sexta-feira, 16 de março de 2012

[REVIEW] Awake - 1x01 - Pilot / 1x02 - The Little Guy


Entre dois mundos.



“Awake” é daquelas séries em que só pelo trailer ou apenas ao lermos a sinopse nos leva a um interesse instantâneo. 



Certamente, podemos julga-la como a aposta mais certeira e também a mais interessante dessa segunda metade da “fall season” americana. Na verdade, “Awake” não é o que chamaríamos de uma série inovadora, a premissa na verdade tem um "q" de “Já vi isso em algum lugar”. Após um acidente de carro com sua esposa e filho, Michael, um detetive americano, vê sua vida dividia em duas realidades: Em uma, ele acorda e vê que sua esposa sobreviveu ao acidente, mas seu filho não teve a mesma sorte, em outra, o oposto foi o fato ocorrido. Sem a menor idéia e  do que está acontecendo e cambaleando entre o real e o irreal, vemos nosso protagonista tentar tocar sua vida e conciliar suas crises com seu trabalho como detetive. É aí em que entramos no tema “caso da semana” já tão conhecido por todos. Além de lidar com seus conflitos psicológicos, vemos a trama desenvolver casos policiais investigativos super bem elaborados nas duas realidades. Casos completamente diferentes, mas que mesmo que imperceptivelmente, trazem uma pequena coincidência que os entrelaçam e fazem com que Michael os solucione com maior facilidade.

Tudo na série é bem feito, desde o enredo até a fotografia. A maneira com a qual nos diferem as duas realidades através de cores, foi uma forma extremamente inteligente de fazer o telespectador se situar na trama. Quando Michael está na “realidade da esposa”, vemos mais cores quentes e vivas preencherem a tela, já quando Michael está na “realidade do filho”, vemos cores frias e um tom mais melancólico em cena.

Um ponto bem interessante, é que em ambas as realidades Michael conta com a ajuda de dois diferentes psiquiatras que tentam ajudá-lo a lidar com a perda de seus ante-queridos e também a lidar com a situação atípica e dúbia em que se encontra. Afinal, nem os personagens sabem se Michael está enlouquecendo ou se realmente encontrou uma brecha no espaço. O dialogo entre eles  é muito interessante, e enquanto a psicóloga do “lado frio” parece mais aberta a entende-lo e até defende que a situação pode ajudá-lo na adaptação da nova vida sem seus amados, vemos o seu opositor firme e irredutível na sua tese de que tudo não passa de um sonho, e que essa situação pode ser prejudicial ao seu paciente. Os dois são sempre implacáveis e inteligentes em suas teorias, o que nos confunde ainda mais. Porém, o que move as histórias é o conflito interno do personagem, pois ao mesmo tempo que Michael quer saber o que está acontecendo, ele não quer ter que deixar uma das realidades. Afinal, como decidir entre duas pessoas que você ama igualmente?

Já na sequência do segundo episódio, vemos a trama se aprofundar um pouco mais na relação de Michael com sua família. Sua esposa, que parece ser a mais afetada com a perca do filho, aprende a lidar com suas memórias, e através de Michael percebe que manter as lembranças pode ser algo reconfortante. Já na realidade fria, vemos Michael aprendendo a lidar com a adolescência de seu filho Rex, e a relação entre eles, que aparentemente  não era das melhores.

O que fica mais evidente aqui, é que conforme a psicóloga do lado frio afirma, essa realação entre as duas realidades, pode ajudar Michael a lidar com seus conflitos. E isso é muito nítido quando vemos a relação de Michael com Rex ser praticamente restaurada através de conselhos que sua esposa que está no “outro mundo”  dá a ele mesmo que inconscientemente.

O caso dessa semana me pareceu um pouco mais complexo do que o do piloto, e ao contrário do que pensávamos, vimos que o que acontece ao redor do detetive, pode ter mais influencia no seu problema de “multi-realidades” do que pensamos. Alguém aí achou SUPER ESTRANHA a conversa da chefe de Michael com aquele desconhecido no final do episódio? Aposto que a partir daqui a trama ficará mais intensa e nos fará raciocinar mais do que já estamos tentando para decifrar o grande mistério. Posso estar errado, mas o que deu a entender, é que Michael está sendo vitma de uma grande conspiração. Talvez até esteja sendo manipulado para algum tipo de experiência cientifica.

Bom, as teorias que rolam pela internet já são imensas, e provavelmente muitas delas ainda irão se formar com o passar dos episódios. Há quem diga que nem um dos mundos seja real, e que Michael está em coma tendo alucinações ou algo do tipo. Mas, como já citei a cima, acredito em uma teoria mais aos moldes de “Fringe” e a trama deve ser ainda mais complexa do que parece. O enredo apresentado é uma via de mão dupla, pois se não for bem explorado, poderá se desgastar muito facilmente. Afinal, quem aí ta a fim de ver dezenas de episódios tentando apenas resolver o enigma de qual lado é o real e qual é alucinação (se é que um deles existem)? Porém, se bem explorado, o roteiro pode rendar diversas e ótimas temporadas, pois a temática permite um leque infinito de situações e probabilidades.

Agora é só torcer para que a série vingue e continue nos apresentando boas sequências de episódios. O “Crossover” torce pelo sucesso! 

2 comentários:

  1. PUTA QUE PARIU, que série massa! não sei se é só o Jean que escrever SUPER bem, mas fiquei com uma puta coceira pra assistir kk o problema é que no momento tou baixando Fringe (coincidentemente) e pra começar outra fica dificil. mas se até o prox mês eu terminar Fringe, vou assistir essa aí pq caramba, parece muito boa mesmo :D

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    1. Vaaleu pelo elogio, Nah! A série é boa demais mesmo! Recomendo que vc veja ao menos o piloto! ;)
      Eu morro de vontade de ver "Fringe"! É uma das que estão na minha lista de espera! kkkkk

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