Quase uma season finale.
ESPETACULAR. Acho que essa seria a única palavra capaz de
descrever a loucura toda que foi esse episódio de Dallas. O nível estava tão
alto, que muita série que a gente vê por aí não faz metade de tudo o que vimos
nem em suas melhores season finales. Tudo porque Dallas conseguiu desenhar uma
trama totalmente alucinante, de fazer qualquer telespectador ficar sem fôlego,
sem deixar de lado o desenvolvimento e evolução de vários de seus personagens.
A primeira da lista, foi Emma, que antes nutria meu maior desafeto e agora
passa a ter minha simpatia de uma forma que nem posso explicar. Será que é
normal a opinião sobre uma personagem mudar tanto? O fato é que eu
definitivamente pré-julguei Emma, sem nem ao menos pensar nos motivos para ela
demonstrar a frieza que demonstrava. A personagem se encontra talvez com seu psicológico
mais balançado do que o da própria Ann, pois tem que se desdobrar para
demonstrar a frieza necessária perto do pai, quando na verdade por dentro ela
está suplicando por uma oportunidade de acertar as coisas com sua mãe. Emma, além
de tudo, tem medo do que Harris possa fazer caso ela resolva perdoar Ann, e dou
os meus mais sinceros parabéns a Emma Bell por estar conseguindo passar todo
esse conflito interno da personagem apenas através do olhar.
Ann agora irá pagar sua pena em liberdade condicional, e sabendo que agora pode
se abrigar em Southfork, cada vez mais aumenta as chances de Emma se render a
Ann e nos fazer chorar em uma cena de reconciliação que já consigo até imaginar
como será. Vale ressaltar aqui a SAMBADA que o próprio juiz do tribunal deu em
Harris no final do julgamento, declarando tudo aquilo que nós sempre dizíamos em
pensamento sobre o canalha, o que também certamente dará um peso muito maior
sobre a consciência de Emma.
Enquanto Ann enfrenta a maior barra de sua vida, é simplesmente digno de palmas
ver os Ewing arrancando o rabo um do outro sem nem suspeitar que seu maior
inimigo ainda estava para aparecer. Não estava entendendo o que estavam
querendo introduzindo Vicente Cano na trama novamente, e sinceramente, ainda não
sei quais foram as reais intenções com isso, além de ter dado uma das melhores
cenas de ação e tensão que Dallas já teve. Mas realmente não tem como reclamar
desse plot, que se formos analisar bem foi só para encher linguiça, justamente por ele ter movimentado a trama de uma forma absurda. O
engraçado aqui é os Ewing estarem na maior briga de suas vidas, se unirem
contra um inimigo comum e protagonizarem aquele tipo de cena “Com a minha família
ninguém mexe... Só eu!” e na cena seguinte voltarem as mesmas canalhices de antes.
Sue Ellen aqui está fazendo escola com Pamela e se tornando a grande quenga da
série. O mais bizarro é Sue Ellen sempre ter pagado de boa moça em sua campanha
política para agora estar fazendo tudo o que o filho marmanjo quer sem o menor
escrúpulo contradizendo tudo que ela mesma pregava. O fato que fica bem óbvio é que Sue Ellen gosta de ser capacho dos
Ewing. Primeiro foi com J.R na série original, e agora quem pinta e borda é sua
própria prole, que deixou bem claro que fez a mãe de palhaça em prol de seus próprios
interesses, e ela mesmo assim continua achando tudo lindo e maravilhoso, como
se o filho tivesse participado do comercial da Parmalat. Sei que sou um dos únicos
fãs da Elena, muito provavelmente porque adoro a Jordana Brewster, então toda
essa história me despertou uma raiva extremamente grande de Sue Ellen tamanha a
injustiça que isso tudo é, até porque no momento não consigo ver uma saída
plausível para que Elena consiga recuperar os seus bens, sendo que J,R agora além de ser viciado em Angry Birds, sabe mandar vírus super potentes e destruir o único poder de barganha que Bobby tinha sobre John Ross, colocando assim mais uma vez o "time do bem" em total desvantagem. Não faz nenhum sentido
Sue Ellen querer se apropriar das Ewing Energies da forma que ela fez, mas
estou começando a achar que ela ainda irá sambar lindamente na cara de John
Ross. Isso se ela não for realmente se transformar na grande vilã da série,
quando de fato acontecer a morte de J.R.
Quem provavelmente vai sair como o salvador da pátria da história é Drew, que já
está precisando limpar sua barra com a irmã. Então qual a melhor forma se não ajuda-la
a recuperar o que ela perdeu por culpa dele mesmo? O mexicano já salvou ela de
morrer nesse episódio, o que certamente já deu a ele alguns créditos extras, mas
apesar de ter confessado seu crime e se livrado da prisão, Drew não irá parar
até ter a justiça feita e é aí que a casa irá cair para John Ross. Isso, claro, até ele conseguir de certa forma tomar Southfork dos Ewings para dar a andamento a esse plot incabível de explorar as terras mortas para limpar a memória de seu pai, provando que em Dallas nunca há nem aliados nem inimigos definitivos, tudo é só uma questão de conveniência.
Como comentei acima o desenvolvimento dos personagens,
podemos citar nesse ponto o próprio John Ross e Pamela. Por mais que ele tenha
declarado para ela que vai jogar sujo para roubar a parte da empresa que ela
havia prometido, fica bem claro aqui que entre eles há muito mais do que
interesse ou sexo. É nos momentos de perigos que revelamos nossos sentimentos,
e foi na invasão de Vicente que John Ross deixou transparecer que entre ele e
Pamela há uma ligação forte. Gosto de que explorem a relação dos dois, afinal
dois ótimos personagens tem mais é que ficarem juntos mesmo para se afogarem em venenco e cretinice, só resta saber se nesse caso se o amor vai falar mais forte
que a ganância. Eu, duvido muito desse fato, apesar de Pamela já ter mostrado
que tem um certo apego por suas vítimas.
No fim de tudo o que acaba parecendo é que John Ross
realmente gosta de pegar os restos do primo. Primeiro foi Elena, Pamela e até o Metano já entrou nessa história... será que implicância dele com Chris é mais obsessão/inveja do que a ganância propriamente dita?
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