segunda-feira, 23 de julho de 2012

[REVIEW] Pretty Little Liars - 3x06 - The Remains of the 'A'

Dica da semana: Se não sabe o que fazer, improvise! 




Muita gente sempre brincou que o roteiro de “Pretty Little Liars” sempre pareceu improvisado, que os roteiristas simplesmente tinham uma idéia maluca, e pra não perder o momento de inspiração mirabolante, tentavam encaixá-lo de forma aleatória na série. Se a coisa vai fazer algum sentido, isso é só um mero detalhe. 


Bom, piadinhas a parte, essa teoria para mim nunca fez tanto sentindo, pois a série de uns episódios para cá vem parecendo um trem desgovernado, acusando a tudo e a todos, para no final descobrirmos que nada tem a ver com nada.

Nesse episódio, fomos presenteado com um novo suspeito que ninguém arriscaria citar o nome, mas que parece que tem algo a esconder: Ezra. Eu, particularmente, nunca suspeitei de nenhum dos namorados/namoradas das Liars, mas se fosse suspeitar, acho que Ezra seria a minha última opção. Mas porque algum personagem esconderia lotes e mais lotes de dinheiro na gaveta sem uma explicação plausível. Para a sua namorada louca ir procurar por uma meia e acabar encontrando, é claro! A explicação de Ezra que vendeu o carro que recebeu de herança do avô só não colou menos do que a atitude de Ária sair desesperada do apartamento dele, como se o mundo fosse acabar. A reação normal de qualquer um seria dar a louca no exato momento em que ela encontrou aquela grana toda enquanto Ezra chora as pitangas por ser o mais novo pobretão do pedaço, afinal, quem está arruinando as fotos de fotógrafas avulsas pra tentar pôr miojo na mesa, é ela, então nada mais justo do que ela ter algumas respostas. Mais alguém aí notou que Ezra tinha conseguido um emprego no episódio anterior, e estava doido para levar Ária para um jantar chique, mas nesse episódio agiu como se nada tivesse acontecido? Vamos brindar a coerência e a quem pode se dar ao luxo de recusar um emprego!

Anyway, como coerência nunca foi o ponto mais forte de Prety Little Liars, mas mesmo assim a gente ama a série com todas as nossas forças, vamos ao segundo acontecimento e aparição avulsa do episódio, que nos traz um suspeito ainda mais aleatório do  que Ezra. Holden (alguém aí lembra dele?) apareceu sem mais nem menos na festa mais animada da cidade (só que não) só para Emily ter um flashback instantâneo, e lembrar que o menino tem uma tatuagem no pulso que o cara que seqüestrou ela tinha na noite do incidente no cemitério, colocando Holden como mau-caráter em potencial. Wait! Já não tinha acabado esse mimimi quando descobrimos que Jenna estava dirigindo o carro? Pois bem, ta aí o motivo da gente acreditar piamente na teoria de que os roteiristas de PLL tem uma caixinha cheia de idéias mirabolantes, e para escrever o roteiro vão sorteando elas de forma aleatória.

Falando nisso, quão forçado foi Emily ter um flashback a cada ar que  respirava, com exatamente as mesmas cenas que aconteceram naquela noite voltando a se repetir? Só serviu mesmo para os produtores nos trolarem lindamente e colocar Holden como suspeito, para no episódio seguinte já nos fazer riscar o nome dele da nossa list”A” negra novamente. Não mostraram o rosto do rapaz no flashback de Emily, e ainda aposto em Lucas para integrante do “A” Team, que sentido faz Holden fazer parte desse rolo todo, sendo que desde que ele quebrou a bicecletinha de Ária o rapaz foi se refugiar em Portugal?

Falando em acontecimentos avulsos, descobrimos que a polícia estava louca atrás da tornozeleira de Alisson, que mesmo com quase três anos de convivência, nunca tivemos a informação de que ela usavam, e posso jurar que já tiveram cenas de Alison de biquíni sem a bendita tornozeleira. Mas a peça rara foi importantíssima para o episódio para vermos Spencer mais uma vez bancando a Verônica Mars e encontrando o objeto junto com Jason e definitivamente manter Garret atrás das grades. O mais irônico foi que o tiro saiu pela culatra, e o sangue que continha na jóia provou justamente que Garret é inocente e agora está livre para tentar reconquistar o coração de Jenna. Fiquei com uma pena SEM TAMANHO de Spencer, por que a expressão de “Putz, fiz a pior merda da minha vida” foi impagável, e pela primeira vez podemos ver Spencer fragilizada, demonstrando que até o mais contido em algum momento ou outro pode explodir.

Mas alguém me explica a fixação de Spencer em acreditar tão cegamente que Garret é o assassino? Até onde sabemos, ele é um dos mais aleatórios na lista de suspeitos. Mas Spencer quer por que quer que ele seja o culpado. Talvez seja porque nem ela agüenta mais esse lenga-lenga todo.

O plot da festa da igreja foi uma das coisas mais chatas que o episódio já teve, e só serviu para o nosso não tão querido detetive Wilden aparecer botando o terror em Hanna, insinuando que logo, logo irá cobrar favores sexuais dela, mas não acrescentou em nada, o que já era previsível, porque é matematicamente impossível que algum plano das mentirosinhas dê certo. Mas devo destacar que foi divertido ao nível máximo ver Ashley Marin flertando com o pastor,  sem saber que ele é pastor e fazendo piadinhas sobre religião, doida para descolar umas garrafinhas de álcool durante a “quernesse” .Uma pena ela não ser o Black Swan!


P.S: April Rose não é uma pessoa? Como assim? Estava doido para conhecer mais uma mau-caráter avulsa!

P.S²: Já pode mandar prender Ezra por essa cara de cão raivoso?

3 comentários:

  1. PLL está intrigante! Como você mesmo já disse... todos os suspeitos estão caindo por terra! E para completar há uma prova do suposto assassino de Alison! Quero só ver aonde essa história irá nos levar!

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  2. Pretty Litle Liars é uma das series que de conexto historico e roteiro é uma das melhores que já existiu, eu faço faculdade de produção audiovisual e ando estudando muito roteiros, e essas serie pra quem entende de toda a tematica e tecnicas de roteiro vai co concordar comigo
    filme de suspense bom é assim eles fazem você mudar de ideia a cada hora de quem é o grande vilao da historia(geralmente um psicopata)pra no fim contar todas historia aos olhos do vilao e todo mundo descobrir porque ele fez tudo aquilo e quem é ele é uma tecnica chamada supreendendo da microestrutura de um roteiro, e nao nao é algo improvisado, se vc assistir tudo de novo vai captar todas as boladas da roteirista para que descobrimos quem matou alyson e quem é A, eu assisti tudo de novo e vi que realmente isso acontece é só prestar atenção e não é improvisado se nao a historia nao ia pra frente, sem um roteirista bom não é possivel prender a atenção de todos os fas da historia

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    1. Concordo com você em alguns pontos. Mas PLL não é filme. Série é um gênero bem parecido. O problema de PLL é a narrativa que não é condizida adequadamente. A impressão que eu tenho é que o roteiro tente chocar e causar impacto e não diz nada. Dentro de um curto prazo isso pode até chegar a ser interessante, entretanto nessa temporada de PLL a coisa tá mais enrolada que carretel de linha.

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