[REVIEW] The Secret Circle - 1x21 - Prom

Uma série bem feita, é uma série com fundamento!

A seqüência de um episódio onde foi revelado que Nick voltou dos mortos, mas com uma fisionomia de quem voltou da Cracolândia, não poderia ter sido melhor! Admito que o episódio dessa semana não teve um ritmo frenético e nem foi uma tempestade de acontecimentos, mas posso seguramente dizer que para mim o saldo desse episódio foi o mais positivo de toda a temporada!

Talvez não tenha tido acontecimentos mirabolantes, mas ao longo desses 40 minutos, eu vi a série que eu sempre esperei que TSC fosse. Uma série com fundamento, MITOLOGIA com nexo, e o melhor de tudo, personagens verossímeis e dando indícios de profundidade!

Aqui a mitologia da série foi bem explorada através do “teletransporte” no tempo das gêmeas Black Power. Adoro flashbacks, e gosto bastante dessa forma em que TSC utiliza deles, transportando os personagens através do tempo ao invés de nos dar uma simples visão do que poderia ter acontecido. Eu gosto também da forma como a trama trata o telespectador e os personagens de igual para igual – eles não sabem de nada, em quem podem ou não podem confiar, e nós, menos ainda. Isso permite que nos nos envolvamos mais e até nos sinta “parte do círculo”.

Conduzidos por essa “ignorância”, e em meio de uma lavagem de roupa suja básica entre Cassie e Diana, que mais pareceu uma reprodução do que aconteceu entre as mães dela, aqui começamos a ter certeza de que John Blackwell não é nada confiável, tanto que nem  a própria Amélia confiava nele e a história dos dois não foi um comercial de margarina como ele adora frisar. John Blackwell usou o círculo anterior a ponto de se assegurar através da magia de que TODAS as mulheres do círculo engravidassem e ele tivesse poder sobre o a próxima geração de bruxos. Alguém que chega a fazer planos mirabolantes e a longo prazo como esse, realmente não pode ter a melhor das intenções  Quero só ver agora como o círculo vai fazer para agir pelas costas dele, e ainda combater os witch hunters teoricamente sozinhos. Talvez eles mantenham essa parceria, pois ao que parece acabar com os caçadores é um objetivo em comum, mesmo que as intenções de John sejam tortas. Agora qual é o real objetivo de John Blackwell em controlar o círculo? Esse é um mistério que talvez só comece a ser revelado na season finale, e também é um ótimo cliffhanger para uma segunda temporada, talvez com o círculo mais seguro e agindo por sua própria conta.

Cassie e a Diana ao invés de se unirem após a descoberta do “Black Power” em comum se demonstram cada vez mais afastadas. A birrinha de Diana é totalmente compreensível, mas adorei a ironia de ela ter culpado Cassie por todos os males do mundo, para logo em seguida ser jogado na sua cara da pior forma possível que Charles é tão mal caráter quanto John Blackell, e descobrir que o papai fake é na verdade um assassino. A menina está azarada para progenitores, hein!!! Na falta de um pai, ela tem dois, e nem dos dois presta. Não estou gostando dessa fase “sofredora” e “rebelde” de Diana, descobrindo que o mundo que ela vive não é tão perfeito como ela imaginava e se desiludindo com tudo (a começar pela sexualidade de Adam). Toda essa fase que a personagem está passando, faz com que ela se perca em sua identidade. Diana não é mais aquela menina madura e responsável que víamos no começo da temporada, e sinceramente, eu sinto falta disso. Se analisarmos por esse lado, é bem conveniente dizermos que Diana está sendo a única personagem que está indo na contramão da trama: Regredindo enquanto todos os outros evoluem.

Falando em evolução, Adam e Melissa continuam nos apresentando bons momentos em cena. Não sei se a intenção dos produtores é de realmente fazer deles um casal, mas não tem como negar que os dois funcionam juntos, e mesmo que eles não passem a ser o novo affair da série, ainda assim ver a amizade que se firmou entre os dois é bem interessante. Enquanto Jake jogava da forma mais fria possível a realidade de que Nick, mesmo que volte jamais será Nick, Adam era quem estava lá para apoiar a garota. Me arrisco a dizer que FINALMENTE Adam tem química com alguém do sexo feminino na trama.

No quesito aprofundamento, as cenas de Faye e Jake não deixaram a desejar em momento algum. Faye nos mostrou que é muito mais do que uma “bitch” sarcástica e sedenta por atenção, e teve a sensibilidade de ver a situação delicada em Jake estava, e deu a ele o não só o apoio devido, como também o balde de água fria que eles precisava. Os dois agora começam a der os primeiros passos como um calsal propriamente dito, de um relacionamento que não se baseie só em sexo. Jake&Faye, Melissa&Adam.... e Cassie? Ah, essa parece que funciona melhor sozinha! A personagem  melhorou 100% depois que deixou de ser Dona Flor e largou dos seus dois maridos. Eespero que assim fique até chegar um personagem que realmente fique interessante com ela.

Fato é que  o pessoal descobriu que Blackwell não merece tanto a credibilidade que lhe é dada tarde demais. A última cena dele se apoderando do último cristal prova isso. Agora ele tem todas as peças aleatórias, que Deus sabe lá como irá formar a caveira de cristal, e uma vez que ele não é mais confiável, o perigo não poderia ser mais iminente. Se eu fosse o pessoal do círculo sairia vazado de Chance Harbor. Ninguém ali é confiável .O círculo agora conta com mais inimigos do que nunca: Os witch Hunters, Charles&Dawn, e John Blackwell, que apesar de talvez não querer o mal deles, os quer para alguma atitude de índole duvidosa.

Não entendi como Faye achou que poderia de alguma forma salvar John, o que ela fez foi suicídio, mas ainda assim não achei empolgante esse cliffhanger de “Where the hell is Faye?”, e muito provavelmente ele se resolva nos primeiros minutos do episódio seguinte.

Nessa fall season a CW pode ter combinado de trolar com os telespectadores. Começou duas séries (Ringer e TSC) de forma fraca e as transformou em série incríveis! Agora a séries mesmo que demonstrem qualidade, mantém a baixa audiência, o que aumenta os riscos de cancelamento. Assim como estamos fazendo com Ringer, agora é sentar e torcer pela renovação!