E com vocês, a nova protagonista de Dallas.
Não é de hoje que tenho uma imensa simpatia pela personagem de Ann, mas agora
vendo os episódios da temporada, já posso dizer que ela passa para o posto de
protagonista maior da série. Ok, talvez seja exagero nomeá-la para este posto
oficialmente, mas é inegável dizer que é ela quem está reinando nesse início de
temporada e servindo de combustível para boa parte dos episódios. Após se ver
em um beco sem saída, lidando com o ódio gratuito de Emma e vendo que muito
provavelmente Harris iria se safar sem nenhum arranhão na sua ficha, ficava
evidente que Ann iria se desesperar e acabar fazendo algum tipo de besteira, só
não esperava que a besteira seria tão extrema ao ponto de atirar em Harris em
um ato quase que impulsivo. Talvez se Ann tivesse parado 5 segundos para
repensar sobre o fato, provavelmente ela teria tido a lucidez de perceber que
atirando em Harris, ela seria a principal suspeita, tendo em vista a situação
dos dois, o que obviamente iria despertar em Emma um asco ainda maior sobre sua
figura materna.
Emma, a propósito, já uma personagem que conseguiu ganhar em menos de 5 segundos
o meu desafeto. Está certo que a mente dela foi envenenada durante anos pelo
pai que ela sempre venerou e pela sua avó “a lá vilã de novela mexicana”, mas
mesmo após ver o quanto Ann estava abalada com toda a situação, a menina sequer
se comoveu, o qeu comprova que ela herdou mais do gene de Harris do que da própria
Ann. O que fica claro, é que Emma gosta acima de tudo da vida boa que Harris
proporcionou a ela, e com certeza não quer abrir mão disso tudo se virando
contra seu pai.
Mas o que mais surpreende nisso tudo é o fato de Harris ainda ter sobrevivido e
Bobby ter assumido a culpa pelo crime da esposa, o qeu só prova ainda mais o
poço de virtude que o patriarca dos Ewing é. Só o que fica bem confuso aqui, é
quais são as pretensões de Harris confirmando que foi Bobby quem atirou nele,
sendo que ele sabe muito bem que a responsável foi Ann. Duvido de uma amnésia pós-traumática,
e tudo isso é ainda mais confuso porque Harris poderia muito bem usar do
ocorrido para afastar ainda mais Emma de Ann, mas não o fez. Bom, claramente
tem muita coisa ainda a ser explicada sobre Harris e sua mãe mau-caráter, assim
como a estranha obsessão de sua mãe por ele. Sério, chega a ser bizarro o
quanto ela venera o filho, e fico até um pouco incomodado com esse plot entre
os dois, mas não tem como negar que a trama deles está acrescentando muito a série.
Outra protagonista que voltou com mais força do que antes é Pamela Barnes. Se
pararmos para analisar, todas as tramas da série estão de certas formas
interligadas a ela. Seja da luta de Chris para anular o casamento com ela e ter
a custódia dos filhos, como do relacionamento de John Ross com ela com o interesse
de obter mais parcelas das Ewing Energies. O fato é que todo mundo quer um
pedacinho de Pamela, claro que cada um com seus motivos, e nós ficamos muito
feliz por isso, afinal, o que seria de Dallas sem sua quenga maior?
A personagem quase teve sua queda após Frank ter reaparecido com o cadáver de
Tommy, mas o que Frank ainda não percebeu é que não se pode confiar em
absolutamente ninguém naquela série, muito menos em J.R. Fiquei bem
surpreso ao ver a relação dele e Cliff ser explorada mais profundamente. Para
mim Frank não passava de um capacho de Cliff, mas no fim das contas Cliff
realmente o via como um filho, em uma cena até que comovente, o que achei que
seria impossível vindo de Cliff Barnes. Frank encerra sua trajetória na série
sem ter tido muita relevância na história, mas certamente teve uma despedida
que pode entrar para a história da série como uma das cenas mais marcantes. Quem
diria que a culpa de Frank seria tão grande ao ponto de ele se suicidar, mas não
antes de assumir a culpa por todos os crimes de Pamela? O arrependimento do personagem, seguido pelo
seu suicídio para manter o nome de Pamela limpo possibilitando a continuidade
dos planos de Cliff, só prova uma coisa que muitas vezes nós nos esquecemos:
Apesar de toda canalhice, os personagens de Dallas são humanos, e agem acima de
tudo através de suas emoções.
O meu descontentamento aqui fica apenas com Sue Ellen (que curiosamente elogiei
na review anterior). A personagem sempre me agradou, por isso para mim é
extremamente incompreensível que uma mulher forte como ela, que já viveu tudo o
que viveu, ainda caia em cada mentira deslavada que John Ross conta. Não é da
personalidade dela se virar de uma hora para outra contra Elena que é alvo de
adoração de toda a família, ameaçando para que ele dê os lucros prometidos para
o projeto financiado por ela, por isso essa história soa um pouco inverossímil.
Claro que isso é necessário para dar uma função mais importante na série para
Elena e movimentar um pouco o plot dela, ainda mais agora com a adição de Andres
ao elenco fixo da série, que ainda não consegui definir se será a solução para
vida dos Ewing ou mais fonte de
problemas. O personagem até que demonstrou que tem bom caráter, evitando o
plano de John Ross, mas falam tanto do passado negro do moço que começo a me
perguntar se ele ainda vai mostrar quem realmente é. Mas tendo em vista o histórico de Dallas,
prefiro seguir a ideologia de que naquela série todo mundo é culpado, até que
se prove o contrário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário