Agora sim podemos dizer: Nasce um herói!
Pode parecer estranho dizer isso só na segunda temporada de uma série que
introduziu seu protagonista desde o seu piloto como um herói, mas a verdade é
que sempre venho batendo na tecla de que a primeira temporada de Arrow era
apenas uma temporada introdutória na jornada do que a série realmente se
tornaria um dia. Com essa season premiere, essa teoria se torna fato, e o que
fica claro é que se a primeira temporada foi definida em “introdução”, essa
segunda temporada terá como base o desenvolvimento da trama.
Depois dos eventos catastróficos que ilustraram o final da
temporada passada era até previsível que Oliver passasse por uma fase de
negação e isolamento, como todo bom herói em seus momentos de crise (quem
nunca?). A surpresa aqui foi Oliver procurar refúgio justo em Lian Yu. Após todo o
inferno que Oliver viveu naquela ilha, o último lugar que eu pensei que iria
passar pela sua cabeça era esse, ainda mais como refúgio. Mas a verdade é que após
a morte de Thommy, Oliver estava vivendo em um inferno de culpa tão intenso, que
alguns dias naquela ilha soavam até como um paraíso, longe de todas as
conseqüências que ele teria que enfrentar em Starling City. Bom, apesar de meio
incompreensiva, a fuga de Oliver nos proporcionou um dos momentos mais legais
da série, com Diggle e Felicty indo ao resgate do nosso herói, e nos fazendo perguntar o que raios tinha acontecido para eles estarem ali, além de reforçar ainda
mais o quanto foi acertada a escolha dos produtores em colocá-los na equipe de
apoio do Arqueiro.
O que achei mais interessante nessa premiere é que conseguiram
transformar Staling City em algo bem parecido com a Gothan City das histórias
do Batman: Uma cidade devastada, marginalizada e tomada pelo crime. Achei
extremamente interessante a inserção no episódio dos Encapuzados e de como conseguiram colocar em paralelo o
senso de justiça utilizados por eles e o senso de justiça de Oliver. A série
vem batendo na tecla da linha tênue que separa
a vingança da justiça desde o começo e o mais interessante aqui, é ver
que Oilver talvez no fim das contas não opte por nenhum dos dois caminhos.
Talvez agora Oliver comece uma jornada apara se tornar algo muito mais próximo
de um herói do que de um justiceiro. As motivações de Oliver agora vão além da
justiça e vingança em honra ao nome de seu pai, para algo mais abrangente.
É motivação em salvar a cidade, acima de
fazer com que os marginais paguem pelo que foi feito.
Além disso, é interessante o personagem se envolvendo mais nas questões
familiares, e tomando de vez uma postura responsável, assumindo o posto de
“homem da da família” e se distanciando bastante do perfil de jovem inconseqüente
que ele ainda trazia na temporada anterior, mesmo que como disfarce. Se propagando é a alma do negocio,
a propaganda de Moira Queen não poderia ter sido pior, manchando e tirando
totalmente a credibilidade do sobrenome Queen no mundo dos negócios, algo que
pode custar à sobrevivência da empresa após suas prisão. Se estivéssemos
falando do Oliver da temporada passada, provavelmente encontraríamos muita relutância
no fato de ele ter que tomar as rédeas da empresa, ainda mais para bater de
frente com alguém como Isabel
Rochev, a mulher que nunca sorri. A personagem veio para tirar o sono de Oliver e tentar tomar a a Queen Consolidated, se aproveitando do momento de fraqueza da corporação, mas dá para notar desde já que Isabel será algo muito maior dentro da história, além do contraponto para Oliver crescer como pessoa. *confira o Easter Egg no final do post
E se estamos falando em responsabilidade, uma grata surpresa
para mim foi Thea. Podia jurar que veríamos uma Thea muito mais perdida e
rebelde do que antes, após a revelação de que Moira era cúmplice de Merlin e
teve uma farta contribuição para a destruição dos Glades, mas o que vimos foi
uma personagem totalmente centrada. Tão centrada ao ponto de tomar as rédeas
dos negócios de Oliver se arriscar como a gerente da boate deixada pelo irmão.
Não é que Thea não se importasse com as atitudes da mãe, na verdade, ela se
importou tanto a ponto de rejeitá-la por um tempo, mas é que agora Thea tomou ciência
de que as desilusões da vida não precisam, necessariamente, ser uma alavanca
para arruiná-la, e que para mostrar sua insatisfação, ela não precisa necessariamente
se auto prejudicar. Só o fato de ela saber separar as coisas, mostra um
amadurecimento monstruoso da garota, o que eu só posso agradecer. Afinal todo o plot de adolescente rebelde já
foi bastante explorado e, se estamos falando de uma temporada de
desenvolvimento, a evolução é um caminho imprescindível.
Quem ficou bem apagada nessa premiere foi Laurel. Só o que sabemos é que ela
agora assumiu um cargo na procuradoria da cidade após o atentado aos Glades.
Sua relação com Oliver também não caminhou, infelizmente ainda estamos no mesmo
impasse de duas pessoas que se amam, mas por zilhões de motivos, muitas vezes
reais mas muitas vezes poucos verossímeis, ainda insistem em ficar separados.
Essa é a minha única crítica e é um plot que também poderia se desenvolver
mais, mas ainda não digo que é algo que seja prejudicial a trama como um todo.
Ao menos, as mágoas do passado foram lavadas e agora os dois se sentem a
vontade para serem ao menos amigos. Amigos de verdade e não aquela amizade
estranha que vimos na primeira temporada. E quanto a isso fico bem feliz, pois
seria extremamente negativo para a dinâmica da série e do casal que continuassem batendo na
tecla da morte de Sarah.
O que não pode deixar de ser comentado aqui, são as cenas de flashback, que
continuam como parte importante da história. Após a extinção da trupe de Fyers,
agora descobrimos que ainda existem outros habitantes na ilha. Já estou
bastante curioso para ver quem são essas pessoas e descobrir do que elas são
capazes. Sabemos que o que Oliver viveu na ilha deixou marcas para o resto da
vida, e se todo o plot envolvendo Fyers foi apenas o começo, imaginem o que
ainda está por vir?
Na parte mitológica do Universo da DC Comics, a série também continua dando
seus largos passos para agradar os fãs das HQ’s. Roy Harper está cada vez mais
próximo de se tornar o Arsenal. Aliás, mesmo sem uma alcunha e um uniforme, o
garoto já está fazendo sua parte de herói fazendo vigília pelas partes mais
barra pesada da cidade, o que tem causado muitos ferimentos e a reprovação de
Thea. Mas o ponto forte aqui, é eles já estarem cruzando os caminhos do
personagem com o da Canário Negro, que apareceu nos últimos minutos da
premiere. Não, ainda não estamos falando de Laurel, mas mal posso esperar para
o desenvolvimento dessa história.
P.S: Quentin Lance foi rebaixado a policial. Menos um plot chato na história! Graças
a Deus superamos a fase da polícia atrás do Arqueiro.
P.S²: R.I.P “The Hood”
*EASTER EGG: Tem dúvidas Isabel Rochev promete causar muito barulho ainda em Arrow? O nome da moça já apareceu na blacklist de Oliver, em um dos episódios da primeira temporada. Será que ela tem algum envolvimento com o atentado aos Glades? Fica a teoria!
SPOILER / Curiosidade das HQ’s
- Nas histórias em quadrinhos, a primeira canário
negro é Dinah Drake Lance, a mãe de Laurel,
sendo Laurel a segunda mulher e a mais conhecida a usar o uniforme. A diferença
maior entre as duas, é que Laurel possuía super poderes, enquanto Dinah Drake
não. Não acredito que irão utilizar os super poderes pelo contexto da série e muito
menos que a mãe de Laurel será a primeira Canário. Porém, há teorias de que o
título da primeira Canário ficará com outra integrante da família de Lance.
- Assim como aconteceu com Chloe Sullivan em Smallville, a agora Diggle, que antes era um personagem exclusivo da série, foi reconhecido oficialmente pela DC Comics como personagem das HQ's.
Laurel ainda existe nessa série? Li a review para ver se vale a pena voltar a ver Arrow e a trama parece está boa.
ResponderExcluirVale muito a pena. Sou suspeito, porque não consigo entender você ter largado kkkk
ExcluirMas mesmo achando a primeiro temporada impecável, essa parece que será infinitamente melhor!