[REVIEW] The Vampire Diaries - 4x02 - Memorial

Emocionante! Essa seria a palavra mais adequada entre todas para descrever esse episódio de “The Vampire Diaries”.

Começamos já o 4° ano da série, e fico imensamente feliz em dizer o quanto a série não decaiu em nenhum momento sequer desde o seu início. É claro que tem algumas coisinhas que me incomodam, e concordo sim com algumas críticas feitas pela Mary na review anterior, mas depois desse episódio, posso dizer que nem a parte Stelena já me incomoda tanto.

O episódio se inicia com toda a dificuldade de Elena se adaptando a nova vida de vampira, e devo dizer que os produtores e Nina Dobrev estão de parabéns por seqüências tão boas e por não economizarem no sangue na hora de mostrar Elena se alimentando. A gente não gosta desse “mimimi” todo, mas há de convir que toda essa fase de sofrimento e adaptação é totalmente compreensível. Afinal, Elena “morreu” e está agora iniciando uma vida totalmente diferente, cheia de transformações. Não é como se ela tivesse pego apenas um resfriado. Apesar de não parecer, Elena é uma personagem intensa e é de se esperar que como vampira isso fosse totalmente amplificado, gerando até uma depressão insuportável para a personagem. Por um momento, cheguei a visualizar Elena desligando o seu lado humano, simplesmente por não suportar mais tanto sofrimento na sua vida. Imaginem o quão interessante seria ver uma Elena badass rondando por aí?

 Claro que titio Kev deu uma forcinha para que toda essa transição fosse ainda mais dolorosa para nossa heroína, mas vamos concordar que a quase segunda morte de Elena e ela menstruando loucamente “all over the place” foi única e exclusivamente culpa do nosso querido mala Stefan. Todos nós sabemos que o sangue de animal não é o suficiente para sustentar um vampiro, quem dirá um recém-criado sedento e descontrolado para desfrutar de seu alimento favorito? Todos, repito, TODOS os personagens da série passaram por sua fase negra de se alimentar de sangue humano, e todos eles fazem isso até hoje moderadamente para manter o poder. Qual é o problema de Elena se fortalecer antes de entrar na dieta natureba ainda mais em uma cidade em que sua vida depende de sua força? Certas coisas, só Stefan entende, assim como ninguém sabe ser irritante como ele, por isso achei de muito bom grado Damon compartilhar sangue com ela pelas costas do irmão. Para quem não sabe, nos livros “compartilhar sangue” é algo realmente muito intimo para os vampiros, algo que os mantem ligados, uma espécie de "sexo da alma". Aliás, a cara dos dois enquanto Elena sugava o sangue de Damon, já deixa isso mais do que claro, né?

Mas além dessa barra de Elena desnutrida e menstruando, o fator surpresa e o que promete que irá causar um rebuliço na vida de todos e botar fogo nesse nova temporada é a introdução do real novo vilão da trama: Connor. O cara mal chegou a cidade e já foi mostrando para todos os seus apetrechos, suas armas elaboradas e até mesmo a sua luvinha mágica capaz de identificar se uma pessoa é vampira ou não. A nossa sorte é que Damon é macaco velho, e foi simplesmente sensacional ele usar a ironia de que tem fobia a germes e por isso não queria pegar na mão do rapaz. Sério, impressionante o quanto Damon é sagaz enquanto todo mundo cai feito patinho no golpe de qualquer vilão que apareça por aí.

Só pra termos noção do nível de periculosidade do personagem novo, em apenas um episódio ele quase matou Tyler (duas vezes), botou terror na cidade destruindo o memorial feito em homenagem do pastor suícida, quase matou Damon e quase pois fim a vida de uma personagem que mal chegou na cidade, quase tendo que se despedir previamente: April. Sobre April, não tem muito o que se comentar além do fato de que certamente será o novo interesse amoroso de Jeremy, e sendo assim, tem 90% de chances de não ter um bom fim na trama. Qual foi a personagem que se envolveu com Jeremy e saiu ilesa mesmo? Só Bonnie, mas por algum estranho motivo titio Kev ADORA ela, então não conta. 

A propósito, Jeremy está “cheio dos dons” agora, tudo para fazer o personagem parecer mais importante do que realmente é. Além de ver gente morta, Jeremy agora vê tatuagem onde não tem. De duas uma: Ou Jeremy voltou aos tempos de “menino do tráfico” ou tem algo de muito estranho e sobrenatural sobre Connor para ele ter enxergado aquele tatuagem no braço dele. Apesar de ter vindo de Jeremy, achei esse plot extremamente interessante. Não faço idéia de onde Connor provem e o que de sobrenatural ele tem, mas se tratando de TVD já podemos esperar uma BOMBA capaz de abalar as estruturas e enriquecer ainda mais a mitologia da série, que todos nós já estamos cansados de saber que é ótima.

No meio de tanta coisa, vale-se destacar as cenas finais que resolveram se prender ao lado emocional da série. Não sou de chorar com filmes e séries, mas confesso que terminei o episódio com os olhos mareados. Se formos parar para analisar, em suas homenagens, os personagens mencionaram o nome de cada personagem já morto na série, e a lista é extensa. Todos eles, acredito que eram muito queridos por todos, mas nenhuma morte foi mais sentida por mim do que a morte de Alaric, e Damon parece compartilhar da mesma opinião que eu. Sempre gostei da amizade dos dois, e aquele final de Damon sozinho, demonstrando todo o seu sentimento pelo amigo e o quanto Alaric faz falta na vida dele foi de cortar o coração. e aquele “I miss you too, buddy” vindo do fantasma de Alaric foi só para acabar com as minhas estruturas de vez. Acabei o episódio até com um peso no coração, o mesmo peso do dia que Alaric se foi, e percebi que é isso que amo em The Vampire Diaries. Eles sabem como ninguém nos fazer rir, chorar, vibrar, ficar surpreso e tudo sempre mantendo a boa coerência de roteiro. Coisas que as vezes falta em séries ainda mais experientes.

Isso só prova que ao contrário do que até eu mesmo pensava, TVD não está eternamente presa a presença de Klaus. Esse episódio foi a prova de que a série pode se sustentar por si só, e que um dia se Klaus se for, ainda continuaremos firmes e fortes acompanhando a saga dos nossos heróis. Ou seja, podemos viver muito bem sem Klaus, a  gente só não quer isso agora.

P.S: Gamei naquela nova introdução narrada pelos personagens.