sábado, 28 de setembro de 2013

[REVIEW] Glee – 5x01 – Love, Love, Love [SEASON PREMIERE]



Depois de uma quarta temporada difícil e uma tragédia, que abalou toda comunidade Glee, era difícil esperar que esse episódio fosse sensacional. Não estou aqui duvidado da capacidade da titia Ryan em fazer coisas surpreendentes, mas arranjos tiveram de ser feitos em cima da hora para tentar dar um fechamento na história. Isso não deve ser nada fácil. E mesmo assim, Glee conseguiu fazer um episódio dentro dos padrões e divertido de ser ver.



Talvez para começar a temporada em alto astral, a escolha de um ícone da música, como os meninos do The Beatles, não tenha sido uma escolha muito feliz. Por sua trajetória, Glee já foi criticada inúmeras vezes por fazer tributos vergonhosos. Contudo, a coisa fluiu. Foi um dos poucos tributos onde a storyline e as músicas tiveram sincronia e funcionaram bem juntas.

O maior acerto do episódio foi tratar do amor. Toda aquela história com Artie e Kitty foi muito boa de ver. O roteiro soube trabalhar bem o relacionamento dos dois e como ele evoluiu ao longo do episódio. Kurt e Blaine não ficaram atrás. O episódio trabalhou muito bem o casal e Klaine tive um de seus melhores momentos na série.

Entretanto, ainda sou contra o casamento precoce dos dois, mas o pai de Kurt falou uma coisa que faz completamente sentido: Se você acha que achou o amor da sua vida, não tem porque esperar para viver o romance. Isso também dialoga com os direitos ao matrimônio que os Gays estão conseguindo em diversos estados, lá na América. Uma conquista, que sem sombra de dúvidas, merece ser comemorada.

Em seu retorno, Glee também apresentou seus plots “What The Hell”. Afinal, toda a investida de Sue Sylvester para se tornar diretora do McKinley foi digna de filme. Quase um Missão Impossível. Fico satisfeito por umas das personagens mais icônicas da série permanecer fiel a sua marca registrada e com os plots mais nonsense e avulsos da série. Espero, contudo, que esse retorno represente uma nova fase não só para a personagem, mas também para a série.

Isso, é claro, sem perder a magia e o toque especial que isso dá a série. Acredito que nessa altura do campeonato, tudo que a série mais precisa, se quiser prosseguir, é se reinventar. É ir além. Glee já se mostrou inúmeras vezes capazes de tal fato, mas ultimamente a série tem se enlaçado com certos vícios, um roteiro fraco e recheado de piadas e apresentações musicais sem nenhum contexto, apena porque alguém achou que seria legal cantar aquela música que não tem nada a ver com a história que está sendo contada.

Não me refiro ao caso de Rachel e Santana terem se teletransportado de New York para Lima, deixando a lanchonete às moscas, como se elas não tivessem que dar nenhuma satisfação. Sue, já havia mencionado na temporada anterior, sobre as intensas aparições de Sanatana em Lima, e como a moça ia de lá para NY ou vice versa como se fosse cidade vizinha, quando a verdade ficam bem longe uma da outra.

Tratando-se de Glee, esse tipo de detalhe a gente acaba relevando, até porque não vale a pena ficar discutindo como foi que aquilo aconteceu. Até porque acabaríamos chegando a conclusão que Santana seja uma agente secreta da Fringe Division ou  até mesmo tenha se submetido a experimentos ultra secretos do Governo Americano como cobaia para ajudar a pagar as contas. Isso é melhor que pensar que a moça tivesse entrado em contato com extraterrestres, por intermeio de Brittany, de quem a gente nunca mais ouviu falar e ninguém fez o favor de mencionar. Tá, mas estamos falando de Glee e nada disso realmente importa.

O que importa é que Rachel, a garota de Lima que sonha em ser uma grande estrela, teve que provar seu valor. E se ele realmente quiser estrelar na Broadway vai ter que fazer isso sempre. Acho difícil que ela consiga o papel principal em Funny Girl. Sabemos que isso não é fácil e apesar dela ter talento, lhe falta experiência. Ela é de fato muito "verde" (sem nenhuma referência extraterrestre) para estrelar um espetáculo de tamanha magnitude.

Semana que vem tem mais Glee. Tem mais Beatles. E, com certeza, mais momentos nonsense. Afinal, estamos falando de Glee, e coerência pouco importa.


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