domingo, 9 de dezembro de 2012

[REVIEW] Fringe – 5x08 – The Human Kind

 
The bullet that saved the world… twice.

Fringe, mais uma vez, reforça um de seus maiores ensinamentos: sempre há esperança. Mesmo com todas as tragédias sucessivas que assolaram essa quinta temporada, e justo quando achávamos que se havia atingido o fundo do poço e não tinha mais volta, titio Joel faz questão de mostrar que para aqueles que sentem e acreditam, sempre há esperança. E nem me atrevo a pelo menos pensar no que vai acontecer de agora em diante na série, vou tomar um tempo pra apenas curtir esse raro momento de felicidade que testemunhei, esse gostinho de vitória que o 5x08 deixou. Pudemos recuperar três coisas importantíssimas nesse episódio, e tudo que consigo fazer é expressar minha emoção com isso nos parágrafos abaixo.
Primeira coisa: OLIVIA IS BACK, BITCHES! A mulher parece que finalmente acordou pra vida. Não só por tomar atitude e resgatar seu homem do abismo sem fim em que ele se encontrava (non related topic: tenho a leve impressão de que o Anil tem uma quedinha pela Olivia, se não for um tombo mesmo. Just saying), mas por toda a bad assery que ela distribuiu no episódio. Pelamor, foi muita engenhosidade ela montar todo aquele esquema pra atirar no cara e fugir, parece que finalmente os anos de treinamento do FBI estão voltando à memória dela. Mas o ponto alto foi a revelação sobre ‘ter fé’ que ela experimentou com o Oráculo. Antes de mais nada vou defender a Liv, eu também teria inicialmente reagido daquele jeito se fosse ela. Num mundo onde não se pode confiar em qualquer pessoa, naquela situação awkward e ainda mais com alguém como a Simone (muitos acharam ela fofa, eu achei creepy. Ninguém sorri daquele jeito em 2036, e nem fica pagando de vidente. Fiquei com medo sim), eu teria desconfiado e ameaçado geral mesmo. Mas enfim, foi muito bonito esse plot, muito profundo e essencial para o desfecho perfeito que tomou o arco de Peter como Observador.
Só vou aproveitar esse gancho e fazer um comentário extrapessoal. Na cena em que a Olive fala com a Simone sobre o dom dela, e sobre as crenças e etc, me identifiquei muito com o que Liv disse. Não na parte de mover objetos com a mente ou ver fendas nos universos, é óbvio. Mas quando ela diz que sabe coisas demais pra acreditar em tamanha abstração. É assim que eu me sinto a maior parte do tempo, e é por isso que não consigo investir em religião alguma. Sei o suficiente sobre ciência e comportamento humano pra não acreditar cegamente no que as religiões doutrinam. Acredito sim em uma força maior que me sinto confortável a chamá-la de Deus, e tenho minha própria relação individual e única com Ele. Mas sou pragmática demais pra seguir qualquer religião, e tenho a mente muito aberta pra me prender em uma só. E meio que foi isso que peguei desse plot da Olive também, o importante é você acreditar em alguma coisa e se sentir confortável e pleno com isso. A Simone tem as crenças dela e a Liv discorda, mas por outro lado esta acredita no sentimento forte e eterno que tem pela filha, e isso foi suficiente pra se salvar e salvar o que sobrou de sua família. O importante é apenas crer.
Segunda coisa: PETER IS BACK, SUCKERS! Botem a vitrola pra tocar e podem soltar foguetes, porque Peter Bishop NÃO vai ficar careca e sem sobrancelhas \o/ Aleluia porque o nível de creepiness que ele alcançou não tinha mais volta, pior que isso só perdendo os cabelos mesmo. Não vou negar que achei a sequência da luta Peter vs Windmark uma das melhores ever na série, mas não compensa perder um personagem tão profundo só pela bad assery. E de bamf já temos a Olivia, oras. Impossível dizer o quão despedaçado ficou meu coração quando o Walter fala com ele pelo comunicador, relembrando-o da promessa de não deixá-lo escorregar, implorando, e o nojento do Peter ignora. E depois quando o Walter está suturando-o e conversa sobre as consequências do dispositivo implantado, naquele momento ali tu tive certeza que tudo tinha desmoronado, que não teria mais jeito, que nunca mais haveria felicidade nessa série. Mas titio Joel trollou com minha poker face mais uma vez, e eu nunca o amei tanto por isso.
Terceira e última coisa: POLIVIA IS BACK, LOSERS! O mais importante de tudo, o que sobrou da família Bishop foi restaurada. A luz no fim do túnel não era um trem, era mesmo a salvação. E o mais legal de tudo é a forma como esse renascimento aconteceu. A Olive teve um momento de redescobrimento onde ela usou as próprias dificuldades para reunir forças e se reerguer, e então foi atrás do amado para fazê-lo sentir a mesma coisa. E o fez, ela conseguiu. Antes eu achava que o que salvaria Peter seria o Walter, a relação dos dois. Mas quando percebi que seria na verdade que seria Etta, por intervenção da Olivia, quem o salvaria, tudo fez mais sentido e se tornou ainda mais lindo. Não existe nada mais inabalável no mundo do que o amor pai/filho, isso é fato, e acho digníssimo a série provar isso. Assim como antes o amor de Walter por Peter o levou a fazer uma loucura que trouxe consequências devastadoras, Peter também experimentou a mesma coisa agora com Etta. E assim como é sempre o amor por Peter que impede Walter de sucumbir à loucura, foi o amor por Etta que impediu Peter de se perder também.
E pela madrugada, não existem palavras que descrevam a perfeição daquela cena final. Chorei descontroladamente, sério. Sou manteiga derretida mesmo, mas não há como negar que o discurso da Olive foi a coisa mais linda e tocante ever. E poha, se o Peter não tomasse uma atitude ali aí sim eu teria certeza absoluta que tudo estaria perdido, não teria tulipa branca suficiente no mundo pra me convencer do contrário. Quando ele corta fora o dispositivo, mantendo contato visual com a Olivia, pqp, foi tanto amor naquela cena, taaaaaaaaaaanto amor! E os flashbacks? E AS POHA DOS FLASHBACKS? Chorei, chorei muito, chorei demais. Trouxe de volta todos os arco-íris depois das tempestades, todas as vezes que a série nos derrubava e depois nos fazia acreditar novamente. E acho que pela primeira vez nessa temporada o sentimento de esperança dentro dos fringies é 100% autêntico, porque chegar ao nível de escuridão que chegamos e ainda achar motivos para comemorar, só mesmo sendo discípulo da família Bishop. J

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