sábado, 26 de janeiro de 2013

[REVIEW] American Horror Story: Asylum – 2x13 – Madness Ends [SEASON FINALE]

   
Lembro-me como se fosse hoje o dia em que estava ansioso para ver o episódio de estréia da segunda temporada de American Horror Story: Asylum, “Welcome to Briarcliff” e o prazer que foi acompanhar o aterrorizante "Tricks and Treats" que trazia consigo um dos exorcismos mais realistas já vistos na tela. "Nor'Easter" nos inundou de surpresas com a violenta tempestade que visitou Briarcliff e terminou de maneira chocante ao vermos Shelly sem suas pernas. "I Am Anne Frank (Part 1)" apresentou uma paciente tão rica e interessante que em "I Am Anne Frank (Part 2)" essa magnitude de roteiro não só fechou o ciclo da suposta Anne Frank, como apresentou um dos melhores episódios da história da série desmascarando também a identidade de Bloody Face. Em "The Origins of Monstrosity" Descobrimos a origem do temido Bloody Face e o pacto Faustiano que Monsenhor Timothy fez com Dr. Arden.


"Dark Cousin" fez Irmã Mary Eunice ficar amedrontada ao descobrir que um anjo do mal tinha caído em Briarcliff e nos presenteou com um episódio poético e belo como há tempos não víamos. Um papai Noel assassino apareceu na história com todo seu cinismo hilariante além de Irmã Jude ter ficado cara a cara com o Diabo em "Unholy Night". Grace volta à Briarcliff em "The Coat Hanger" grávida e com a ajuda da transformada Pepper e Dr. Arden testemunha, além de ver as consequências que monsenhor obteve em ter confiado no Papai Noel mais sádico de sempre. "The Name Game" foi um dos episódios mais criativos e também mais controversos, onde nos deparamos com monsenhor confrontando o Diabo e isso fez com que nos despedíssemos de uma das melhores personagens já criadas pela série, assim como a morte trágica do homem que mais amou a querida freira. "Spilt Milk" é onde Lana finalmente consegue sair de Briarcliff e também onde Dr. Thredson recebe a sua visita em sua casa que termina em uma vingativa cena. “Continuum” apresentou o fim de alguns personagens da série, assim como uma Lana totalmente diferente do que estávamos acostumados e a entrada de uma criminosa que fez Jude ficar emocionalmente mais abalada do que já estava.





E finalmente chegamos ao esclarecedor, emocionante e coerente episódio final da segunda temporada da série, intitulado como "Madness Ends” (algo próximo de “Fim da Loucura”) onde Alfonso Gomez-Rejon (I Am Anne Frank (Part 2), Spilt Milk)" de maneira segura e competente dirigiu este épico final escrito pelas mãos de Tim Minear que já tinha demonstrado ser um ótimo roteirista com o excelente “Darkin Cousin” nos brindando neste 2x13 com um fechamento de uma série digna de todos os elogios, que redefiniu o modo de contar histórias de terror na tela da TV que há muito tempo não apresentava opções diferentes de entretenimento, que trazia ao longo de seus episódios personagens que ficarão para sempre na lembrança de quem acompanhou a série, sem deixar de esquecer das incríveis atuações de todo o elenco da série, assim como toda a genialidade dos roteiristas e diretores que aqui realizaram a construção de um dos melhores entretenimentos dos últimos anos e a série mais insana, corajosa, ousada, surpreendente, aterrorizante, poética, reflexiva, polêmica e todos os outros adjetivos que podem ser inseridos em Asylum, que em minha humilde opinião foi a melhor estréia da Fall Season de 2012.


O episódio inicia-se voltado à primeira cena de Welcome to Briarcliff, sob a visão de Johnny. Importante salientar as excelentes escolhas de quadro usadas pelo diretor que com maestria filmou cenas impecáveis de uma fotografia incrível. Após isso, podemos acompanhar a entrevista que a envelhecida Lana Winters está dando para uma jornalista, juntamente com a equipe técnica. Com essa entrevista, Lana conta fatos de sua vida que nunca tinha falo a ninguém com exceção de sua companheira. É mostrado que ela conseguiu derrubar Briarcliff como havia prometido, e que como repórter de televisão também foi atrás do Cardeal Timothy Howard que ao final de tudo isso, suicidou-se vítima de seu próprio sentimento de culpa. 

Lana foi à procura de Jude tentar resgatá-la do asylum, mas não a encontrou lá. Kit contou à Lana que regressou ao Briarcliff inúmeras vezes para visitar a ex-freira, e em certo dia, a trouxe para morar em sua casa junto de seus filhos. Cuidou dela durante seis meses, enquanto ela cuidava com um amor de avó os filhos de Kit. Entretanto ela adoeceu e em uma das cenas mais emocionantes que já vi em uma série, Jude chama os seus “netinhos” e diz a eles ensinamentos que me fizeram ir as lágrimas, terminando sua participação na série com o beijo da morte, já que agora ela já estava pronta para ir. Uma cena digna de aplausos, bela e emocionante onde os talentos de Jessica Lange e Frances Conroy saltaram da tela. Essas duas são incríveis e espero que a querida Frances volte na terceira temporada nos brindar com seu soberbo talento. Um final lindo e arrebatador para uma personagem grandiosa e inesquecível que foi Irmã Jude.




Na década de 70 com direito há muito cigarrinho abençoado, acontece o casamento de Kit com Alison (???). Após isso ele desenvolve câncer e sem querer a ajuda de seus filhos em seu tratamento, é levado pelos alienígenas, pois na terra deles o tratamento deve ser algo muito mais avançado do que no planeta Terra, é compreensível!

Se passando pelo camareiro da produção enquanto Lana concedia a entrevista, Johnny (vulgo Bloody Face Junior)  ouve quando Lana relata que mentiu ao dizer que seu filho com Bloody Face havia  falecido no parto, e confessa a entrevistadora  que anos depois voltou à vê-lo no parquinho enquanto estava sendo alvo de um valentão, mas não o amava. E tinha esperança que ele encontrasse uma família que desse a ele o que ela não poderia dar. O Amor.


Quando a entrevista termina, Lana que de banana não tinha nada, reflexo de tudo o que já tinha vivido em sua vida já sabia que Johnny o camareiro que havia lhe dado água com gás durante a entrevista era o seu filho, pois anteriormente já tinha visto a ficha criminal de seu filhinho e em uma poderosa e tensa cena, prepara uns bons drinks para ela e seu amado filho beberem. Os dois ficam cara a cara e Johnny diz que começou a odiar a mãe a partir de ouvir as confissões dela e de seu pai quando encontrou o áudio da conversa gravada por ela no ebay (?).

Johnny coloca a arma na cabeça de Lana com o intuito de realizar seu desejo ao qual contou a senhora que tinha o livro de sua mãe autografado, mas com toda a lábia que tinha Lana consegue amolecer o coraçãozinho dele que não consegue atirar em sua mamãe, mas como Lana já não é mais nenhuma criancinha, diz para ele que a culpada de tudo era ela, e de uma forma surpreendente, podemos ver Lana atirando na cabeça de seu próprio filho em uma cena que me deixou super tenso, achando que quem se daria mal era Lana. Um grande acerto do roteiro, mais uma grande atuação de Sarah Paulson que nessa temporada, junto com Jessica Lange e Lily Rabe, roubaram todas as cenas e atenções.



A cena final do Season Finale é relembrando mais uma vez o primeiro episódio da temporada em 1964, onde Irmã Jude aconselha Lana Banana dizendo “Se você olhar para a face do mal, o mal estará olhando de volta.” E Após Lana sair pelas portas de um lugar que mais tarde seria sua prisão de horror, eis que a amada por todos, canção que ficou em #1 no topo por meses da “Briarboard” e que "The Name Game" tentou roubar seu lugar no pódio, mas não conseguiu, o hit “Dominique” volta a ecoar em nossos ouvidos e eternamente nas paredes do manicômio mais interessante de todos os tempos. Genial! Fechou de forma formidável a temporada e emocionou muitos que viram a bela homenagem a uma canção que roubou a cena se tornando um dos personagens da série.


Amor da minha Vida <3
Termino por aqui esta enorme resenha sobre uma temporada que amei acompanhar, que me despertou sensações que pouco sabia que um dia teria ao assistir uma série, que me fez olhar com outros olhos o modo de se ver uma obra de terror psicológico, que me viciou de uma forma que não consigo explicar e que me fez conhecer pessoas maravilhosas através dos grupos do facebook sobre séries e que compartilharam comigo durante meses o prazer e a loucura que é conversar sobre American Horror Story: Asylum. Sentirei eternas saudades de escrever as reviews dessa obra- prima criada por Ryan Murphy e Brad Brad Falchuck e que só espero coisas boas da temporada que virá a seguir, que ela seja tão boa e prazerosa quanto foi Asylum. 
Madness Ends? Acredito que não, com o seu final épico a loucura ficará no ar para sempre. 






Um comentário:

  1. Adoreiii sua review Alfredo, nossa, muito boa. Meio que pareceu também uma recap kkk mas ficou muuito foda, parabens. Vou sentir muuitas sdd de AHS Asylum. *-*
    flwss

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