quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

[REVIEW] Hart Of Dixie - 2x13/14 - Lovesick Blues / Take Me Home, Country Roads


Morango, gripe e...... bolo de stripper?

Falar de Hart of Dixie é sempre aquele momento iluminado do dia, afinal, qual série leve e despretensiosa existe na TV hoje em dia mesmo? HoD está a cada dia melhor e mantendo sempre aquele clima gostoso que fez nós nos apaixonarmos pela série desde a sua primeira temporada. E aproveitando esse “momento gostosura”, quer coisa melhor para ilustrar um episódio do que a festa do morango com direito a um comercial produzido pelo golden boy, George? Um plot desse só poderia ser desenvolvido em Bluebell e em nenhum outro lugar, e uma infestação de gripe que colocou a cidade em quarentena, também não poderia ter sido explorada em outra trama. Todo o divertimento, claro, usado apenas como artifício para desenvolver personagens e relacionamentos, o que prova que Hart of Dixie não é apenas uma série para se divertir, mas também para nos apaixonarmos e torcemos pelos personagens.

A beneficiada com a cidade toda em desespero, surpreendentemente foi nossa querida Zoe, que de uns tempos pra cá vem colhendo os frutos de uma maré de sorte. Já era hora, né meu povo? Enfim Zoe recebeu o reconhecimento do povo de Bluebell, sendo mais requisitada do que o próprio Brick e ganhando presentes pelo simples fato de respirar. O engraçado é que Zoe é tão azarada que até seu melhor momento trás seus efeitos colaterais, e para Zoe, claro que esses efeitos seriam em seu relacionamento com Wade. Falta um pouquinho de maturidade da parte do rapaz para entender que Zoe é a uma das únicas médicas de uma cidade inteira, e ele já sabia muito bem disso quando optou por engatilhar um relacionamento por ela, então é bom ele ir se acostumando a agenda lotada da doutora, porque Zoe não irá deixar sua carreira por um amor que ela nem sabe onde vai dar. Não vão separar o casal agora, mas a mini-crise foi importante principalmente para Wade, que no fim das contas se deu conta de que realmente não tem uma carreira e um direcionamento na vida como a namorada, e agora começa a pensar em desengavetar os planos de abrir o seu próprio bar. 

Acho bom esses planos irem além do papel, pois por mais que adoramos ver Wade fazendo suas burrices de sempre (como infestar a cidade com gripe, por simplesmente se recusar a tomar vacina) vai chegar uma hora que a própria trama irá pedir mais dele, e creio eu que essa história do bar, se bem aproveitada, possa começar a fornecer bons suprimentos para a série.

Falando em desenvolvimento, quem agora passa a ter realmente um papel de relevância na história é Anabeth. Ainda não sei se gosto da idéia de ter ela e Lavon como um casal, mas a personagem é extremamente carismática e dar mais importância e profundidade para ela na história está sendo bem bacana e divertido. Sobretudo porque ressalta que ela não é só mais uma subalterna de Lemon, como às vezes dava impressão, mas é uma amiga extremamente leal, capaz de abandonar as chances de viver o amor de sua vida para manter uma amizade que ela tanto preza como a de Lemon. Só acho triste Lemon não reconhecer e se por no lugar da amiga, que está se esforçando ao máximo e sacrificando em nome da amizade, mas acredito que esse bom senso de Lemon irá chegar com o tempo. 

É muito provável que isso aconteça, pois nesses episódios tivemos a prova viva de que Lemon já não é mais a mesma, sendo capaz de ceder até a adição da desvairada da Shelby na sua família. Mesmo se considerando uma Lemon 1.5, não inteiramente mudada, já considero ela uma verdadeira Lemon 2.0. O desenvolvimento da megera do piloto para a Lemon que vemos hoje é gritante, basta ela aceitar essa mudança e também parar de correr atrás de Lavon e se dedicar mais a seu relacionamento com Walt, que tem tudo para dar certo. Isso pelo menos até que Lavon pare de se fazer de salame e admita que ele ainda sente algo por Lemon.

O alívio cômico do episódio (mesmo HoD já se tratando de um grande alívio cômico), surpreendentemente ficou a cargo de George, e já começo a pensar que gosto até mais do golden boy sendo o palhaço do que do que sendo o homem dos sonhos de Zoe. Tansy é uma verdadeira figura, que tem uma cachorra com o nome de Dolly Parton que que precisa ouvir “Jolene” para desestressar. Tem como isso ser mais hilário? Claro que tem, e isso toma dimensões absurdas quando George perde a cachorra e tem que sair pela rua feito louco cantando Jolene para ela voltar. Já shipo este casal demais e espero que prossigam com esse relacionamento. Shelby é outra que tem ganhado minha simpatia por sua comicidade, afinal,  alguém que sai de dentro de um bolo vestida de enfermeira, em frente a toda cidade e ainda deixar Brick com cara de bobo, é alguém que definitivamente merece espaço na trama!

Uma das músicas tema foi a tradicionalíssima "Lovesick Blues", de Hank Williams que acho bem a cara do que Wade talvez sinta em relação a seu relacionamento com Zoe, mas a que gostaria de destacar é a ótima "Take Me Home, Country Roads", originalmente gravada por John Denver mas que tocou MUITO nas rádios brasileiras em uma regravação da banda "Heppening" no ano de 2005, por ser integrante da trilha sonora da novela América. Definitivamente uma das minhas músicas country favoritas!



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