domingo, 17 de fevereiro de 2013

[REVIEW] Arrow - 1x12/13/14 - Vertigo / Betrayal / Odyssey



Um prato muito bem servido para os fãs de HQ’s.



Há algum tempo atrás, havia uma série chamada Smallville, que era um verdadeiro banquete para todos os fãs de Superman, Aquaman, Green Arrow e companhia. Smallville sabia contar a saga do herói de forma primorosa, e vez ou outra introduzir outros personagens do universo da DC Comics, que deixava os fãs fervorosos ainda mais empolgados. Acho que a essa altura do campeonato, já posso dizer seguramente que Arrow está conseguindo causar ainda mais furor nos fãs que vem acompanhando a série do que a própria Smallville (que podemos definir como a “série mãe” de Arrow). Não digo que Arrow é uma trama melhor que Smallville, de forma alguma, mas digo isso em relação a genialidade com a qual os produtores estão conseguindo incluir diversos elementos do universo DC, de forma muito inteligente e criativa, dando muitas vezes uma nova origem a tudo. Talvez esses elementos sejam até imperceptíveis para quem vê a série sem nem se importar com os quadrinhos, mas os fãs sabem que eles estão lá em pequenos detalhes.

O mais genial de Arrow é a forma criativa como esses elementos estão sendo postos, e para quem não sabe, até a hilária Felicity Smoak é uma personagem das HQ’s, mesmo sendo uma simples figurante. A moça agora se junta ao time de Oliver Queen, afinal, depois de tantas mentiras deslavadas e cada vez mais absurdas, era hora mesmo de Oliver abrir o jogo com a loira e fazer a melhor aquisição para o seu time. Com Felicity se juntando ao team, eles vão ganhar diversos pontos positivos no seus apetrechos tecnológicos, bem como terão uma base maior para expandir suas pesquisas e desmascarar seus vilões. Felicty adentra efetivamente na saga com a desculpa de que só irá ajudar a encontrar Walter, mas tenho certeza que mesmo após encontrá-lo, Felicty continuará ao lado de Ollie, e já começo a apostar até em um certo flert entre os dois. E não é o time de Oliver que ganha com isso não. Nós, expectadores, também ficamos muito felizes por uma personagem que já vem roubando a cena a um bom tempo por seu alívio cômico, finalmente ter um espaço digno.

E como todo fã de HQ adora um bom vilão, quando a série retira os vilões diretos dos quadrinhos tem como não ficar mais do que satisfeito? Sem sombra de dúvidas, Conde Vertigo, mesmo tendo participado de apenas um episódio, vai ficar marcado como o maior e melhor vilão que Arrow já teve. Parte disso se deve muito ao talento de Seth Gabel, que soube fazer uma interpretação totalmente insana e cativante do traficante maluco. Acho uma pena não terem usado Seth por mais tempo na história, afinal, o Conde conseguiu ser mais interessante do que o próprio Arqueiro Negro. Já começo a imaginar como seria caso ele conseguisse um lugar fixo no elenco. Na verdade, nada impede que isso ocorra, afinal, o Conde está vivo, mesmo que surtado após Oliver ter causado uma overdose de Vertigo nele. Já imagino um retorno triunfal do vilão, totalmente alucinado, encarnando uma espécie de Coringa na trama. Quem sabe?

Agora falando no aspecto narrativo, é interessante notar que esses três episódios, coincidentemente, parecem ter sido feitos justamente como uma triologia. Cada um teve seu vilão e sua narrativa, mas toda a história foi de certa forma interligada, e os acontecimentos dos próximos foram quase como as conseqüências do que havia acontecido em Vertigo. Conseqüência, aliás, seria a palavra chave para todos esses três episódios, afinal todos os personagens tiveram que lidar com o resultado dos atos que cultivaram ao longo da trama. A primeira a ter seu acerto de contas em pauta foi Thea, depois de ter quase se matado dirigindo sob os efeitos da droga fornecida pelo Conde. Com sorte, Thea consegue escapar da prisão, mas não tem como negar que de certa forma ela definitivamente aprendeu que para todos os seus atos inconseqüentes, terá um resultado com o qual ela terá que lidar. O benefício de Thea foi após essa história toda ela ter conseguido enfim compreender que seu pai não era um super-herói que ela tanto idolatrava, e por fim, perdoar Moira pela "traição" que ela sequer cometeu.

Claro que provavelmente esse perdão não é permanente, tendo em vista que Diggle já está prestes a provar para Ollie que Moira  também não é flor que se cheire. Acho totalmente estranho alguém que passou por tudo que Oliver passou, ter essa dificuldade toda em aceitar que há a possibilidade de que sua mãe tenha algum envolvimento com a máfia e talvez até com a sua quase morte e a morte do seu pai. Felicity entregou a lista de nomes que pertencia a Moira, exatamente igual a do Mr. Queen, e como é possível que Oliver não desconfie de nada? Se Oliver aprendesse a escutar mais Diggle, com certeza ele teria muito menos problemas na vida dele. Agora começa fazer sentido a relevância de Diggle na trama. Podemos dizer que ele é o lado responsável pela sanidade e clareza de Oliver.

Quem também teve que enfrentar as conseqüências de seus atos foi Quentin Lance. Afinal, ninguém em sã consciência ficaria “ok” em saber que seu pai usou a prória filha como isca para conseguir capturar seu inimigo. Gosto quando sabem aproveitar a relação de Laurel e Quentin, e gosto ainda mais quando colocam Sarah na história. É interessante ver como a perca de Sarah mexeu com as estruturas da família e aí começamos até a entender a implicância de Quentin com Oliver. Na verdade, se formos reparar, parece que aos poucos Quentin começa a ceder a Oliver, e até mesmo ao Arqueiro, e sabendo que ele tem um agente duplo dentro da própria equipe, é até conveniente que ele comece a se aliar ao Arqueiro se quiser realmente o bem da cidade. Estranhamente, já começo a suspeitar de MacKenna Hall como a X-9 da equipe, apesar de insinuarem que ela será o novo interesse amoroso de Oliver. Não acham muito conveniente a introdução de uma nova personagem policial quando justamente descobrem terem um informante?

Sobretudo, o episódio que mais me chamou a atenção foi Odyssey. Quando vi que ele se trataria de um episódio completo de flashback de Oliver na ilha, já comecei a ficar preocupado, afinal, sou muito fã de flashbacks, mas quando a série tem uma mitologia bem criada e interessante como The vampire Diaries, e Arrow honestamente não parecia ter tudo isso. Fiquei bem surpreso quando vi que na verdade talvez esse tenha sido o episódio que mais gostei dos três, e foi aí também que os fãs dos quadrinhos voltaram a delirar em frente a tela. Já a um bom tempo todos esperam por uma nova aparição do Exterminador na série. Para quem não sabe, o Exterminador é um dos vilões mais temidos das HQ’s, que sozinho foi capaz de derrotar quase toda a Liga da Justiça. O curioso é que na série, O Exterminador que conhecemos e que tem seu olho perfurado é um amigo de Slade Wilson que passou a rivalizar com ele, e ambos usam a famosa mascara preta e branca. Já nas HQ’s Slade e o Exterminador se tratam da mesma pessoa. Então não sabemos ainda se Slade irá se virou contra Oliver e se tornou efetivamente o Exterminador, ou se o grande vilão é o mascarado que foi morto nesse episódio. Também ficou claro como e porque Oliver foi tão bem treinado enquanto estava na ilha, afinal, se ele quisesse sabotar a milícia para finalmente voltar a Starling City, iria precisar de muito mais treinos do que os conselhos filosóficos de Yao Fei.


Outra grata surpresa foi eles começarem já a introduzir Shado da trama, e o fato dela ser filha de Yao na história, só comprova que Arrow está sabendo brincar com o universo das HQ’s de uma forma extremamente criativa. Shado é uma personagem bastante polêmica nas HQ’s (principalmente por ter concebido um filho com Oliver através de um estupro enquanto ele estava inconsciente) e não sabemos ainda como ela será retratada na série, mas conforme formos conhecendo mais sobre a personagem, tentarei aprofundar um pouco mais de como Shado é mostrada nas HQ’s






Um comentário:

  1. Bom cara, review de muitos episódios no meu caso que comecei a ver agora, e não fui vendo um atrás do outro, é complicada pra eu lembrar de alguns detalhes. Então vou primeiro reafirmar uma coisa que não sai da minha cabeça, " não confio no Tommy".
    Sobre isso que você disse do Oliver ficar sem ação quanto a mãe, acho que mesmo ele tendo passado por tudo que passou, mesmo tendo sido tão bem treinado, por ser a mãe dele, a reação é bem normal. Ele realmente ficou decepcionado aos saber que o barco foi sabotado.
    Thea agora trabalhando com a Laurel, é mais um motivo pra aproximar o Oliver da linda advogada.
    Eu gosto da Felicty e torço pra ela e o Oliver terem um romance. E sim, ela é bem engraçada. Acho que faz o tipo daquelas nerds estranhas, que está afim do cara boa pinta, e acha que ele nunca vai dar moral pra ela, então ajuda pra poder pelo menos ser uma amiga e ficar perto. Acho que ela ainda vai nos surpreender como mulher fatal. Espero muito isso.
    Te encontro em outro episódio, em algum momento. kkkkk
    Um abraço e foi uma ótima review Jean.
    Charles.

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