[REVIEW] Castle – 5x15 – Target / 5x16 – Hunt

A cada temporada de Castle os fãs ficam na expectativa pelo episódio duplo, é sempre um evento único para quem acompanha a série. E que melhor maneira de honrar essa tradição do que com um duplo que supera todos os outros episódios da série inteira?

De antemão já peço desculpas pela review gigantesca e de péssima qualidade. É que depois de dois episódios assim, sou apenas uma pilha de emoções derretidas no chão, não consigo me concentrar em nada, não consigo discernir as ideias e formar um texto decente, a altura da perfeição que foi esse event. Mas vamos lá, vamos tentar ao menos montar uma lista de coisas que merecem ser destacadas nessa aventura única que experimentamos nessas duas semanas.

1º) Introdução: Adorei ter sido ludibriada tão descaradamente ao acreditar que a Alexis realmente não era o alvo do sequestro no começo da história. Construíram tão bem essa coisa do figurão odiado no Egito como justificativa do crime que cheguei a acreditar, e até meio que odiar o cara por ter indiretamente colocado a vida Alexis em risco. Adorei esse primeiro momento da investigação, quando todos achavam que era apenas um sequestro (não que seja pouca coisa, mas enfim, vocês entenderam) apesar de ter sido a parte light do episódio, gostei de ver a equipe encarando uma situação até bem comum pra eles, mas diferente por causa das pessoas envolvidas. Amei demais ver a transformação do Castle quando descobre que a Alexis foi levada junto com Sara, como ele literalmente fica do outro lado da mesa, conversando com o agente do FBI.

2º) Os comportamentos: Adorei analisar as reações de cada personagem ao sequestro da Alexis. Queria ter visto um pouco mais de Ryan e Esposito lidando com isso, mas entendo que realmente não cabia em nenhuma cena. Mas isso foi compensado pela tia Gates, gente, eu chorei quando ela olha pro Castle indo embora devastado e diz pra Beckett “you do whatever you need to do to get him back his little girl, anything you need, detective”. Ela se envolveu com ele ali, se comoveu, e julgando as atitudes dela ao longo de toda a investigação, desenvolveu uma empatia pelo escritor, algo genuíno. Quero muito ver isto sendo explorado mais pra frente. Outro comportamento que me chamou a atenção, e esse meio que me partiu o coração, foi o da Beckett. Partiu o coração porque eu vi que ela também estava devastada pela situação do Castle, que estava sofrendo por ver o homem que ama em pedaços como ele estava. Mas também vi que ela não sabia como mostrar isso pra ele. Ela não sabia como reagir, como consolar, ela não entendia 100% pelo que ele estava passando e aí ficava só ali, olhando pra ele, se sentindo impotente, sem saber exatamente o que dizer ou fazer, e sofrendo mais ainda justamente por isso. Teve aquele momento em que o Castle se trancou o suspeito pra o fazer falar, e a Becks não soube lidar com isso, com o tipo de coisa que ele era capaz quando a vida da filha está em jogo. E teve aquela conversa dos dois, quando ele fala da primeira vez que segurou a Alexis, a detetive estava totalmente perdida porque nunca sentiu e nem tem pretensões e probabilidades de sentir aquilo que ele descrevia em um futuro próximo. Não sei se isso trará repercussões para o relacionamento dos dois, acho que não, mas de qualquer maneira seria uma temática interessante a se explorar. Queria muito ver o casal falando sobre filhos.

3º) Nathan Fillion: Definitivamente meu ator de drama favorito. Tantas vezes eu mesma me esqueço do quanto ele é bom nisso, já que o Castle é prioritariamente cômico. Aí tem sempre uma cena ou outra, em algum episódio perdido, em que o Nate mostra todo o talento dramático que ele tem. Mas dessa vez foi diferente, por dois episódios inteiros ele foi aproveitado unilateralmente, e quem não acredita no potencial dramático do Nathan com certeza pensou logo que ia dar merda. Claro que não me encaixo nesse grupo, porque sei que ele é bom. Mas ainda assim não tenho palavras pra descrever o quanto fiquei abismada e fascinada com as cenas dramáticas dele. Chorei em cada uma delas, de verdade. E ainda me atrevo a escolher uma favorita, que é quando o Castle vai até o local onde encontraram a van e, ao ver a quantidade de sangue, entra em desespero por temer a morte da filha. Aquela cena foi incrível, apenas. Peço uma rodada de aplausos e ovações para o meu Nathan Fillion, ele merece demais.

4º) Alexis: Eu amo essa garota, sério. Sei que já devo ter dito várias vezes em reviews anteriores o quanto adoro essa personagem, e até me identifico, mas depois desse episódio passei mesmo foi a admirá-la, e respeitá-la como gente grande. A força dessa guria, o controle emocional, a inteligência, o foco, é algo muito único; ela conseguiu manter-se firme e ainda ajudar a amiga. E ela quase conseguiu escapar sozinha, minha gente. Se não fosse pela sua coragem e perspicácia, o Castle nunca teria chegado a ela, tanta coisa poderia não ter acontecido. Em parte, foi Alexis mesmo que salvou a própria vida. E taí outra que merece aplausos por sua interpretação, a diva Molly Quinn. Sempre me impressiono como ela está cada vez mais linda e mais talentosa. As vezes fico passada como uma garota da minha idade consegue ser tão mais bem sucedida que eu, mas enfim, ela merece né, porque ela é mesmo melhor do que eu.

5º) Paris: “Mas que porra...?!”. Foi isso que saiu da minha boca quando vi que o cativeiro da Alexis era em Paris. Fiquei totalmente desnorteada e, por conseguinte, mais curiosa e empolgada com a segunda parte do episódio. Adorei isso de colocar o episódio em dois ambientes, foi uma jogada de mestre. Chocou quem estava assistindo e deu muito mais credibilidade à história que se pretendia contar. E o que me deixou mais feliz foi ver esse tipo de ousadia em Castle, foi a primeira vez na série que saíram da zona de conforto. Lembro que uma das coisas que me incomodavam nos duplos de Castle é que tudo acontece em New York. Especialmente no Pandora/Linchpin, apesar de eu amar os episódios, me indignava o fato de que aquela crise internacional, envolvendo a CIA e que possivelmente resultaria na Terceira Guerra Mundial, se passou todinha ali mesmo em NY, ao alcance de Castle e Beckett. Quais as chances das coisas serem assim tão simples? Mas enfim, relevei porque como disse, gosto muito dos episódios. Aí vem esse duplo lindo da quinta temporada e muda totalmente as coisas, nos dividindo em duas das cidades que mais tenho vontade de conhecer: NY e Paris. Preciso dizer o quanto fiquei feliz e orgulhosa dessa série? Só quero registrar também minha decepção com os estúdios Sony e a ABC pelos efeitos especiais de quinta categoria que eles não têm nem vergonha de colocar nas séries. Já não basta o que eu sofro com aquela piada que são os efeitos de Once Upon a Time, agora sofri também com isso em Castle. Foi só isso que destruiu um pouquinho minha felicidade com o ambiente, porque aquela Paris do episódio estava muito falsa, a presença do fundo verde era mais óbvia que o amor do Castle pela Alexis. Mas enfim, achei digna a ideia da divisão de ambientes, achei digno o Castle indo pra Paris procurar loucamente por sua pupila, arriscando tudo, inclusive confiando em gente que não merecia e sendo traído. Aconteceu mesmo de tudo um pouco nesses episódios.

6º) Castle-Pai: Então, finalmente se concretizou o twist que já não era novidade pra ninguém: o pai do Castle é um espião. Nem preciso dizer o quanto eu estava ansiosa pelo desenrolar desse plot né? Quem acompanha minhas reviews no blog já sabe, praticamente em todas eu vinha reclamando de que já tinha passado da hora de se trabalhar isso. Mas o que eu nunca consegui construir na minha cabeça era uma forma convincente de jogar esse plot na trama, nem me arriscava a tentar, confiava cegamente com essa história no vô Marlowe. E que surpresa, ele não me decepcionou! Não esperava de jeito nenhum que fosse através da Alexis e essa série de circunstâncias que Castle-Pai fosse dar as caras, e quando vi que era assim mesmo, fiquei extasiada. Sério, me convenceu de boa, adorei. Achei muito fofo, muito legal, muito inteligente. Amei a forma como Castle e Castle-Pai se encontraram, achei badass e divertido ao mesmo tempo. Aliás, eu vi o Castle todinho no pai dele gente! Só que numa versão mais covarde, mas o jeito “o inferno tá se partindo no meio mesmo, vamos fazer umas piadas” é herança de família. Foi muito linda a cena que eles meio que se confrontam, emocionante, curti muito. Mas adorei mesmo foi o plano pra resgatar a Alexis, muito foda! Fui ludibriada novamente e gostei mais do que na primeira vez. Amei a armação toda, a cena que vai alternando entre o Castle-Pai explicando o plano e o Castle correndo com a Alexis é linda. Ah, e achei bonitinho também a Alexis saber no ato que o avô estava ali por ela.

7º) O que vem por aí: Bom, não sei exatamente o que esperar do desenrolar disso tudo, o plot tem sido tão imprevisível até agora que não me arrisco a prever nada. Mas espero do fundo do coração que Castle-Pai volte logo, preciso de mais dele e o Castle juntos. Aliás, preciso dele integrado naquela família, ia ser muita massa. Creio que diante daquele final do episódio, com o livro e o Castle abrindo o jogo pra Martha, a mensagem que ficou é que podemos sim esperar por mais aparições dele, e eu fico nas nuvens com isso. Só não fico nas nuvens com o hiatus que teremos agora, ninguém merece encher a gente de adrenalina e emoção com esse episódio duplo e depois ser atingida por uma seca de Castle. #xatiada