terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

[REVIEW] Dallas - 2x03/04 - Sins of the Father / False Confessions




E com vocês, a nova protagonista de Dallas.

Não é de hoje que tenho uma imensa simpatia pela personagem de Ann, mas agora vendo os episódios da temporada, já posso dizer que ela passa para o posto de protagonista maior da série. Ok, talvez seja exagero nomeá-la para este posto oficialmente, mas é inegável dizer que é ela quem está reinando nesse início de temporada e servindo de combustível para boa parte dos episódios. Após se ver em um beco sem saída, lidando com o ódio gratuito de Emma e vendo que muito provavelmente Harris iria se safar sem nenhum arranhão na sua ficha, ficava evidente que Ann iria se desesperar e acabar fazendo algum tipo de besteira, só não esperava que a besteira seria tão extrema ao ponto de atirar em Harris em um ato quase que impulsivo. Talvez se Ann tivesse parado 5 segundos para repensar sobre o fato, provavelmente ela teria tido a lucidez de perceber que atirando em Harris, ela seria a principal suspeita, tendo em vista a situação dos dois, o que obviamente iria despertar em Emma um asco ainda maior sobre sua figura materna.

Emma, a propósito, já uma personagem que conseguiu ganhar em menos de 5 segundos o meu desafeto. Está certo que a mente dela foi envenenada durante anos pelo pai que ela sempre venerou e pela sua avó “a lá vilã de novela mexicana”, mas mesmo após ver o quanto Ann estava abalada com toda a situação, a menina sequer se comoveu, o qeu comprova que ela herdou mais do gene de Harris do que da própria Ann. O que fica claro, é que Emma gosta acima de tudo da vida boa que Harris proporcionou a ela, e com certeza não quer abrir mão disso tudo se virando contra seu pai.

Mas o que mais surpreende nisso tudo é o fato de Harris ainda ter sobrevivido e Bobby ter assumido a culpa pelo crime da esposa, o qeu só prova ainda mais o poço de virtude que o patriarca dos Ewing é. Só o que fica bem confuso aqui, é quais são as pretensões de Harris confirmando que foi Bobby quem atirou nele, sendo que ele sabe muito bem que a responsável foi Ann. Duvido de uma amnésia pós-traumática, e tudo isso é ainda mais confuso porque Harris poderia muito bem usar do ocorrido para afastar ainda mais Emma de Ann, mas não o fez. Bom, claramente tem muita coisa ainda a ser explicada sobre Harris e sua mãe mau-caráter, assim como a estranha obsessão de sua mãe por ele. Sério, chega a ser bizarro o quanto ela venera o filho, e fico até um pouco incomodado com esse plot entre os dois, mas não tem como negar que a trama deles está acrescentando muito a série.

Outra protagonista que voltou com mais força do que antes é Pamela Barnes. Se pararmos para analisar, todas as tramas da série estão de certas formas interligadas a ela. Seja da luta de Chris para anular o casamento com ela e ter a custódia dos filhos, como do relacionamento de John Ross com ela com o interesse de obter mais parcelas das Ewing Energies. O fato é que todo mundo quer um pedacinho de Pamela, claro que cada um com seus motivos, e nós ficamos muito feliz por isso, afinal, o que seria de Dallas sem sua quenga maior?

A personagem quase teve sua queda após Frank ter reaparecido com o cadáver de Tommy, mas o que Frank ainda não percebeu é que não se pode confiar em absolutamente ninguém naquela série, muito menos em J.R. Fiquei bem surpreso ao ver a relação dele e Cliff ser explorada mais profundamente. Para mim Frank não passava de um capacho de Cliff, mas no fim das contas Cliff realmente o via como um filho, em uma cena até que comovente, o que achei que seria impossível vindo de Cliff Barnes. Frank encerra sua trajetória na série sem ter tido muita relevância na história, mas certamente teve uma despedida que pode entrar para a história da série como uma das cenas mais marcantes. Quem diria que a culpa de Frank seria tão grande ao ponto de ele se suicidar, mas não antes de assumir a culpa por todos os crimes de Pamela?  O arrependimento do personagem, seguido pelo seu suicídio para manter o nome de Pamela limpo possibilitando a continuidade dos planos de Cliff, só prova uma coisa que muitas vezes nós nos esquecemos: Apesar de toda canalhice, os personagens de Dallas são humanos, e agem acima de tudo através de suas emoções.


O meu descontentamento aqui fica apenas com Sue Ellen (que curiosamente elogiei na review anterior). A personagem sempre me agradou, por isso para mim é extremamente incompreensível que uma mulher forte como ela, que já viveu tudo o que viveu, ainda caia em cada mentira deslavada que John Ross conta. Não é da personalidade dela se virar de uma hora para outra contra Elena que é alvo de adoração de toda a família, ameaçando para que ele dê os lucros prometidos para o projeto financiado por ela, por isso essa história soa um pouco inverossímil. Claro que isso é necessário para dar uma função mais importante na série para Elena e movimentar um pouco o plot dela, ainda mais agora com a adição de Andres ao elenco fixo da série, que ainda não consegui definir se será a solução para vida dos Ewing ou  mais fonte de problemas. O personagem até que demonstrou que tem bom caráter, evitando o plano de John Ross, mas falam tanto do passado negro do moço que começo a me perguntar se ele ainda vai mostrar quem realmente é.  Mas tendo em vista o histórico de Dallas, prefiro seguir a ideologia de que naquela série todo mundo é culpado, até que se prove o contrário.




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