Uma heroína em potencial.
Não é de hoje que venho elogiando a presença de Laurel na trama e a impecável
interpretação que Katie Cassidy está dando a personagem. E quem sabe um
pouquinho da história do Arquiro Verde nas HQ’s, sabe que ela ainda será parte
importantíssima em toda a mitologia que a série irá construir, principalmente
se quiser conquistar o público mais fiel e fervoroso do herói. E nessa semana,
tivemos uma pequena prova do que Laurel irá representar na série. Para quem não
sabe, na saga do arqueiro, Laurel futuramente se tornará o Canário Negro,
namorada e companheira de batalha do nosso protagonista. Por isso não me
surpreendi em nada em ver a bela dando uns bons golpes e salvando a pele de
Oliver e Tommy nesse episódio.
Gostei disso, principalmente pelo fato de provar que Arrow
está sendo uma série planejada e está sendo trabalhada de forma extremamente
cuidadosa. Para transformar Laurel em uma heroína, é necessário que seja dado
um embasamento e que seja contada sua história desde cedo para mostrar que a
personagem tem potencial para isso, e desde esse comecinho de trama os
produtores estão tendo essa preocupação, mesmo que essa transformação seja dada a
longo prazo. Isso me deixa ainda mais orgulhoso de estar gostando tanto da série
nesses seu três primeiros episódios, afinal, nada melhor que uma série coesa e
fiel a sua proposta.
O que não está decepcionando também em nada para mim é a
relação de Oliver e Laurel. É claro que está demorando para algo de fato
acontecer entre eles, mas isso mais uma vez só mostra o quanto a série está
sendo bem construída. Seria forçado que ela e Oliver se acertassem tão de
imediato, quando a relação deles é uma das mais conturbadas das histórias dos
super heróis e suas mocinhas. Então essa hesitação não soa para nós como uma
enrolação sem sentido. A relação entre os personagens é muito real e bem próxima
de como as pessoas reagiriam na realidade, não é uma trama boba e sem
fundamento. Um tempero a mais a tudo isso é esse triangulo agora explícito
formado pelo o casal protagonista e Tommy. Fiquei um pouco incomodado com o
fato de Oliver ter aceitado tão bem o melhor amigo se relacionando com o amor
de sua vida, mas se formos parar para pensar, Oliver já viveu tanta coisa barra
pesada que o tranformaram e realmente fica difícil dar valor a esses aspetos de relacionamentos
aparentemente pequenos.
Agora uma relação que está mais conturbada do que tudo é a
relação dele com sua irmã Thea. Esse talvez seja o único ponto da série que soe
um pouco artificial para mim. É até interessante ver Thea e seus problemas de
rebeldia e uso de drogas, até porque para quem ainda não sacou, Thea é nada
mais nada menos do qeu uma versão feminina de Speedy, uma espécie de Robin do Arqueiro nos quadrinhos. Aliás, esse é até o apelido de infância de Thea
citado por Oliver no piloto. O personagem das HQ’s tinha problemas com drogas e
na série não é diferente, mas não consigo entender toda essa revolta instantânea
que Thea criou contra o irmão se no episódio piloto eles se reencontraram como
se fossem melhores amigos. Apesar disso, gosto da personagem e achoq ue ela tem potencial para amadurecer e nos convencer mais.
Ok, está parecendo que a série está dramática demais e com
foco apenas nos relacionamentos? É aí que você se engana, meu caro leitor! No
meio de toda essa pegada dramática, a beleza de Arrow é que eles ainda
conseguiram nos mostrar talvez a melhor trama no quesito ação até agora! O vilão
apresentado, conhecido como Deadshot, para mim foi simplesmente um dos melhores
até agora. Se não fosse pela sua morte prematura, certamente iria aprovar ele
para se fixar como um arqui-rival do Arqueiro e continuar fazendo participações
na série. Ao contrario de todos os outros antagonistas até agora, Deadshot
realmente era páreo para o Arqueiro. O que dizer de uma assassino de aluguel
que tem o nome de CADA vítima tatuada em seu corpo? Simplesmente sensacional! Enquanto
os outros pareciam presas, Deadshot era uma espécie de justiceiro também, mas
do lado negro da força. Ele eliminava justamente as pessoas que Oliver queria
eliminar, mas sem o mínimo de piedade e muitas vezes até por motivos egoístas e
superficiais. Foi bacana para construir um contra-ponto entre ele e Oliver, e
para mostrar que mesmo com sede de vingança e não medindo esforços para vê-la
acontecer, Oliver ainda é um herói genuíno e bom, indo contra qualquer tipo de
marginalidade gratuita. Oliver também certamente irá lucrar muito com isso, pois
mais uma vez mostrou que é muito mais competente do que a polícia de Starling City, através de sua ousadia e contatos resolvendo o crime em questão de segundos
e livrando metade do elenco da morte.
Quanto ao nosso herói, vimos muito mais
dos flashbacks dele na ilha e conhecemos um pouquinho do que foi o seu Mestre. Gosto
demais dessas cenas, porque é isso que vai nos mostrar de quem Oliver herdou
todas essas habilidades. Seria um tanto quanto nonsense que ele tivesse
aprendido tudo o que aprendeu sozinho e por questão de sobrevivência. O que ele
vivenciou lá, provavelmente ainda tenha muito a ser mostrado, pois mais de que um
simples mestre, provavelmente Oliver conviveu com toda uma cultura antiga e
diferenciada. Afinal, não é todo dia e com qualquer pessoa que encontramos
aquela erva milagrosa que aparentemente tem alto poder de cura, né?
Cw acertou em cheio com Arrow, cada vez me convenço mais
disso!
P.S: Fotografia IMPECÁVEL!
P.S²: Ainda sinto falta de uma trilha sonora!
P.S²: Ainda sinto falta de uma trilha sonora!
O fato da bela Laurel ser boa de briga, só a deixa ainda mais sexy. Agora, o fato dela ter uma personalidade bastante forte, ser destemida e corajosa, dona de si, como demonstrou ao assumir o romance casual com o Tommy e, ainda deixar bem claro que o ex-namorado infiel, não é ninguém para julgá-la, a deixa mais interessante ainda. Essa, com certeza é uma mulher que qualquer homem quer ter.
ResponderExcluirA construção para o destino da bela guerreira, como Canário Negro, como você mesmo mencionou meu amigo, está sendo muito bem feita. Essa série, não é nada comum, parece que foi pesquisada e trabalhada nos mínimos detalhes.
O Oliver mudou, ficou mais sensato, e acho que essa sensatez o fez enxergar, que não houve nenhuma traição, protagonizada pela Laurel e pelo Tommy. Pelo menos, pela Laurel, pois ao que tudo indica, ele também a traiu várias vezes, não que chumbo trocado justifique, más chegou a infidelidade com a cunhada que morreu justamente por essa razão. Então, ele deve ter entendido que a Laurel, passou por um momento bem complicado, não só perdeu a irmã, o namorado e ainda descobriu que os dois, estavam de caso, justamente por essa perda. Ela, no mínimo se sentiu confusa e, o Tommy foi o mais próximo do Oliver que ela podia ter chegado, naquele momento.
Já o Tommy, não sei se dá pra justificar tanto, sua conduta. Ele não foi tão vitimizado, quanto a bela donzela e, oferecendo um ombro amigo, pode ser que tenha se aproveitado do luto da garota, para seduzi-la. Sem contar, que morto ou não, ainda existe um código de ética entre os amigos, que para ser quebrado, precisa de mais tempo, do que um recente óbito. Pelo que entendi, eles ficaram juntos, logo após a descoberta de tudo.
Quanto ao lance da Thea com o irmão, acho que inconscientemente, ela sentiu que ele a abandonou, naquele mundinho com a mãe. Quando achava que ele estava morto, ela culpava o destino, então ia até a lápide dele e não se sentia tão solitária. Depois que descobriu que ele estava vivo e demorou 5 anos pra voltar, foi como se introjetasse uma sensação de abandono.
Principalmente, porque ele voltou, tentando colocá-la no bom caminho, o que soa como hipocrisia na mente da garota, já que, o rapaz só andava no mal caminho.
Então, o Arqueiro revelou sua identidade secreta para seu segurança? Será que esse segurança era tão desnecessário, a luz das habilidades do Arqueiro? Só no próximo episódio pra eu descobrir.
Um abraço Jean, te encontro no episódio 4.
Charles A. Dias.
O que você falou sobre a Thea, faz todo sentido. Não tinha visto o plot dela sob esta ótica ainda!
ExcluirSobre o Tommy, não acho que ele tenha se aproveitado da fragilidade da Laurel não. Talvez ele sempre tenha tido sentimentos por ela, e quando ela se fragilizou, ele estava lá para dar apoio e, consequentemente e involuntariamente, acabou acontecendo de rolar o que rolou. Não vejo ele como um aproveitador nem nada do tipo, só um cara apaixonado mesmo.
Agora sobre a Laurel, talvez ela realmente seja a personagem com mais direito de ter rancor ali. Ser traída pelo namorado com a própria irmã e ainda tal fato acarretar na morte dela, é uma barra que não consigo nem mensurar!
Muito obrigado pelo comentário!