Quando você acha que não tem como Fringe ser mais mindfuck,
a série lhe apresenta um “Universo de Bolso”, além de desenterrar e dar
importância a um caso independente da primeira temporada.
Com apenas sete episódios restantes para o fim da série, Fringe
decide voltar a complicar as coisas pro lado dos expectadores com um 5x06 cheio
de elementos novos somado com antigos que ainda não fazem nenhum pouco de
sentido para nós. Então aquele garotinho empático à Olivia que eles encontraram
no 1x15 era um mini-Observador? Se sim, como foi que isso não se revelou antes?
E como Walter conseguiu ter acesso ao garoto se nem se lembrava dele em
primeiro lugar, já que o caso não existiu na timeline reescrita sem o Peter? Por
que o garoto é tão crucial para o plano e que fim levou ele? O que há naquele
rádio e qual a importância? E o que diabos aconteceu com o Donald afinal de
contas?
Para contextualizar estas perguntas, vamos passear um pouco
pelo episódio. Enquanto Polivia se ocupam em continuar o luto pela morte da
filha, Walter decide que é hora de fazer alguma coisa e vai atrás de uma parte
do plano sozinho. Mas dessa vez, as coisas são um pouco mais complicadas. Apesar
da fita estar em ótimas condições e conseguir guiar a jornada, o caminho para
chegar até o que se está procurando é bem tortuoso, mais precisamente uma outra
dimensão, algo que Walter chama de “Universo de Bolso”. Lá chegando, nosso
Bishop mor encontra um rapaz que, ao invadir o quarto do hotel, ficou preso na
outra dimensão, sobrevivendo a base de água escassa e experimentando o tempo de
uma forma diferente.
Posso externar aqui o quanto essa série ainda me surpreende?
Sério, a essas alturas do campeonato eles me aparecem com um “Universo de Bolso”
tão foda que, como bem disse o Peter, parece algo que o Walter desenharia numa
de suas “viagens”. O que me deixa triste é que devido ao curto tempo par
finalizar a série imagino que não voltaremos a ver essa outra dimensão, mas
valeu a pena ver que nossos lindos produtores continuam com a mente fértil e
awesome, que se o golpe do carrasco não tivesse prazo, teríamos uma sexta
temporada bem fodona. Mas enfim, depois de refazer os passos de Walter e
conseguir encontrá-lo na companhia de Cecil no “Universo de Bolso”, Peter e Olivia
ajudam a buscar a tal parte crucial do plano, que acabou por ser uma pessoa. Aliás,
uma criança que nós bem conhecemos.
Confesso que quando vi aquilo fiquei pensando que os roteiristas
só podiam estar chapados ao escrever isso, não fazia sentido algum. Como assim
desenterrar um caso independente da primeira temporada e enfiar na história agora?
É impossível correlacionar, gente, tem que ser. Mas ainda assim, eles souberam
contextualizar a aparição do garoto. E por mais que tenha estranhado tudo, não
me desesperei com a falta de nexo, aposto que quando chegar o momento, tudo
será explicado e as coisas vão fazer sentido. Sendo a boa fringie que sou, uma
coisa que não me preocupa é pontas soltas nessa série, porque elas simplesmente
não existem. Só fica mesmo a ansiedade e curiosidade pelo que pode acontecer,
já que tudo é possível.
E falando em tudo é possível, e quanto à situação de Peter? Ele
vai mesmo acabar virando um Observador? Porque tipo, eu estava esperando que
ele fosse procurar a ajuda do Walter pra tirar o negócio de dentro dele, ou
pelo menos contar pro pai ou a esposa sobre o que tinha feito, assim eles o
ajudariam a não se tornar o monstro que está se tornando. Mas não, nem os
momentos de forte carga emocional o atingiram a ponto de voltar atrás, e quando
ele usou as “habilidades” que adquiriu pareceu gostar daquilo. Ou seja, talvez
seja tarde demais pra ele voltar a ser nosso Peter. Eu só queria descobrir isso
logo, se for pra ele ficar “do mal” que seja logo, não aguento essa angústia
sem saber o que ele é de verdade. Só espero que ele consiga se sobrepor, que
não se deixe levar pelo dispositivo no pescoço dele e mesmo podendo fazer tudo
que os Observadores fazem, que ele continue do lado da equipe Fringe. Se for
assim seria até massa porque aí ele e a Olivia teriam cada um seus “superpoderes”
e o time seria imbatível kkk -n
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