Se PLL fosse Friends, esse episódio se chamaria: Aquele em que deu a louca na
Spencer.
E seguindo a mesma vibe do episódio anterior, nossa querida Marlene Mattos
resolveu continuar na onda surtada e fazer mais uma personagem de Pretty Little
Liars se tornar totalmente insana! E quem diria que se alguma das mentirosinhas
fosse surtar e virar rebelde, essa pessoa seria justamente Spencer? Bom, tá certo
que a cena dela na sargeta implorando pelo amor de Toby não demonstra lá muita
sanidade, nem deveria uma vez que Spencer sofreu a maior traição de sua vida,
mas engana-se quem pensou que o descontrole da moça era só momentâneo. Spencer
agora quer ir contra tudo e contra todos, se esquecendo até do bem estar das
suas melhores amigas e querendo por um fim de vez a toda essa patifaria dos
joguinhos mentais de “A”. É bizarro dizer isso, mas mesmo Spencer estando no
momento mais desequilibrado de sua vida, ela ainda consegue ser mais coerente
do que todas as meninas juntas e enfim chega a conclusão de que as meninas só
estão nas mãos de “A” porque insistem em cavar a própria cova mentindo mais do
que político brasileiro. A declaração de Spencer soou mais como um desabafo e
um grito de alerta do próprio público para as meninas, agora é só torcer para
que elas ouçam o conselho raivoso da amiga.
Spencer, na verdade, foi responsável por boa parte da
movimentação da história nesse episódio. Uma delas é o tão batido e
desinteressante plot do filho perdido de Ezra, que finalmente chega ao seu
final. Ária foi tão sonsa que precisou da intervenção de “A” para que Spencer contasse
acidentalmente para Ezra sobre o tal rebento, e confesso que pelo menos uma vez
me senti eternamente grato a megera. Esse plot já deu o que tinha que dar, e
agora Ária chora as pitangas por ter entrado em um buraco cavado por ela mesma.
Ficou muito óbvio que apesar de Ezra dizer que está tudo bem, ele não volta a
cidade tão cedo, e espero que Ária tenha aprendido com o próprio erro e que
este sirva de lição reafirmando a tese da própria Spencer. Mas mais triste de
tudo não foi nem ver Ezra e Ária rompendo, mas sim a nossa super dupla SPARIA
sendo estremecida. Acho que uma das únicas conseqüências negativas desse surto
de Spencer, seja mesmo o quanto ele foi prejudicial a amizade dela com Ária. #TeamSparia4Ever
O interessante de se notar nesse episódio, é que o
rompimento de Spencer e Toby, serviu como uma espécie de alavanca que
desencadeou um verdadeiro efeito dominó de términos de relacionamentos sobre a
vida das meninas. Além de Ária e Ezra, nenhuma delas de fato terminou com seus
pares, mas fica meio que óbvio que para tudo isso é uma questão de tempo. As próximas
vítimas da vez certamente serão Paige e Emily, pois como vimos nesse episódio,
parece que Paige não é lá das muito monogâmicas, e anda freqüentando barzinhos
lésbicos para se distrair enquanto Emily vive sua vida conturbada. Não gosto
mesmo das duas juntas, mas esse plot rendeu para mim uma das cenas mais hilárias
da série, com direito a Hanna se sentindo um filé mignón no meio da África ao
ser cobiçada por tantas pessoas do mesmo sexo. Mais engraçado que isso, só
mesmo Ashley questionando se ela estava no local para “experimentar novas
sensações”.
Falando em Hanna, toda essa história dela com Caleb anda muito estranha. Sabemos
que ele e Paige planejam algo contra Mona, mas porque raios ele iria rejeitar
Hanna com fez nesse episódio? No ritmo que as coisas estão, daqui a pouco
descobriremos que todos os namorados/namoradas das meninas tem algum tipo de
envolvimento com o A Team, e se isso acontecer não será lá muitas surpresas
para os padrões de PLL.
Mas nem todos os términos possíveis seriam pareis para mais uma revelação bombástica
envolvendo a morte de Alison. Trazendo Cece de volta a trama, a bomba da vez é
que Alison talvez estivesse grávida quando foi morta e a grande pergunta agora gira
em torno de quem pode ser o pai da criança. Estou para apostar que quando
descobrirmos a identidade do tal pai, provavelmente também teremos descoberto a
identidade do assassino de Ali (isso se ela estiver realmente morta). Em meio a
tantas loucuras e absurdos que a série já nos mostrou, começo a achar até aceitável
a insinuação do episódio que o nosso estimadíssimo (só que não) Detetive Avulso
seja o pai da criança e muito provavelmente o grande assassino. Seria uma
sambada na nossa cara das grandes, e pensem bem, pela primeira vez PLL
demonstraria alguma coerência dentro do próprio episódio. O cara esteve desde o
início na cola das meninas, agindo de modo abusivo e muito estranho para
incriminá-las pelos motivos mais incabíveis. Se ele fosse realmente o grande
culpado tudo isso faria algum sentido e explicaria a insistência dos produtores
em manter esse homem na história. Será que PLL estaria disposta a ousar a esse
ponto? Tenho minhas dúvidas, pois ao mesmo tempo em que eles insinuaram esse
desfecho, também tivemos a revelação de que Alison estava fazendo vistinhas íntimas
para Toby na sua época de reformatório, já suspeitando que talvez ele fosse a “A”
daquela época. Acho mais plausível e interessante a teoria do detetive, afinal
Toby já é do “A Team” e não seria lá grande surpresa se em outra época ele
fosse a “A” também.
Com todo esse plot novo os produtores tem agora a faca e o
queijo na mão para fazer uma boa história. Resta saber se já há o interesse de entregar o desfecho dessa história “tão cedo”.
Acho que PLL está agora em uma encruzilhada que irá se dividir entre manter o
mistério por mais tempo para lucrar, ou começar a dar respostas em prol de uma
finalização descente.
Não acho que a Spencer seja a louca. Muito pelo contrário. Ela é a única personagem que está se mostrando racional no meio disso tudo. Claro que ela está toda revoltada pelo término com Toby, e mesmo assim, consegue ser um pouco racional.
ResponderExcluirPS: A cena em que o Ezra deixa a Aria no meio da rua e a câmera sobe e mostra ela em meio as rachaduras no asfalto foi uma boa sacada do diretor para representar visualmente o que a personagem estava sentindo naquele momento!