Bem vindos a tão aguardada temporada de duplos twists
carpados.
Sim, minha gente! A sua, a minha, a nossa Dallas está de volta para arrepiar
com a mid-season e ensinar para essas séries meia-boca como fazer uma temporada
inteira em apenas um episódio. Vai parecer chover no molhado dizer que esse ínicio
de temporada de Dallas foi alucinante e pode soar quase impossível dizer que a
premiere dupla dessa temporada conseguiu superar tudo o que vimos no começo da
temporada anterior, mas sim, meus caros, Dallas conseguiu mesmo se superar e
entregar episódios frenéticos, capaz de deixar qualquer um sem fôlego ao ver a
quantidade de reviravoltas que conseguiram inserir em apenas dois episódios!
O que me deixou ainda mais feliz é ver que a série não tem
medo de inovar, pois se formos parar para pensar, estamos na segunda temporada,
mas vimos pouco de Dallas se formos considerar que a season anterior teve
apenas 10 episódios. Tendo em vista esse fato, os produtores poderiam utilizar
muito mais da formula e dinâmicas expostas para enrolar mais um pouquinho na
trama, mas o que vimos aqui foram os mesmos dramas, mas em um formato de jogo
completamente diferente que conseguiu passar a imagem de uma série mais encorpada
e consistente. A primeira mudança, é que as brigas entre os Ewings deixou agora
de ter Southfork como palco principal e passa agora para as mesas de reunião dá
já bem sucedida Ewings Energy. A empresa
já está a todo o vapor, e como não poderia deixar de ser, está servindo para
separar ainda mais a família do que para unir. John Ross anda querendo provar
que pode sim assumir o posto de maior vilão da série, tomando de vez a frente
de todos os esquemas e emboscadas, deixando J.R como simples coadjuvante de
tudo. É interessante terem conseguido capacitar o personagem dessa forma, pois
infelizmente tivemos a notícia de que nosso querido Larry Hagman faleceu no ano
passado, então pelo menos temos de consolo um vilão realmente a altura, tão
inescrupuloso como o personagem do pai.
E John Ross vem agora com ainda mais sangue nos olhos,
afinal, mais do que as pretensões de ser o novo magnata da família e passar a
perna na ala do bem dos Ewing, o moço dos olhos bicolores quer vingança. A cada
gesto carinhoso entre Elena e Chris, cresce no rapaz a sede por dar o troco no
primo e na ex-namorada. Mais do que ganância, a briga entre eles agora é
pessoal, e John Ross irá lutar com todas as suas forças para botar Chris no
chão. Todo esse ódio familiar se casou perfeitamente com o retorno da nossa
quenga favorita, Rebecca, que agora sabemos que se chama na verdade Pamela. Bom,
na real é Pamela Rebecca Barnes, que mal começa a temporada entrando para o
topo dos nomes mais bregas EVER, em uma tentativa de fazer uma
referencia forçadíssima a série Dallas original.
Mas vamos relevar esse fato porque Pamela voltou triunfante e armada para o
perigo, deixando todo o sentimentalismo e o amor que ela dizia sentir por Chris
de lado para declarar guerra aos Ewing de uma vez por todas, e querendo também
uma parcela dá já tão disputada Ewings Energy. Pamela não perdeu tempo e já foi logo se aliando ao John Ross, que dentre
todos é o que mais quer ver o circo pegar fogo e vem munido com as estratégias mais
canalhas possíveis, mas já fica óbvio que além do interesse de negócios também
há o interesse sexual de ambas as partes. Estaria Pamela se inspirando em Elena
querendo passar o rodos na família
Ewing?
Não esperava que fossem sequer mencionar a Rebecca Sutton
verdadeira na história, então a aparição da moça sob a tutela de Chris como “carta
surpresa” no tribunal contra Pamela para mim foi uma baita surpresa. Só o que
posso dizer é que sabia que a Sutton original era problema assim que ela
apareceu, mas descobrir que ela estava ciente de todo o plano de Pamela e Tommy
usarem o nome dela desde o início foi uma sambada daquelas na minha cara. Com o
sangue de Tommy correndo nas veias, era até fácil prever que ela ia se bandear
para o lado de Pamela assim que fosse ofertado o primeiro dólar, deixando assim
mais uma vez “a galerinha do bem” na desvantagem. Pelo menos por enquanto.
Falando em Chris e Elena, e todos os good Ewings, no meio de
tanto fogo cruzado eles pareceram até que bem apagadinhos, exceto pelo plot de
Chris e Pamela no tribunal, e a última reviravolta de Chris ter descoberto toda
a tramonha de Pamela e Becky. Ele apareceu até que bastante, mas por enquanto só
para reafirmar que ele e Elena estão muito bem, e está cada vez mais focado nos
negócios e na missão de ser pai. Talvez essa investigação dele e espionagem em
cima de John Ross traga o personagem mais para o centro da trama, e espero
muito que isso aconteça, afinal ver John Ross irado é interessante, mas ver
John Ross e Chris irados um com o outro é melhor ainda! Elena, por sua vez,
assume o posto de personagem mais espertinha de toda a série. Elena saiu do
posto de filha da empregada, para sócia minoritária nas Ewings Energy e
terminou o episódio como sócia igualitária da empresa. Seria Elena sortuda ou
uma alpinista social de mão cheia? Bom, ainda acredito no bom caráter da moça,
mas é inegável que ela é bem das espertinhas e está aproveitando cada
oportunidade que vê pela frente.
Mas para mim, quem brilhou nesse episódio mesmo foi nossa
querida Ann. A personagem vem desde a primeira temporada prometendo roubar a
cena, e apesar de toda movimentação no núcleo central, não tem como negar que a
história foi dela! Claro que ela deve dividir os méritos disso tudo com o Bobby
também, que foi de suma importância no desenvolvimento do plot, mas o brilho da
atriz foi impagável. Todos sabíamos que Ann escondia um segredo, e podia
suspeitar que isso tinha o envolvimento de uma filho. Só não imaginei que isso estaria
envolvido com um seqüestro do qual ela se sente culpada até hoje e mantinha
esperanças de encontrar a filha perdida. O que não faz nenhum sentido é ela ter
escondido isso tanto tempo de Bobby, ainda mais sendo que ao que parece o caso
já é velho conhecido até da polícia de Dallas. Mas quem imaginaria que o seqüestro
teria sido arquitetado pelo próprio Harris, pai da criança? Essa trama abre um
afluente para colocar em cheque o passado de Ann. Será que a mulher esconde um
passado negro, que fez até que um canalha como Harris mantivesse a filha dos
dois longe da esposa? Estou para dizer que é nisso que esse plot irá se apoiar,
mas não há mal que essa mulher tenha cometido que faça de Harris um bom moço e
inocente os seus atos e de sua mãe diabólica. Harris foi tão mau-caráter, que
soube usar uma jogada de mestre para recuperar as fitas e levar Ann até sua
filha Emma, mesmo sabendo que ela iria rejeitá-la e acabar com toda a sua
dignidade, na verdade, era esse o planejado. Fora que provavelmente foi ele que
divulgou para a imprensa que Sue Ellen não é um poço de virtudes, levando assim
a trajetória política dela ao fim.
Sue Ellen é uma personagem que sempre me agrada. Estou
gostando de ver essa luta da moça para querer ser um exemplo de honestidade, por
mais que parece ser difícil no covil de cobras que ela convive. O fato de ela
ter resistido mais uma vez antes de se jogar no alcoolismo com seu fracasso,
demonstra cada vez mais a força da personagem. E diga-se de passagem, a força
das mulheres de Dallas, deixa muito elenco feminimo por aí no chinelo!
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