Pra quem ainda não está familiarizado, “Dallas” pode ser
considerada uma das séries mais importantes e mais bem sucedidas da televisão
mundial. Foram QUATORZE temporadas de sucesso exibidas entre as décadas de 70, 80
e início dos anos 90. A
premissa da série era algo que focava o que o povo adora: INTRIGA e a luta de
poderes entre dois irmãos, JR e Bobby, que queriam deter as posses da milionária
família bem como o comando de sua empresa petroleira, fora os dramas familiares
que estampavam boa parte da história.
E é com essa mesma premissa que Dallas estréia agora nos
dias atuais. Ao contrário do que muitos possam pensar, Dallas não é um remake
nem um reboot da série clássica dos anos 80, e acredito que também não possa
ser considerada um spin-off. Nada mais é do que uma seqüência do que havia sido
apresentado quase 20 anos antes. Sim, os irmãos protagonistas estão de volta, o
racho Southfork está de volta, e as intrigas e brigas por quem será o maioral
também. Só que agora elas vêm encabeçadas pelos herdeiros das famílias. Chris é
o filho adotivo de Bobby e de sua nova esposa Anne, que agora busca por novas
formas de energia alternativa para poder manter um trabalho lucrativo, sem se
envolver no petróleo que causou quase a destruição de sua família anos atrás. Já
John Ross, é o filho de J.R, ganancioso, que está em busca de petróleo secretamente
nas propriedades da família, para reativar os negócios que haviam sido deixados
para trás, sem ao menos se importar pelas conseqüências que isso pode causar. O
que ele quer é dinheiro!
Chris e JR nunca haviam tido nenhum tipo de problema, muito pelo
contrario, eram bons amigos de infância, até que Bobby resolve vender o rancho
e descobre que seu sobrinho está em busca do “ouro negro”, mesmo sabendo das
objeções que ele havia imposto. É aí que a antiga richa reacende sobre a família
dos Ewing e a luta pelas posses da propriedade vem a tona, mas o interessante
aqui é que você nunca sabe quem está realmente na vantagem. É óbvio que Chris é
o mocinho da história, assim como era o seu pai na série original, mas até onde
ele irá se manter integro? Só no primeiro episódio, já vimos três megaevils que
achávamos que eram os mais megaevil de todos, mas na verdade eram os que estavam
sendo feitos de idiotas.
Ainda para completar, Chris está de casamento marcado,
e como se já não houvesse intrigas o suficiente, ele ainda está apaixonado por
Elena, sua ex-namorada que agora é namorada de John Ross. Pareceu tudo
exagerado aos níveis dos melhores dramalhões mexicanos? Isso ainda não é
N-A-D-A! Existem muitas, mas muuuuuitas reviravoltas nesses dois episódios, um
deles é o fato de que a noiva de Chris talvez não seja quem ele pensa que é, e
pode se tratar apenas de uma oportunista que está se casando por dinheiro, ou
por motivos ainda desconhecidos.
O mais interessante de tudo, é que nada na série é forçado,
apesar daquele ar de surpresa que temos em cada cena. A série evolui de forma
natural, e ao finalizar os dois episódios iniciais, a minha sensação é que já
estava acompanhando ela por pelo menos dez episódios. O elenco da também
está impecável e dá para ver que todos foram escolhidos a dedo, trazendo com destaque Jordana Brewster, da franquia "Velozes & Furiosos". A produção
também está sendo regida com perfeição, desde a fotografia a trilha sonora. (No
episódio piloto, temos Adele. Tá bom pra você?)
Quero deixar essa review meio que em aberto, e me recuso a
dizer mais detalhes sobre a delícia que são esses episódios para não perder
aquele ar de “sambação” na cara para quem pretende ver a série, ou ao menos o
piloto. Posso afirmar com todas as certezas que quem ver o episódio não irá se
arrepender e passara a acompanhar a série assiduamente. Mais do que isso:
desafio a quem ver o piloto a deixar de assistir! Eu já posso dizer que não
vivo mais sem as canalhices da família Ewing e estarei toda semana a postos em
frente ao PC esperando o primeiro download ser disponibilizado.
“Dallas” está surgindo certamente em uma tentativa de trazer
as pessoas mais velhas de volta as poltronas para voltar a torcer por uma série
que marcou toda uma geração, mas acredito que o ritmo frenético na qual ela foi
enquadrada e o elenco escolhido irá reconquistar os mais velhos, mas acertar em
cheio o público jovem. Sucesso garantido!
P.S: Para quem não entendeu o motivo do elenco estar todo em
um chuveiro no material promocional, e o slogan da serie ser “They’re back. And
no, you’re not dreaming” (foto abaixo), eu explico. Em 1985,Patrick Duffy
(Bobby Ewing) pediu aos produtores para que saísse da série. Seu personagem então
foi assassinado em um atropelamento ocasionado por Katerine, que
nutria por ele uma paixão platônica, dando assim um fim “definitivo” ao personagem.
Porém, a audiência respondeu ao fim de Bobby de forma extremamente negativa, e
pediam para que o personagem voltasse. Uma temporada se passou, e Patrick
aceitou o convite de voltar a série, contanto que houvesse uma explicação plausível
para o seu retorno. Como explicação, foi feito uma cena em que Pamela , a então
esposa de Bobby, acordava e o encontrava vivo e tomando banho, sugerindo que a
temporada anterior INTEIRA não tinha passado de um sonho de Pam. – Agora me
diz, tem como não amar uma série que faz uma trollagem dessas?
Parece ser massa essa série, mas infelizmente minha setlist está lotada!
ResponderExcluirAproveita a Summer Season! Vale MUITOOO a pena!
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