O que esperar quando você não
está esperando?
A décima temporada de Grey’s Anatomy
acabou deixando um grande vazio. Cristina havia indo embora, Meredith e Derek chegaram
a um grande impasse no relacionamento e Maggie Pierce, uma simpática cirurgiã, chega
ao Grey-Sloan Memorial Hospital e confessa a Richard que é filha de Ellis Grey.
Depois disso tudo, confesso que não estava muito otimista com a décima primeira
temporada. Minhas expectativas estavam baixas e não esperava um bom retorno.
Eis que estão começa a surgir uma
nova série. Prefiro encarar o começo dessa temporada como uma nova fase. E
ninguém melhor para representar isso que Maggie, que chega ao elenco com duas
difíceis tarefas. A primeira delas é ocupar o lugar da Yang como cirurgiã cardiotóxica no
hospital; a outra é ocupar o lugar de irmã desconhecida da Meredith,
anteriormente ocupado por Lexie.
Ainda é cedo para formar qualquer
opinião sobre a personagem que acabou de chegar, mas Kelly McCreary conseguiu captar
bem o que é ser uma Grey e espero que ela consiga se desenvolver no papel. A maneira como ela cortou as rédeas da Mer, e dominou
a sala de cirurgia não é simplesmente algo que se aprende na faculdade. Ellis
Grey, provavelmente, ficaria orgulhosa.
Todavia, Maggie não enfrenta só problemas no hospital. Pelo que pude notar, ainda há uma certa resistência dos fãs da série em aceita-la. O roteiro não deu muito espaço para a gente entender e gostar da personagem. Não espero que ela seja Cristina Yang, muito menos Lexie Grey. O lugar delas estão reservados em nossos corações, mas o que custa dar um pouco de espaço para Maggie nos consquistar? Não custa nada!
Estou um pouco ansioso para ver
como vai se dar o desenvolvimento dela com o resto do elenco,
principalmente com Richard. A principio, ele é o mais afetado. Depois que Adele se foi, Maggie é sua última
chance de fazer as coisas darem certo, de se redimir pelos erros que cometeu no
passado, e deixar para alguém seu legado. Também já estava mais do que na hora de darem uma boa storyline para o ex-chefe.
Meredith, por outro lado, não
deverá da muita importância à nova irmã. Há coisas que a protagonista precisa
resolver antes. Sua person foi embora
e ela encontra em Alex o seu último refúgio, mesmo que para isso tenha que
contrariar a Jo. Além disso, ela vive um impasse importante em seu relacionado
com Derek. Foi interessante vê-la se impor diante da situação, mantendo-se
firme e tentado lidar com as conseqüências.
Ao final do episódio, MerDer
pareceu ficar bem. Não sei que conseqüência isso pode trazer para o futuro da
relação, mas saber que foi uma decisão tomada por Derek, através de sua
experiência com pacientes, tira de Meredith parte da responsabilidade. “So pick me, Choose me, Love me” tarda, mas
não falha!
Enquanto isso, Callie e Arizona vivem
um novo dilema. Na temporada passada elas decidiram ter um novo filho utilizando
uma barriga de aluguel. Sou totalmente contra a vontade delas de terem um novo
filho. Elas vivem em momentos tão diferentes que não é sábio colocar mais um
fardo numa carroça com rodas calejadas e falhas. E o simples fato delas
ignorarem que têm problemas que precisam ser resolvidos, coisas que precisam
ser conversadas e trabalhadas com o tempo, só tende a piorar no futuro.
O roteiro deixa isso bem claro quando
coloca no caminho de Arizona a oportunidade de prosseguir uma nova especialidade.
Coisa semelhante como ocorreu com Bailey algumas temporadas atrás, quando ela
decidiu se candidatar a uma vaga na pediatria, o que acabou catalisando seu
processo de divórcio. Isso não me faz ser muito otimista em relação à Calzona.
ISSO NÃO VAI ACABAR BEM!
O episódio termina com uma sensação de dever cumprido, funcionou de uma forma que eu não esperava. O roteiro manteve-se consistente, direção e edição funcionaram bem. A trilha sonora, como sempre, muito boa. Mas, o que mais me surpreendeu foi não sentir falta da Cristina. Talvez por terem falado dela durante todo o episódio eu senti como se ela ainda estivesse presente, como se ela fosse voltar a qualquer momento (deixo aqui minha solidariedade ao Owen!), mas sabemos que isso não vai acontecer.
Confesso que esperava um episódio fraco, opaco e sem graça. Nesse caso, em particular, esperar valeu muito a pena. E ter minhas expectativas superadas foi um grato presente. Espero manter meu nível de entusiasmo durante toda a temporada. Espero que Grey's não nos decepcione. E, a cada semana, nos entregue uma série de qualidade, recheada de dramas, piadas e muito aprendizado. Espero também poder contar com vocês durante essa temporada aqui no blog. Gostou? Não gostou? Concorda? Discorda? Deixe seu comentário.
Até a próxima :)
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