quarta-feira, 20 de junho de 2012

[FIRST LOOK] - True Love

Os britânicos...


Ah! O amor é sem dúvida o sentimento mais aclamado em todas as artes, seja música, cinema, teatro, pintura e por que não na televisão?  True Love é uma minissérie britânica, com cinco capítulos independentes, com foco nos relacionamentos amorosos de diversos casais que moram na mesma cidade. Poderia apenas ser uma mais uma trama que fala sobre o amor, mas Dominic Savage, criador da série, propõe algo interessante e curioso, que até então, só tinha visto no teatro.

O conceito desenvolvido pelo criador é que através de uma simples sinopse o elenco conduza a trama improvisando todos os diálogos dirigindo a trama de forma simples e natural para o desfecho proposto. E o que pode parecer pedante ou cômico acaba soando singelo e dramático.

Para se preparar para o papel, foi proposto aos atores que trocasse e-mail com seus pares, como se fossem uma correspondência entre os personagens. Curioso, né?

O episódio de estreia contou a história de Nick (David Tennant), que é casado com Ruth (Joanne Froggatt) com quem têm dois filhos. Entretanto com a volta de Serena (Vicky McClure), um grande amor do seu passado, que ele não vê há 17 anos, Nick acaba tendo um grande impacto na sua vida e no seu casamento.

Acredito que não sou daquelas pessoas que são capazes de fazer tudo por amor, mas posso afirmar que às vezes esse sentimento pega a gente e vira ao avesso. E a volta de Serena faz com que Nick passe a considerar tudo aquilo que ele conseguiu: sua vida, sua família; em troca de um amor, um grande amor no passado que nunca deu certo.

O Tennant acabou conduzindo bem, apesar de ter usado vários clichês que todo mundo gosta de ver e ouvir, mas ao mesmo tempo sendo sensato e racional. Não sei, mas não acho que fui só eu que senti no Tennant um pouco de falta do 10th Doctor, talvez seja apenas a estranheza do seu sotaque escorces sem um toque “brilhante”.

Ruth, apesar de aparecer pouco, acabou me marcando em duas cenas, que podem ser consideradas contrapontos. A primeira é quando ela está fazendo amor com seu marido após sua festa de aniversário. O tipo de enquadramento, ou até mesmo a fotografia usada na cena acabou me passando uma sensação de intimidade conduzida muito bem pela atriz, algo que considero bastante difícil, principalmente, se é algo “improvisado”.

E a outra cena, já no final, quando os dois estão na cama e câmera foca bem na expressão atriz, conseguir sentir um pouco do seu sofrimento, não algo muito caricata, mas algo real, palpável, de quem realmente estava disposta a deixar perdoar, sem negar a si mesma o sofrimento.

Enfim, a minissérie é boa e vale a pena conferir tanto pelas histórias, tanto pelo formato curioso e claro, pelo charmoso sotaque britânico. Confira o trailer da série abaixo.




2 comentários:

  1. Como assim? os dialogos são TODOS improvisados? No mínimo interessante....

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    1. Exatamente! Achei muito legal isso! Pensei que iria ser estilo comédia ou que iria ficar meio no ar as coisas... mas acabei me surpreendendo com a transparência e dramaticidade!

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