Morango, gripe e...... bolo de stripper?
Falar de Hart of Dixie é sempre aquele momento iluminado do dia, afinal, qual série
leve e despretensiosa existe na TV hoje em dia mesmo? HoD está a cada dia
melhor e mantendo sempre aquele clima gostoso que fez nós nos apaixonarmos pela
série desde a sua primeira temporada. E aproveitando esse “momento gostosura”,
quer coisa melhor para ilustrar um episódio do que a festa do morango com
direito a um comercial produzido pelo golden boy, George? Um plot desse só
poderia ser desenvolvido em Bluebell e em nenhum outro lugar, e uma infestação
de gripe que colocou a cidade em quarentena, também não poderia ter sido
explorada em outra trama. Todo o divertimento, claro, usado apenas como artifício
para desenvolver personagens e relacionamentos, o que prova que Hart of Dixie não
é apenas uma série para se divertir, mas também para nos apaixonarmos e
torcemos pelos personagens.
A beneficiada com a cidade toda em desespero, surpreendentemente foi nossa querida
Zoe, que de uns tempos pra cá vem colhendo os frutos de uma maré de sorte. Já
era hora, né meu povo? Enfim Zoe recebeu o reconhecimento do povo de Bluebell,
sendo mais requisitada do que o próprio Brick e ganhando presentes pelo simples
fato de respirar. O engraçado é que Zoe é tão azarada que até seu melhor
momento trás seus efeitos colaterais, e para Zoe, claro que esses efeitos
seriam em seu relacionamento com Wade. Falta um pouquinho de maturidade da
parte do rapaz para entender que Zoe é a uma das únicas médicas de uma cidade
inteira, e ele já sabia muito bem disso quando optou por engatilhar um
relacionamento por ela, então é bom ele ir se acostumando a agenda lotada da
doutora, porque Zoe não irá deixar sua carreira por um amor que ela nem sabe
onde vai dar. Não vão separar o casal agora, mas a mini-crise foi importante
principalmente para Wade, que no fim das contas se deu conta de que realmente não
tem uma carreira e um direcionamento na vida como a namorada, e agora começa a pensar em
desengavetar os planos de abrir o seu próprio bar.
Acho bom esses planos irem além do papel, pois por mais que adoramos ver Wade
fazendo suas burrices de sempre (como infestar a cidade com gripe, por
simplesmente se recusar a tomar vacina) vai chegar uma hora que a própria trama
irá pedir mais dele, e creio eu que essa história do bar, se bem aproveitada,
possa começar a fornecer bons suprimentos para a série.
Falando em desenvolvimento, quem agora passa a ter realmente um papel de relevância
na história é Anabeth. Ainda não sei se gosto da idéia de ter ela e Lavon como
um casal, mas a personagem é extremamente carismática e dar mais importância e
profundidade para ela na história está sendo bem bacana e divertido. Sobretudo
porque ressalta que ela não é só mais uma subalterna de Lemon, como às vezes
dava impressão, mas é uma amiga extremamente leal, capaz de abandonar as
chances de viver o amor de sua vida para manter uma amizade que ela tanto preza
como a de Lemon. Só acho triste Lemon não reconhecer e se por no lugar da
amiga, que está se esforçando ao máximo e sacrificando em nome da amizade, mas
acredito que esse bom senso de Lemon irá chegar com o tempo.
É muito provável que isso aconteça, pois nesses episódios tivemos a prova viva de
que Lemon já não é mais a mesma, sendo capaz de ceder até a adição da
desvairada da Shelby na sua família. Mesmo se considerando uma Lemon 1.5, não
inteiramente mudada, já considero ela uma verdadeira Lemon 2.0. O
desenvolvimento da megera do piloto para a Lemon que vemos hoje é gritante,
basta ela aceitar essa mudança e também parar de correr atrás de Lavon e se
dedicar mais a seu relacionamento com Walt, que tem tudo para dar certo. Isso
pelo menos até que Lavon pare de se fazer de salame e admita que ele ainda
sente algo por Lemon.
Uma das músicas tema foi a tradicionalíssima "Lovesick Blues", de Hank Williams que acho bem a cara do que Wade talvez sinta em relação a seu relacionamento com Zoe, mas a que gostaria de destacar é a ótima "Take Me Home, Country Roads", originalmente gravada por John Denver mas que tocou MUITO nas rádios brasileiras em uma regravação da banda "Heppening" no ano de 2005, por ser integrante da trilha sonora da novela América. Definitivamente uma das minhas músicas country favoritas!
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