesmo está péssima, e não vejo chances de encontrarmos com as gêmeas Martin/Kelly
na próxima fall season. Então, já que muito provavelmente só temos mais alguns
episódios pela frente, vamos degustá-los ao máximo!
Achei que seria impossível a qualidade do episódio anterior
ser superada, mas o que esse nos apresentou conseguiu ser de um nível ainda
melhor! A série não fez os rodeios de costume e já nos apresentou respostas
ágeis e rápidas logo de início. Os assassinos de Tyler foram realmente Olivia e
Andrew, mesmo que muito provavelmente executado pelas mãos da frívola
empresária. Andrew pode ter se demonstrado arrependido, mas ele é cúmplice,
isso é fato, e não fica isento da culpa.
Vimos também aqui a revelação da trama para a maioria dos
personagens que até então eram cegos em relação a tudo. Siobhan abriu o jogo
com Henry, agora o viúvo sabe que ele não era o único amante de Siobhan, mas
aceitou facilmente os fatos uma vez que ela confessou que se relacionava com Tyler apenas para colocar seu plano em prática. Acreditei
em Siobhan. Sempre achei que ela usava a tudo e a todos apenas por interesse,
mas começo a ter em mente que ela realmente ame Henry. As cenas entre os dois
renderam bons momentos, pois aqui vimos todas as máscaras de Shiv cair, vimos
seu lado humano e ferido. Pudemos acompanhar o quanto de rancor ela ainda guarda
da irmã e a culpa de forma injusta pela morte de Sean. A culpa a ponto de
querê-la morta, assim como aconteceu com o seu filho. Siobhan também revelou que sua gêmea não havia feito nenhum acordo acordo com ela, apenas caiu na cama que ela própria
armou e ainda por cima acha que ela está morta. A moça revelou para Henry também
o que todos já sabíamos desde o episódio passado, que na verdade ela é a vítima
de toda a história, e fez tudo o que fez apenas para se salvar e colocar os vilões
atrás das grades. Mas isso não faz dela uma heroína. Seus princípios são um
tanto quanto torpes.
Achei muito inteligente a forma com a qual ela falou com
Andrew, para que ele ficasse ressentido e fizesse cair por terra todo o amor
que ele sente por Bridget tentando um assassinato para silencia-la. Mas a tentativa de fazer com que Andrew se virasse
contra ela foi totalmente falha, pois vimos que apesar de Andrew não ser flor
que se cheire, talvez os seus sentimentos estejam a cima de
qualquer canalhice.
Não esperava que a série pudesse trabalhar com a
probabilidade de Andrew ser morto tão cedo, e ainda duvido um pouco que esse
fato se cumpra. Só posso dizer que a sequência final foi surpreendente. Foi eletrizante
a forma com a qual foi filmada, sem que o telespectador pudesse saber o que
realmente estava acontecendo e quem havia atirado em quem. Foi muito bonito
ver que Andrew arriscou a própria vida para salvar Bridget, o que reforça que
apesar de mau-caráter seus sentimentos pela “usurpadora” são verdadeiros. Nas
sequências de flashbacks, Andrew se mostrava totalmente frio e fez reais
ameaças a vida da verdadeira Siobhan, o que ocasionou na troca das irmãs. Mas isso porque não tinha reais
sentimentos por ela, os dois mantinham apenas um casamento de aparências. Acredito
que Andrew na verdade a odiava. Já com Bridget a história é diferente. Ao entrar na vida de Andrew, Kelly restaurou sua família, se tornou a companhia e o complemento que faltava naquela família destruída. É totalmente compreensível os sentimentos que Andrew nutre por ela.
Também é legal ver que a série não se sustenta apenas pelo
seu plot principal. As histórias secundárias também estão extremamente
interessantes. O arco que envolve Juliet está me conquistando, e gosto muito de
ver Zoey Deutch em cena. Nesse episódio
Juliet descobriu que sua mãe é a pior mãe que uma filha podia ter, e que ela
foi a responsável pelo espancamento de sua melhor amiga/inimiga. Fato esse que
fez com que Juliet corresse para os braços de Bridget, pedindo por colo. Gosto
muito de ver as cenas das duas. Bridget realmente é a mãe que Catherine nunca soube
ser e a madrasta que Siobhan nunca se esforçou para que fosse. Gosto muito na
dinâmica das duas, e aposto em um final
com elas vivendo realmente como mãe e filha, independente do futuro
do personagem de Andrew.
Bridget por sua vez, ganhou um novo aliado. Já que muito
provavelmente Malcolm foi assassinado ou seqüestrado por Andrew, a “irmã boa”
iria precisar de um novo comparsa. Seu motorista, Solomon, que parece ser o único
esperto o suficiente, pois logo sacou que não estava trabalhando para a verdadeira Siobhan, mas mesmo assim se
manteve leal, e agora passa a ser seu fiel escudeiro.
Falando em esperteza, até o agente Machado resolveu ter
uma descarga de inteligência e assumir um papel realmente importante na trama. Após
constatar que Malcolm, que serviria como testemunha para o caso de Bodaway, estava
desparecido, começou uma investigação, que culminou na descoberta de que o
principal suspeito pelo seu desaparecimento seja Andrew. Tudo isso levou até a polícia a suspeita de toda
a sujeira que até então estava escondida sob os tapetes da requintada
companhia, e que seus donos lutavam para manter tudo em segredo. Este é
outro ponto que destaca que tudo em “Ringer” está entrelaçado. Os fatos avulsos
que viamos nos primeiros episódios, agora se demonstram importantes e condizentes
com todo o contexto em que se enquadram.
Como cliffhanger temos agora dois principais acontecimentos:
A possível morte de Andrew e a identidade de seu assassino. Aposto muito em
Olivia, acho que isso está meio óbvio.
Acredito que após esse arco corrupto, a
série irá apostar no conflito das irmãs. Será que veremos uma Siobhan mais
aberta ao perdão ou ela irá retomar o posto de vilã e querer Bridget morta a
qualquer custo?
Arrisco-me a dizer que “Ringer” está sendo o drama adulto
mais inteligente e bem elaborado atualmente na TV. A série mistura drama com thriller
policial na medida certa, e outro destaque em meio a tantos acontecimentos é a
trilha sonora. O tema colocado em cada cena se encaixa perfeitamente, dando um
tom mais impactante a tudo.
A qualidade esperada a série já conquistou, agora basta
torcermos pela remota possibilidade de renovação!
Sobre a audiência da série... realmente está baixa, mas as séries da CW nunca foram campeãs de audiência! Gossip Girl, por exemplo, já teve audiência bem menores das quais Ringer apresenta ultimamente, mas por ser uma estreante, acho mesmo que haja a possibilidade dela ser cancelada! Só espero até lá tudo seja esclarecido,pois seria muita sacanagem deixarem a gente sem entender o que estava acontecendo de fato!
ResponderExcluir"gossip girl" já tev audiencias baixas, mas nunca foi cancelada porque tinha um público cativo e eum apelo comercial muito grande, o que rende muito em merchandising. Mas o mesmo não acontece com "Ringer". Torço pela renovação, mas caso seja cancelada, tabmém torço por um final digno!
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