quarta-feira, 10 de outubro de 2012

[REVIEW] Fringe – 5x02 – In Absentia

“Where there’s a will, there’s a way.”


Mostrando que Fringe não é só awesome ficção científica, o episódio dessa semana trabalha o lado humano dos personagens. Quem além de mim também sentiu uma certa tensão entre Olivia e Etta no season premiere, com certeza ficou com o coração na mão durante este 5x02. Se você acha que sua vida é difícil, acredite, ela seria infinitamente pior se você fosse da família Bishop!
O episódio foi totalmente focado na relação Olivia-Etta. Vi algumas pessoas comentarem que foi fraquinho, que a história foi chatinha, que enrolaram demais por uma besteira já que o tempo nesta temporada é todo contado. Creio que a galera que fala essas coisas não entendeu o propósito do episódio. Fringe nesta quinta temporada, justamente por ser a última, não vai mais criar aquelas tramas imersas em loucos e inteligentes vieses com ligações a coisas que já acontecerem e/ou vão acontecer, cheias de afluentes e infinitas possibilidades; eles não precisam mais disso, não tem porquê, a série vai acabar. A preocupação dos produtores agora é apenas finalizar as histórias dos personagens, a temporada vai ser sobre os personagens, em que pé eles estão e ficarão ao final desta aventura. Claro que, por ser Fringe, é impossível não sair boas e complexas tramas no pacote, como tem sido até agora, mas as pessoas têm que entender que não podem se apegar demais a essas tramas e encher-se de expectativas em relação a elas pois não haverá aprofundamento. Sei que é difícil gente, mas a série vai mesmo acabar, a gente tem que aceitar isso e arcar com as consequências.
 
Devido ao imprevisto do episódio anterior (Walter sendo capturado e torturado por Windmark), o plano de reconstruir o plano inception again para derrotar os Observadores foi comprometido e nossos herois precisam encontrar outra maneira de organizá-lo. Olivia lembra Walter da possibilidade dele ter feito algum outro registro do plano original além do na sua cabeça, e assim a equipe ruma ao laboratório do doutor em Harvard para verificar a existência de um plano back-up. E de fato há, nosso querido Dr Bishop gravou as partes do plano original em fitas VHS, e a nova missão do quinteto é encontrar todas as fitas e juntá-las para finalmente descobrir o que Setembro planejou e ver se dá certo.
Nesse meio tempo, muita coisa acontece. Eles capturam um loyalist e utilizam-no para acessar o restante do prédio de Harvard e ligar a energia do laboratório. Esta captura traz inúmeras consequências que mexem com os nervos da família Bishop, especialmente a rebelde Etta. Admito que entendo a guria, ela cresceu naquele mundo apocalíptico, sem família, sem esperança, sem nada, teve de amadurecer muito rápido e com uma pressão gigante nas costas. E ela bem me lembra a Olivia das primeiras temporadas, durona, do tipo “temos que fazer o que temos que fazer”, como a própria Etta apontou quando disse que as duas gostam de estar no controle. Então é, entendo o lado dela e aceito as justificativas para ela se comportar do jeito que se comportou (ainda mais depois de ver o que restou do Simon, aquilo doeu pacas, eu gostava bagaray dele também). Mas dude, me deu uma raiva tão grande do jeito que ela tratou a Olivia, poha, minha Olive não! Ela já sofreu mais do que todo mundo junto nas quatro temporadas inteiras pra ainda ter que ficar aguentando abuso da guria. Eu ficava só gritando pra tela do PC “não fala assim com a tua mãe, piveta!” kkk
O que me faz pensar no porquê a Olivia não bateu de frente com a filha. Talvez tenha sido por receio já que ela não tem uma relação próxima com a Etta, não conhece nada da vida da garota e acha melhor não se meter; isso é bem o estilo da Olive. Ou se talvez tenha sido porque no fim das contas ela é uma daquelas mamães bobas que não conseguem ser firmes o suficiente com suas crias para discipliná-las. Essa segunda teoria é bem wild, mas até que seria divertido se fosse assim. Ver a badass agente especial Olivia Dunham mimando a filhinha seria cute, e um belo contraposto ao que tem sido a relação da familia Bishop até agora, já que a gente só vê o Peter babando a filha.
Aproveitando esse gancho vou falar sobre alguns outros comentários que vi rolando por aí. Uma galera dizendo que a Olivia tá muito mole, que não tá nada igual a Olivia das temporadas anteriores e etc. Gente, paremos para analisar: do momento em que vimos a Olive pela última vez (aka season 4 finale Brave New World part 2) até o momento em que ela se prende em âmbar, se passaram mais de três anos. Sabem o quanto uma pessoa muda em três anos? Sabem o quanto uma pessoa amadurece em três anos? Ainda mais sendo ela uma mãe de família! Ela não era mais uma agente especial cheia de cortexiphan que atravessa universos pra salvar todo mundo, ela era apenas a Olivia esposa do Peter e mãe da Etta. Então mais uma vez, vamos nos desprender um pouco da Fringe que assistimos até a quarta temporada, sei que é difícil porque é essa a Fringe que amamos, mas vamos nos adequar um pouco a essa nova roupagem da última temporada e aproveitar o máximo possível porque ela também tá bem awesome \o/
Eu gostei bastante desse segundo episódio, adorei a abordagem da relação mãe-filha aqui. Achei digníssimo a Olivia ter conseguido atingir os corações do loyalist e da Etta, afinal ela é a prova viva de que sempre há esperança, depois de tudo que ela passou nesses noventa episódios de Fringe. E mew, a carinha de orgulho da Olive quando a Etta filma o cara saindo livre, assim eu morro (Anna sua liiiinda, amor da minha viiiida!). Muito legal o drama delas e a superação, e a melhor parte foi que ela se acertaram sozinhas, não precisou o Peter se meter, ele nem deu notícia de nada! E já que falei em Peter, preciso comentar que o coração shipper quase sai pela boca na cena que a Olivia está fazendo a tattoo no rosto dele, pqp, muito fofos! Quero muito um episódio explorando a relação dos dois, como era na época da Etta criança e como fica agora que eles a encontraram, se voltarão a ser uma família bonitinha e talz. Nem que tenha muitas feridas abertas, muita choradeira, briga e drama (eles bem que precisam disso pra se curar de tudo e convenhamos, é disso que o povo gosta kkk), mas necessito que tragam isso e que tudo se resolva, quero voltar a ser a shipper Polivia feliz que tenho sido desde que comecei a série. *-*

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