Quatro amigos, três casais.
Sabe aquela série que você começa a fazer maratona lá pela
5° temporada só porque todo mundo adora e é presença garantida na grade de
favoritos de muita gente, aí com o decorrer dos episódios você pensa: “Cara,
como pude não ter visto essa série desde o começo??!!!” ? Bom, caso você não
comece a ver logo Partners, nova aposta da CBS para hit de 2012, certamente correrá
grandes riscos disso acontecer.
Como toda sitcom que se preze, Partners tem uma premissa
extremamente simples: Irá abordar a vida de um grupo de amigos, principalmente
a amizade entre o heterossexual certinho Joe e o gay atrapalhado Louis, que
melhores amigos desde a infância resolvem montar um negócio em parceria,
vivendo uma espécie de bromance. Além da premissa sem muitos rodeios, a série
também tem todos os clichês que já são típicos do gênero e às vezes transpira
naftalina para os fãs mais assíduos da aclamada “Friends”. Tudo está lá: O cara responsável e romântico, o
cara irresponsável e engraçado, o cara meio burro, a mulher arrasa quarteirão
que todos queriam conhecer, e até mesmo aquelas risadas de fundo que muita
gente odeia, mas que a mim não incomodam
em nada. Mas
talvez seja isso que faça de “Partners” essa série que esbanja tanta simpatia. A falta de prepotência e as piadas leves e
acessíveis a toda família, talvez seja algo que não vejo em uma série já há um
bom tempo, exceto por “How I Met Your Mother”, e com certeza é algo que irá
atrair para TV esse público nostálgico que sente falta de uma história aconchegante,
no maior estilo anos 90 mas com uma linguagem extremamente atual. Principalmente
agora que corremos grande risco de nos despedirmos da série de Ted Mosby de
maneira definitiva.
O carisma e entrosamento instantâneo entre os personagens é
algo que também fará qualquer expectador ter aquela empatia imediata e até
mesmos sentir carinho por eles, mesmo tendo os conhecido há apenas, sei lá, 18
minutos? Ponto para o elenco e produtores! São poucas séries do gênero que
conseguem essa façanha.
O episódio deixou bem claro que o que irá motivar mais a série
será Louis (o personagem que é gay), que já deixou a promessa de roubar a cena,
e suas trapalhadas que certamente irão complicar por vezes a vida de Joe, o
personagem “certinho” e sua noiva Ali, encarnada pela irresistível Sophia Bush.
A eterna Brooke Davis de “One Tree Hill” está bem a vontade e mostra uma veia cômica
que é simplesmente natural dela. A garota é uma espécie de Rachel Bilson e
consegue nos fazer rir da forma mais natural possível. Destaque para a cena do “raise
the roof!”. Como não rir com aquilo?
O “triangulo” atípico formado pela noiva, o noivo e o melhor
amigo, teve uma dinâmica que funcionou muito bem nesse piloto e com certeza será o que irá nos proporcionar
mais momentos engraçados no decorrer da série se ela for pra frente, afinal não me lembro de ter visto uma série de comédia
que tenha abordado uma relação através desse ângulo, apesar de ser uma coisa
muito recorrente da nossa vida. Quem aí nunca conheceu dois melhores amigos que
mais parecem um casal? Pois é exatamente isso que a relação de Joe e Louis é e será no mínimo hilário ver Ali tentando conquistar seu espaço na vida deles. Afinal,
como eles mesmos disseram, eles são “um grupo formado por quatro amigos e três
casais”. Achei genial essa definição!
No meio de tudo, quem ficou mais apagado certamente foi
Wyatt, o namorado de Louis e talvez o 4° membro do grupo em ordem de importância
nesse piloto. O personagem pareceu um pouco deslocado, apesar das histórias
envolvendo Louis espalhando que o namorado é um médico, quando ele é na verdade
um enfermeiro, tenha soado bem engraçada. Talvez o personagem se desenvolva com
o passar do tempo, pois o mínimo de carisma ele tem, vai depender dos
roteiristas conseguirem encaixar ele melhor na história dos outros
protagonistas.
O que é interessante aqui é que o fato da série ter entre
seus protagonistas um casal gay foi tratada com muita leveza e deixou esse fato
totalmente em último plano, servindo apenas como um motivo de diversão que
nos permite rir com a diversidade, sem qualquer intuito de causar choque ou
levantar alguma bandeira perante a sociedade, o que faz a série ser ainda sim acessível
a todos os públicos e idades. Talvez seja uma abordagem como essa que a TV está
precisando em um mundo onde “chocar” não é mais o fator surpresa, mas sim o
clichê. Regredir para avançar, será que essa é a mensagem que “Partners” nos
mostra?
Se a série irá continuar tirando sorrisos fáceis do meu
rosto, só o tempo irá dizer e eu espero que ela dure o suficiente para isso, mas o que
eu posso garantir é que irei espremer um pouquinho do meu tempo para me
deliciar com a trapalhada dessa série tão simpática!
Adorei a série!!! Muito engraçada! Concordo com você quanto a leveza da série. As piadas naturais e o entrosamento me lembram muito Friends e HIMYM, que alias são séries que eu gosto muito.
ResponderExcluirGostei também da ideia do triângulo amoroso entre o cara, a noiva e o amigo gay. Muito interessante. Afinal, essa fall season está recheada de personagens gays como MF, TNN, Glee entre outras. Mas Partners traz isso de uma forma tão legal que a gente nem nota muito, a não ser pela pinta do Louis e todo seu drama e extravagância.
Eu acho que essa temmática está inclusive em excesso na TV hoje em dia, mas como eu disse "partners" coloca isso de uma forma bem leve, sendo só um detalhe mesmo.
ExcluirEu rachei demais com o Louis. Ele falando que o trabalho que atrapalha o "drama" dele foi hilário!
Ótima review Jean!! Me deu muita vontade de assistir a série! Espero que sobre um tempinho pra mim dar uma espiada em Partners, porque pelo que vc escreveu, tem todos os elementos que eu gosto em uma sitcom.
ResponderExcluirVale muito a pena, Mary! São só 20 minutinhos! Estava decidido a não pegar mais nada na minha grade, nem sitcom, mas não consegui resistir!
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