terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

[REVIEW] Dallas - 2x01/02 - Battle Lines / Venomous Creatures




Bem vindos a tão aguardada temporada de duplos twists carpados.

Sim, minha gente! A sua, a minha, a nossa Dallas está de volta para arrepiar com a mid-season e ensinar para essas séries meia-boca como fazer uma temporada inteira em apenas um episódio. Vai parecer chover no molhado dizer que esse ínicio de temporada de Dallas foi alucinante e pode soar quase impossível dizer que a premiere dupla dessa temporada conseguiu superar tudo o que vimos no começo da temporada anterior, mas sim, meus caros, Dallas conseguiu mesmo se superar e entregar episódios frenéticos, capaz de deixar qualquer um sem fôlego ao ver a quantidade de reviravoltas que conseguiram inserir em apenas dois episódios!


O que me deixou ainda mais feliz é ver que a série não tem medo de inovar, pois se formos parar para pensar, estamos na segunda temporada, mas vimos pouco de Dallas se formos considerar que a season anterior teve apenas 10 episódios. Tendo em vista esse fato, os produtores poderiam utilizar muito mais da formula e dinâmicas expostas para enrolar mais um pouquinho na trama, mas o que vimos aqui foram os mesmos dramas, mas em um formato de jogo completamente diferente que conseguiu passar a imagem de uma série mais encorpada e consistente. A primeira mudança, é que as brigas entre os Ewings deixou agora de ter Southfork como palco principal e passa agora para as mesas de reunião dá já bem sucedida  Ewings Energy. A empresa já está a todo o vapor, e como não poderia deixar de ser, está servindo para separar ainda mais a família do que para unir. John Ross anda querendo provar que pode sim assumir o posto de maior vilão da série, tomando de vez a frente de todos os esquemas e emboscadas, deixando J.R como simples coadjuvante de tudo. É interessante terem conseguido capacitar o personagem dessa forma, pois infelizmente tivemos a notícia de que nosso querido Larry Hagman faleceu no ano passado, então pelo menos temos de consolo um vilão realmente a altura, tão inescrupuloso como o personagem do pai.

E John Ross vem agora com ainda mais sangue nos olhos, afinal, mais do que as pretensões de ser o novo magnata da família e passar a perna na ala do bem dos Ewing, o moço dos olhos bicolores quer vingança. A cada gesto carinhoso entre Elena e Chris, cresce no rapaz a sede por dar o troco no primo e na ex-namorada. Mais do que ganância, a briga entre eles agora é pessoal, e John Ross irá lutar com todas as suas forças para botar Chris no chão. Todo esse ódio familiar se casou perfeitamente com o retorno da nossa quenga favorita, Rebecca, que agora sabemos que se chama na verdade Pamela. Bom, na real é Pamela Rebecca Barnes, que mal começa a temporada entrando para o topo dos nomes mais bregas EVER, em uma tentativa de fazer uma referencia forçadíssima  a série Dallas original. Mas vamos relevar esse fato porque Pamela voltou triunfante e armada para o perigo, deixando todo o sentimentalismo e o amor que ela dizia sentir por Chris de lado para declarar guerra aos Ewing de uma vez por todas, e querendo também uma parcela dá já tão disputada Ewings Energy. Pamela não perdeu tempo e já  foi logo se aliando ao John Ross, que dentre todos é o que mais quer ver o circo pegar fogo e vem munido com as estratégias mais canalhas possíveis, mas já fica óbvio que além do interesse de negócios também há o interesse sexual de ambas as partes. Estaria Pamela se inspirando em Elena querendo passar o rodos  na família Ewing?

Não esperava que fossem sequer mencionar a Rebecca Sutton verdadeira na história, então a aparição da moça sob a tutela de Chris como “carta surpresa” no tribunal contra Pamela para mim foi uma baita surpresa. Só o que posso dizer é que sabia que a Sutton original era problema assim que ela apareceu, mas descobrir que ela estava ciente de todo o plano de Pamela e Tommy usarem o nome dela desde o início foi uma sambada daquelas na minha cara. Com o sangue de Tommy correndo nas veias, era até fácil prever que ela ia se bandear para o lado de Pamela assim que fosse ofertado o primeiro dólar, deixando assim mais uma vez “a galerinha do bem” na desvantagem. Pelo menos por enquanto.

Falando em Chris e Elena, e todos os good Ewings, no meio de tanto fogo cruzado eles pareceram até que bem apagadinhos, exceto pelo plot de Chris e Pamela no tribunal, e a última reviravolta de Chris ter descoberto toda a tramonha de Pamela e Becky. Ele apareceu até que bastante, mas por enquanto só para reafirmar que ele e Elena estão muito bem, e está cada vez mais focado nos negócios e na missão de ser pai. Talvez essa investigação dele e espionagem em cima de John Ross traga o personagem mais para o centro da trama, e espero muito que isso aconteça, afinal ver John Ross irado é interessante, mas ver John Ross e Chris irados um com o outro é melhor ainda! Elena, por sua vez, assume o posto de personagem mais espertinha de toda a série. Elena saiu do posto de filha da empregada, para sócia minoritária nas Ewings Energy e terminou o episódio como sócia igualitária da empresa. Seria Elena sortuda ou uma alpinista social de mão cheia? Bom, ainda acredito no bom caráter da moça, mas é inegável que ela é bem das espertinhas e está aproveitando cada oportunidade que vê pela frente.

Mas para mim, quem brilhou nesse episódio mesmo foi nossa querida Ann. A personagem vem desde a primeira temporada prometendo roubar a cena, e apesar de toda movimentação no núcleo central, não tem como negar que a história foi dela! Claro que ela deve dividir os méritos disso tudo com o Bobby também, que foi de suma importância no desenvolvimento do plot, mas o brilho da atriz foi impagável. Todos sabíamos que Ann escondia um segredo, e podia suspeitar que isso tinha o envolvimento de uma filho. Só não imaginei que isso estaria envolvido com um seqüestro do qual ela se sente culpada até hoje e mantinha esperanças de encontrar a filha perdida. O que não faz nenhum sentido é ela ter escondido isso tanto tempo de Bobby, ainda mais sendo que ao que parece o caso já é velho conhecido até da polícia de Dallas. Mas quem imaginaria que o seqüestro teria sido arquitetado pelo próprio Harris, pai da criança? Essa trama abre um afluente para colocar em cheque o passado de Ann. Será que a mulher esconde um passado negro, que fez até que um canalha como Harris mantivesse a filha dos dois longe da esposa? Estou para dizer que é nisso que esse plot irá se apoiar, mas não há mal que essa mulher tenha cometido que faça de Harris um bom moço e inocente os seus atos e de sua mãe diabólica. Harris foi tão mau-caráter, que soube usar uma jogada de mestre para recuperar as fitas e levar Ann até sua filha Emma, mesmo sabendo que ela iria rejeitá-la e acabar com toda a sua dignidade, na verdade, era esse o planejado. Fora que provavelmente foi ele que divulgou para a imprensa que Sue Ellen não é um poço de virtudes, levando assim a trajetória política dela ao fim.

Sue Ellen é uma personagem que sempre me agrada. Estou gostando de ver essa luta da moça para querer ser um exemplo de honestidade, por mais que parece ser difícil no covil de cobras que ela convive. O fato de ela ter resistido mais uma vez antes de se jogar no alcoolismo com seu fracasso, demonstra cada vez mais a força da personagem. E diga-se de passagem, a força das mulheres de Dallas, deixa muito elenco feminimo por aí no chinelo!




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