[ESPECIAL] Gleetrospectiva – Parte 2

Como todo adolescente que se esforçou o suficiente, aproveitei ao máximo minhas férias no meio do ano curtindo e compartilhando coisas no Facebook e fingindo viver uma vida que não vivia postando fotos no Instagram ou fazendo comentários estúpidos sobre fatos estúpidos no Twitter. Afinal, faz parte do ser adolescente passar mais tempo na internet do que em qualquer outro lugar.

Quando a mente relaxou um pouco fiquei chocado. Whitney Houston havia morrido. E não foi a única a quem tive que me despedir em 2012. Hebe que o diga, não é? E quando a vemos a morte, principalmente dessas pessoas famosas, a gente percebe que a vida é tão frágil e efêmera (essa palavra eu achei bonita, mas não sei bem o que significa). E nesse momento tão denso, comecei a ensaiar meu solo, meu primeiro solo no glee club com a volta às aulas.

Escolhi uma música bem difícil para mostrar a todos o meu talento. Trabalhei bastante para atingir as notas e conseguir mantê-las. Não foi nada fácil, mas quando estava na sala do coral divando pude ver a expressão chateada de Raquel, uma menina do glee club que se acha uma diva. Só sei que minha performance de Cry foi babado, como diz meu amigo gay Carlos.

A volta às aulas foi bem difícil. Tivemos pouco tempo para nos preparar para as Regionais. E tudo piorou quando minha namorada me largou para namorar outra garota do glee club. Sei que foi ensinado no clube a respeitar todas as diferenças. Mas quem escreveu sobre tolerância, provavelmente, nunca levou o pé na bunda nas mesmas circunstâncias que a minha. E nada adiantou cantar My Life Would Suck Without You, pois ela continuou lésbica. A parte mais difícil ainda é vê-la beijar sua namorada. Mas viva a liberdade sexual!

E ser largado nessa maneira me fez mergulhar numa onda bem Bad Romance. Agradeço a Gaga por ter me apoiado nessa fase tão difícil da minha vida. Tentei seguir em frente. No início não foi nada fácil. Mas com muita força de vontade e depois de chorar um oceano de lágrimas e cantar as músicas mais tristes da face da Terra, acho que superei tudo. E esse fim de relacionamento me deu outra visão do mundo.

Tudo ficou bem melhor quando vencemos das Regionais, com uma performance incrível de What Doesn't Kill You (Stronger), na qual eu fiz a primeira voz. Modéstia a parte, mas eu arrasei. Depois dessa a Raquel e eu começamos a competir todas as semanas no coral para conseguir os solos. Foi muito exaustivo até a gente perceber que trabalhava melhor quando uníamos nossas vozes, juntos.

O momento mais memorável foi quando a Raquel e eu nos dermos conta que estávamos apaixonados depois de cantar We Are Young com o restante do clube no auditório. Depois daquele dia nada mais foi igual. Estávamos completamente apaixonados e cantávamos por todos os lugares as músicas mais lindas e melosas sobre o amor.

Quando me dei conta o ano já estava no final. As provas finais batendo na porta e tudo indo de bem à melhor ainda. No Ano Novo meu glee club foi convidado para cantar na virada do ano numa praia. Depois que o fogos pararam de iluminar o céu abrimos o ano de 2013 com uma performance de Firework. Graças a uns efeitos especiais parecíamos voar e brilhar em cima do palco como fogos de artifícios. Todos foram perfeitos e com certeza iremos dar tudo de nós nas Nacionais em Fevereiro.

É isso aí, pessoal. Essa é a minha Gleetrospectiva. Se você fosse fazer a sua, quais a canções que iriam embalar os melhores momentos de 2012? Deixe nos comentários. Só tenho a desejar a vocês tudo de bom nesse ano que acabou de começar e para finalizar esse post gostaria de compartilhar com vocês uma mensagem toda especial, claro que em forma de música, né? Vamos fazer de 2013 um ano iluminado. Light Up The World.