domingo, 2 de março de 2014

[REVIEW] Grey’s Anatomy – 10x13 – Take It Back


Depois de um histus quase infindável, Grey’s volta com um episódio mediano, mas que tenta se redimir de más escolhas e que quer pôr ordem na casa. Já estava mais do que na hora de alguém tomar uma atitude e por um fim na crise criativa que abateu a primeira parte desta temporada e colocar um fim em tramas desnecessárias. Espero que de agora em diante, as coisas sejam bem diferentes.


O episódio começa com uma espécie de autocrítica dos episódios anteriores. Pelo menos foi assim que eu interpretei aquela narração sobre “épicas ótimas decisões” e as “épicas ruins”. Chegamos até aqui embriagados com a monotonia dos episódios passados e acostumados com uma rotina "morma", cheia de altos e baixos, tramas e escolhas ruins. Uma rotina que desagradava a mim, e, provavelmente, a você também, leitor. De alguma forma essa rotina foi quebrada por Jackson e April que corriam para um “final feliz”. Uma escolha fora dos padrões para April, que tende a ser sensata, mas mesmo assim foi uma “épica ótima decisão”! E estou feliz por isso.


Contudo, a maior surpresa do episódio foi a morte do pai do Alex. Pensava que essa história iria se arrastar por mais tempo. Gostei da forma crua como tudo aconteceu e principalmente do comportamento do Alex com tudo isso. O pediatra sempre foi emocionalmente instável e ali ele parecia estar no controle da situação, fazendo os ajustes certos e dando um pouco de conforto para o pai debilitado em seus últimos suspiros. O roteiro escolheu uma abordagem cirúrgica, poupando drama e grandes estardalhaços.

Isso permitiu forcar no mais importante, no necessário. No que é mais relevante para história que será contada a partir daqui até a season finale. Para o plot da morte do pai do Alex, a abordagem escolhida ressalta o quanto o personagem cresceu e amadureceu. No fim Alex acaba se mostrando mais genuíno esbravejando “seu filho da mãe”, um indicativo de que aquele Karev que a gente gosta ainda está ali. Outro indicativo foi os esporos que ele deu no Ross.

Alex sempre foi vulnerável e instável em relação a demostrar seus sentimentos. Sua relação com  Jimmy era complicada, mas de alguma forma o pediatra tinha esperanças de que  poderia mudar. Bem, pelo menos foi essa a história que ele tentou contar para a mulher do falecido. No meio disso tudo Jo ficou um pouco perdida. Até eu fiquei surpreso com aquela história de “noivos”. Não que eu não tenha gostado. Muito pelo contrário! Eu torço pelos dois. Todavia, Jo pode ter parecido um pouco egoísta na atitude de contestar o que estava por trás do pedido. Tristeza? Luto? Medo de ficar sozinho? Acho que ela tem o direito de se questionar e de se proteger. Só espero que isso não seja uma desculpa para o roteiro começar a desandar com esse relacionamento que tem sido umas das melhores coisas desta temporada.

Em contra partida, Miranda continua sua saga por um plot decente. Fico feliz por ela ter resolvido sua história com o Ben, que agora é interno do hospital; e estou torcendo para que a história do TOC seja águas passadas. O que mais gostei disso foi a rapidez como tudo aconteceu. Nos poupou de um drama chato e sem muito sentido. Só espero que Bailey agora não vire uma gorda fofoqueira, que faz sanduíches em forma de dinossauro. Eu quero a Nazi de volta! Acho que  a série precisa desse contraponto.

Alguém precisa colocar ordem no hospital; disciplinar os internos e fazê-los sofrer na medida certa. Nada mais justo para Bailey pegar essa função novamente. Richard é outro que após sua recuperação e todo o mimimi que isso envolveu, não tem nenhuma história interessante para contar. No episódio o personagem só fez segurar as rédias de Owen. Por enquanto o roteiro deve manter cautela. Há problemas e interesses que merecem maior destaque.

Mer e Cristina, por exemplo, que finalmente se acertaram. Parecia que eu estava ouvindo um coro de anjos enquanto as duas estavam operando juntas, sem brigas, sem insinuações maldosas e numa completa paz. Sendo esta a última temporada da Sandra Oh em Grey’s, estou torcendo para que as coisas terminem bem. Sem mais brigas daqui por diante, por favor!

Callie e Arizona, contudo, voltaram a encher o saco. O relacionamento das duas entrou num ciclo vicioso que já está insustentável. Não é mudando de casa e ganhado da April uma máquina que fazer sorvete que as coisas vão se resolver. Isso precisa vim de dentro! Tenho noção que os roteiristas sabem disso, mas não entendo porque prolongar mais isso. Eu torço para que Callie seja feliz, mas a relação dela com a Arizona está muito desgastada.

Não sei se a intenção do roteiro é deixar isso para trás e começar uma nova abordagem para as personagens ou se aprofundar nessa trama. Levando em consideração os ajustes cirúrgicos deste episódio, é possível que os problemas tenham ficado para trás. Porém, não consigo deixar de perceber que há algo errado. Clazona já deu o que tinha que dar. O problema é que a separação das duas vem junto com uma série de problemas, pois elas têm uma filha juntas (mesmo tecnicamente a Sophia sendo filha da Callie com o Mark) e da outra vez que tentaram abordar isso, quase morremos de tédio. O fato é que ajustem precisa ser feitos e uma decisão precisa ser tomada difidentemente. Ninguém mais aguenta os chiliques de Arizona. Toda vez que o casal está brigando e Arizona vai abrir a boca eu só penso: "ela vai falar da perna"!

Isso, de alguma forma, já está engessada na cabeça dos fãs. Quem acompanha os grupos da série no facebook sabe que quando se trata de Calzona, a grande maioria é a favor da Callie. A ortopedista é a preferida, então quem vai sair perdendo nisso tudo é Arizona, que não tem a simpatia do público, tornando-a uma possível próxima vítima da Shonda.

Meredith e Derek parecem estar vivendo um novo momento. O casamento deles é umas das coisas mais sólidas da série. Não acho que o fato dele ter sido praticamente intimado pela Casa Branca vá mudar as coisas. Mer precisa ser um pouco menos egoísta e entender o marido, afinal casamento é uma via de mão dupla. Gosto do jeito que ela reage. Chega a ser engraçado, até. Porém, pode ser desgastante.

Ambos então em momentos diferentes em suas carreiras. Não acredito que será necessário fazer nenhum tipo de ultimato ou ajuste, mas esses recursos ainda são válidos. Não consigo ver o fim do casal, mas haverá turbulências.

Suspeito que a história desenterrada pelos agentes do governo tenha mais importância do que pareceu. Creio que tem caroço nesse angu. Caroço o suficiente para Derek ter mantido essa história em segredo. Caroço suficiente para os agentes terem tocado nesse assunto e caroço o suficiente para Derek ter contato a Mer. Do que se trata eu não sei. Posso até estar enganado, pois em matéria de Grey's Anatomy tenho medo de pensar no pior. Tia Shonda já mostrou do que é capaz.

Para finalizar essa review, uma boa notícia. Depois desse hiatus, Grey’s segue em longas pausas até a season finale. E aí? Prontos para decolar? Só espero que desta vez o avião não caia.

Pontos de incisão:

11.       Voltei para rever a cena do Alex dando um soco no Ross três vezes. Ainda não foi o suficiente para me sentir vingado pela chatice do personagem. Nem preciso dizer que eu gostei MUITO, né?


22.       Aliviado pelo Matthew não ter aparecido do episódio. Episódio cirúrgico. Sem dramas desnecessários, pelo menos por enquanto!

33.       Owen ciumento foi um pouco chato. Melhor seria se ele tivesse ido tirar satisfações com a Cristina, ai eles tivesse se beijariam, então eles teriam tirado a roupa e fariam se.... Tá! Parei de sonhar!

44.       O que vai ser de Grey’s agora com essa lei de proíbe novos relacionamentos entre os colaboradores do hospital? É como negar a própria premissa da série. Tudo culpa desses novos internos! 


55.       Apesar disso, escondido é mais gostoso. Jackson e April que o digam. Safadinhos! Mas olha só a cara de felicidade dos dois?! Depois dessa até eu achei fofo. E olha que eu era #TeamMatthew


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