sábado, 21 de setembro de 2013

[PRIMEIRAS IMPRESSÕES] Brooklyn Nine-Nine – 1x01 – Pilot


Se eu pudesse descrever o espirito que essa série passa no piloto em uma palavra, esta seria CRETINA. Mas cretina de um jeito bom. Divertido. Cretina de um jeito que faz você dá risada. Cretina a ponto de ser considerada, até agora, a melhor estreia da Fall Season 2013.
Com personagens bem desenhados e devidamente desenvolvidos no piloto, Brooklyn Nine-Nine pode se tornar a melhor comédia estreante se não perder o brilho a capacidade que mostrou ter. Confesso que não ria tanto em uma estreia desde Partners, no ano passado.

Contudo, o caminho para a renovação é complicado. Ainda mais porque Brooklyn Nine-Nine começa com uma tarefa difícil: fazer uma comédia policial. Fazer comédia já é uma coisa complicada, e quando envolves crimes, assassinatos e outras coisas “sérias” ou até mesmo "tabus", que só são quebrando quando o humor é negro, a coisa não pode ficar muito bem na tela. Felizmente a série encontrou um tom que permite trabalhar com esses temas sem perder o brilho. Agora é só correr para o abraço e se divertir!

Nesse quesito tenho que parabenizar os criadores Dan Goor e Michael Schur (de Parks and Recreation). Gostei da forma como eles intensificaram os estereótipos dos personagens e invertendo alguns rótulos. Afinal, de cara você não poderia imaginar que o capitão linha dura Ray Holt (Andre Braugher), é gay. Achei isso fantástico. No começo o próprio roteiro brinca com essa revelação, até você constatar que é verdade e cair na gargalhada.

O protagonista, o nada sério detetive Jake Peralta (Andy Samberg) é uma figura. O cara parece aqueles crianções típicos em besteiróis americanos, que não parece levar seu trabalho muito a série, mas mesmo assim é considerado uns dos melhores detetives do regimento. O roteiro tem muito disso de subverter o politicamente correto e padrões estabelecidos.

Não chegaria a dizer que isso é algo “inovador”, mas para mim essa forma que os criadores trabalham os personagens é algo totalmente novo, para mim. Talvez a personagem mais padrão (ou fora dos padrões, dependendo a referência) é a detetive Amy Santiago (Melissa Fumero). A moça tem sete irmãos (gente, SETE irmãos!) e tenta o tempo todo mostrar que é linha dura. Imagino a infância difícil que essa CRIATURA teve.

Gostei também como o roteiro trabalhou a tensão entre a Amy e o Jake. Dá para sacar que rola uma química, uma tensão sexual entre os dois. Essa paixão só não está mais na cara do que os sentimentos do o detetive Charles Boyle (Joe Lo Truglio) pela colega e também detetive Rosa Diaz (Stephanie Beatriz). A moça parece ser dura na queda e não facilita para o cara, que faz aquele tipo quarentão ingênuo e com pouca experiência no departamento Relacionamento com Mulheres. Gente, o que foi aquela cena com o muffin? Tive que voltar para rever tudo de novo.

Completando o elenco temos o sargento Terry Jeffords (Terry Crews), que acaba de ter duas filhas gêmeas e por causa disso anda tendo dificuldades de agir na linha de fogo. Ele parecer ser o maior aliado do Capitão Ray Holt na tentativa que colocar ordem na galerinha.  Ainda temos a secretária Gina Linetti (Chelsea Peretti), que além de sabe da vida de todo mundo me parece uma maníaca por sexo.

Espero que você tenha tomado nota em tudo que está marcado no começo desta postagem. Há quem discorde, eu sei. Mesmo assim acredito muito no potencial que Brooklyn Nine-Nine mostrou esse piloto. Adorei a cretinice de subverter o que muitas vezes é obvio, de fugir dos "padrões" e ainda parecer interessante e engraçada. Espero que a audiência responda positivamente. Desta forma, a série tem tudo para dar certo e nos presentear com boas doses de risada todas as semanas. Afinal, uma boa comédia na tv aberta americana está fazendo falta.


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