The bullet
that saved the world… twice.
Fringe, mais uma vez, reforça um de seus maiores
ensinamentos: sempre há esperança. Mesmo com todas as tragédias sucessivas que
assolaram essa quinta temporada, e justo quando achávamos que se havia atingido
o fundo do poço e não tinha mais volta, titio Joel faz questão de mostrar que
para aqueles que sentem e acreditam, sempre há esperança. E nem me atrevo a
pelo menos pensar no que vai acontecer de agora em diante na série, vou tomar
um tempo pra apenas curtir esse raro momento de felicidade que testemunhei,
esse gostinho de vitória que o 5x08 deixou. Pudemos recuperar três coisas
importantíssimas nesse episódio, e tudo que consigo fazer é expressar minha
emoção com isso nos parágrafos abaixo.
Primeira coisa: OLIVIA IS BACK, BITCHES! A mulher parece que
finalmente acordou pra vida. Não só por tomar atitude e resgatar seu homem do
abismo sem fim em que ele se encontrava (non related topic: tenho a leve
impressão de que o Anil tem uma quedinha pela Olivia, se não for um tombo
mesmo. Just saying), mas por toda a bad assery que ela distribuiu no episódio.
Pelamor, foi muita engenhosidade ela montar todo aquele esquema pra atirar no
cara e fugir, parece que finalmente os anos de treinamento do FBI estão
voltando à memória dela. Mas o ponto alto foi a revelação sobre ‘ter fé’ que
ela experimentou com o Oráculo. Antes de mais nada vou defender a Liv, eu
também teria inicialmente reagido daquele jeito se fosse ela. Num mundo onde
não se pode confiar em qualquer pessoa, naquela situação awkward e ainda mais
com alguém como a Simone (muitos acharam ela fofa, eu achei creepy. Ninguém
sorri daquele jeito em 2036, e nem fica pagando de vidente. Fiquei com medo sim),
eu teria desconfiado e ameaçado geral mesmo. Mas enfim, foi muito bonito esse
plot, muito profundo e essencial para o desfecho perfeito que tomou o
arco de Peter como Observador.
Só vou aproveitar esse gancho e fazer um comentário
extrapessoal. Na cena em que a Olive fala com a Simone sobre o dom dela, e
sobre as crenças e etc, me identifiquei muito com o que Liv disse. Não na parte
de mover objetos com a mente ou ver fendas nos universos, é óbvio. Mas quando
ela diz que sabe coisas demais pra acreditar em tamanha abstração. É assim que
eu me sinto a maior parte do tempo, e é por isso que não consigo investir em
religião alguma. Sei o suficiente sobre ciência e comportamento humano pra não acreditar
cegamente no que as religiões doutrinam. Acredito sim em uma força maior que me
sinto confortável a chamá-la de Deus, e tenho minha própria relação individual
e única com Ele. Mas sou pragmática demais pra seguir qualquer religião, e
tenho a mente muito aberta pra me prender em uma só. E meio que foi isso que
peguei desse plot da Olive também, o importante é você acreditar em alguma
coisa e se sentir confortável e pleno com isso. A Simone tem as crenças dela e
a Liv discorda, mas por outro lado esta acredita no sentimento forte e eterno
que tem pela filha, e isso foi suficiente pra se salvar e salvar o que sobrou
de sua família. O importante é apenas crer.
Segunda coisa: PETER IS BACK, SUCKERS! Botem a vitrola pra
tocar e podem soltar foguetes, porque Peter Bishop NÃO vai ficar careca e sem
sobrancelhas \o/ Aleluia porque o nível de creepiness que ele alcançou não
tinha mais volta, pior que isso só perdendo os cabelos mesmo. Não vou negar que
achei a sequência da luta Peter vs Windmark uma das melhores ever na série, mas
não compensa perder um personagem tão profundo só pela bad assery. E de bamf já
temos a Olivia, oras. Impossível dizer o quão despedaçado ficou meu coração
quando o Walter fala com ele pelo comunicador, relembrando-o da promessa de não
deixá-lo escorregar, implorando, e o nojento do Peter ignora. E depois
quando o Walter está suturando-o e conversa sobre as consequências do
dispositivo implantado, naquele momento ali tu tive certeza que tudo tinha
desmoronado, que não teria mais jeito, que nunca mais haveria felicidade nessa
série. Mas titio Joel trollou com minha poker face mais uma vez, e eu nunca o
amei tanto por isso.
Terceira e última coisa: POLIVIA IS BACK, LOSERS! O mais
importante de tudo, o que sobrou da família Bishop foi restaurada. A luz no fim
do túnel não era um trem, era mesmo a salvação. E o mais legal de tudo é a
forma como esse renascimento aconteceu. A Olive teve um momento de
redescobrimento onde ela usou as próprias dificuldades para reunir forças e se
reerguer, e então foi atrás do amado para fazê-lo sentir a mesma coisa. E o
fez, ela conseguiu. Antes eu achava que o que salvaria Peter seria o Walter, a
relação dos dois. Mas quando percebi que seria na verdade que seria Etta, por
intervenção da Olivia, quem o salvaria, tudo fez mais sentido e se tornou ainda
mais lindo. Não existe nada mais inabalável no mundo do que o amor pai/filho,
isso é fato, e acho digníssimo a série provar isso. Assim como antes o amor de
Walter por Peter o levou a fazer uma loucura que trouxe consequências
devastadoras, Peter também experimentou a mesma coisa agora com Etta. E assim como
é sempre o amor por Peter que impede Walter de sucumbir à loucura, foi o amor
por Etta que impediu Peter de se perder também.
E pela madrugada, não existem palavras que descrevam a
perfeição daquela cena final. Chorei descontroladamente, sério. Sou manteiga
derretida mesmo, mas não há como negar que o discurso da Olive foi a coisa mais
linda e tocante ever. E poha, se o Peter não tomasse uma atitude ali aí sim eu
teria certeza absoluta que tudo estaria perdido, não teria tulipa branca
suficiente no mundo pra me convencer do contrário. Quando ele corta fora o
dispositivo, mantendo contato visual com a Olivia, pqp, foi tanto amor naquela
cena, taaaaaaaaaaanto amor! E os flashbacks? E AS POHA DOS FLASHBACKS? Chorei,
chorei muito, chorei demais. Trouxe de volta todos os arco-íris depois das
tempestades, todas as vezes que a série nos derrubava e depois nos fazia
acreditar novamente. E acho que pela primeira vez nessa temporada o sentimento
de esperança dentro dos fringies é 100% autêntico, porque chegar ao nível de
escuridão que chegamos e ainda achar motivos para comemorar, só mesmo sendo
discípulo da família Bishop. J
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