Ah! O amor é sem dúvida o sentimento mais aclamado em todas
as artes, seja música, cinema, teatro, pintura e por que não na televisão? True
Love é uma minissérie britânica, com cinco capítulos independentes, com foco
nos relacionamentos amorosos de diversos casais que moram na mesma cidade.
Poderia apenas ser uma mais uma trama que fala sobre o amor, mas Dominic
Savage, criador da série, propõe algo interessante e curioso, que até então, só
tinha visto no teatro.
O conceito desenvolvido pelo criador é que através de uma
simples sinopse o elenco conduza a trama improvisando todos os diálogos dirigindo
a trama de forma simples e natural para o desfecho proposto. E o que pode
parecer pedante ou cômico acaba soando singelo e dramático.
Para se preparar para o papel, foi proposto aos atores que
trocasse e-mail com seus pares, como se fossem uma correspondência entre os personagens.
Curioso, né?
O episódio de estreia contou a história de Nick (David
Tennant), que é casado com Ruth (Joanne Froggatt) com quem têm dois filhos. Entretanto
com a volta de Serena (Vicky McClure), um grande amor do seu passado, que ele
não vê há 17 anos, Nick acaba tendo um grande impacto na sua vida e no seu
casamento.
Acredito que não sou daquelas pessoas que são capazes de
fazer tudo por amor, mas posso afirmar que às vezes esse sentimento pega a
gente e vira ao avesso. E a volta de Serena faz com que Nick passe a considerar
tudo aquilo que ele conseguiu: sua vida, sua família; em troca de um amor, um
grande amor no passado que nunca deu certo.
O Tennant acabou conduzindo bem, apesar de ter usado vários
clichês que todo mundo gosta de ver e ouvir, mas ao mesmo tempo sendo sensato e
racional. Não sei, mas não acho que fui só eu que senti no Tennant um pouco de
falta do 10th Doctor, talvez seja apenas a estranheza do seu sotaque escorces
sem um toque “brilhante”.
Ruth, apesar de aparecer pouco, acabou me marcando em duas
cenas, que podem ser consideradas contrapontos. A primeira é quando ela está
fazendo amor com seu marido após sua festa de aniversário. O tipo de
enquadramento, ou até mesmo a fotografia usada na cena acabou me passando uma
sensação de intimidade conduzida muito bem pela atriz, algo que considero
bastante difícil, principalmente, se é algo “improvisado”.
E a outra cena, já no final, quando os dois estão na cama e
câmera foca bem na expressão atriz, conseguir sentir um pouco do seu
sofrimento, não algo muito caricata, mas algo real, palpável, de quem realmente
estava disposta a deixar perdoar, sem negar a si mesma o sofrimento.
Enfim, a minissérie é boa e vale a pena conferir tanto pelas
histórias, tanto pelo formato curioso e claro, pelo charmoso sotaque britânico. Confira o trailer da série abaixo.
Como assim? os dialogos são TODOS improvisados? No mínimo interessante....
ResponderExcluirExatamente! Achei muito legal isso! Pensei que iria ser estilo comédia ou que iria ficar meio no ar as coisas... mas acabei me surpreendendo com a transparência e dramaticidade!
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