terça-feira, 16 de abril de 2013

[REVIEW] Dallas – 1x12/13 – A Call to Arms / Love & Family


“Let’em rise and rise, ‘cause one day they’re gonna fall”.

E essa semana a review de Dallas começa em clima musical. Sim, meus caros, em clima musical, mas ao contrário do que todos pensam, não é de samba como estamos acostumados a ver de Dallas, mas sim de uma musiquinha folk de uma das melhores bandas de rock que existem no mercado atual musical. Pois então antes de irmos ao que interessa, ouça essa música para entender melhor a situação atual dos protagonistas de Dallas clicando AQUI e se preciso, lendo a letra completa AQUI.

Você deve estar pensando: O que Paramore pode ter a ver com uma review sobre dois dos melhores episódios que Dallas já fez? E eu lhes respondo: TUDO!

Bom, tudo não, mas nada pode ilustrar a trama desses últimos dois episódios melhor do que a letra de um dos interludes do novo álbum homônimo do Paramore, Moving On. A letra da canção é basicamente a transcrição em forma de música do que nossos queridos Ewings vêm vivendo nesse exato momento. J.R, a lenda, deixou nosso mundo, mas não sem antes deixar para os Ewing remanescentes o seu plano mais promissor e mais bem arquitetado para se proteger da união de Barnes, Ryland e o Governador. Mas com tanta gente canalha reunida, e com uma influencia política das piores, era de se esperar que os Ewing por um tempo iriam correr atrás do rabo e se sentirem cada vez mais encurralados por esse trio de mal-feitores. Cada vez mais, aparentemente, os Ewings se afundam, chegando ao ponto de terem que praticamente darem de bandeja as chaves da empresa para Cliff, e se olharmos por alto, as chances de uma virada pareciam até então quase impossível. E é aí que entra a letra de “Moving On”, da nossa querida banda americana Paramore. Afinal, tudo está a caminho de acontecer, mesmo que a vantagem pareça estar com o lado oposto.


"Let em soak in the sun
Sit back and let em have their fun
Let em spill their guts
Cos one day their gonna slip on em"


O plano de J,R realmente é primoroso, bem arquitetado, porém trabalhoso e exige muita paciência. MUITA PACIENCIA. Tanto por parte dos telespectadores como parte dos Ewings, que provavelmente terão que chegar ao fim do poço, ver seu adversário ascender até o topo, cantar vitória, para só então cair,  cavando a própria covaexatamente como diz na canção. É a velha história de “quanto maior a altura, maior o tombo”, que ouvimos tantas vezes nos nossos ditos populares. E é também o que Hayley Williams canta na canção quando diz despreocupadamente “let’em rise and rise, ‘cause one day they’re gonna fall”


A virada maior, que dará a vantagem efetiva em favor dos Ewings, certamente está nas mãos da Pam Barnes original, que agora temos quase que certeza que está viva e voltará e assumindo sua parte das ações da Global Barnes. Porém, é um pouco utópico contar apenas com esse fato para obter a vitória, até porque mesmo que Pam esteja viva, quem garante que ela estará disposta a contribuir com os Ewings sendo que ela abandonou o próprio filho sem dó nem pieadade anos atrás?

Bom, o que podemos tirar de lição é que talvez as Pamelas podem ser a solução para todos os males do mundo. Afinal, na falta de uma, sempre temos outra pronta e disposta a ajudar. Pamela Rebecca finalmente se alia de uma vez por todas aos Ewings após saber que Cliff está pouco se lixando para a vida dela (literalmente), dando aos Ewings sua vantagem mais poderosa e surpreendente. Pouca gente ali é tão rápida no gatilho como Rebecca foi, já conseguindo 30% da Global Barnes sem o menor esforço, e certamente fez a maior sambada de todas ao fugir com John Ross inesperadamente em um casamento que dará vantagem aos Ewings mas também irá gerar muita polemica. Eu, não poderia estar mais feliz com esse fato, pois enfim temos um casal com sustância e química para shippar. Não tem como não gostar desses dois canalhas juntos, e não tem como não notar no quanto John Ross realmente a ama e vice-versa, demonstrando cada vez mais o lado terno escondido por toda a casca de mau-caratismo do personagem.


E em rumo a season finale, até personagens secundários e avulsos começam a contribuir para um desfecho épico dessa segunda temporada da série, nos dando quase que a convicção que a tal queda do adversário irá acontecer. Outro caminho que pode impactar de forma significativa no êxito ou na derrota dos Ewings está nas mãos de Elena e Drew. Não sei ainda dizer se foi a saída mais inteligente Drew fugir ao ser descoberto por Elena, e dar continuidade ao plano as escondidas. Mas é possível que dê mas certo do que se Drew tivesse se entregado, afinal, o que viemos aprendendo nesses últimos episódios de Dallas é que se você tem um trunfo guardado na manga, mantenha ele escondido até o último momento. O problema dos mocinhos da série, foi sempre serem transparentes demais deixando o adversário sempre um passo a frente, mas parece que aos poucos os personagens vem aprendendo a lição, e se tudo correr bem, para essa finale temos os protagonistas no mínimo com três secretos passos de vantagens em relação aos inimigos: Pam, Rebecca e Drew.

Saindo um pouco do foco principal, a única trama secundária que está sendo desenvolvida é a trama de Ann e sua filha Christiane F, drogada e prostituída. Ann é e sempre será minha heroína maior de Dallas, então meu coração não podia estar mais apertado com essa barra de ela descobrir que a filha anda vendendo o corpo em troca de neosaldina nos estábulos da vida. Compreendo até que Emma tenha passado por 20 anos de repressão, mas não faz o mínimo de sentido que agora ela queira surtar como nunca, logo na única família que realmente a apoiou e está dando para ela um lar de verdade. Ann, com tudo isso, só vem a crescer como personagem, mostrando o por que pode ser considerada a personagem feminina mais forte da série. Ann sempre teve a ilusão de que a vida seria perfeita ao ter Emma de volta para casa e nunca esperou que a filha pudesse trazer uma bagagem de 20 anos de um psicológico abalado, então é louvável que Ann tenha tido a facilidade em perceber que a filha precisa de um corretivo, mesmo que isso custe a sua simpatia recém conquistada. Não consigo também deixar de pensar que Emma sabe mais do que está contando sobre os negócios ilícitos de Ryland, e começo a me perguntar também se talvez ela não seja amais um futuro trunfo para os Ewings. Ou,também, quem sabe para Ryland, se ela resolver trocar de time depois de seu “desapontamento” com Ann.



Ainda essa semana teremos a review dos dois últimos e potencialmente bombásticos episódios da série. Enquanto isso, ouçam “Moving On” e relaxem, com a certeza de que a vitória para os Ewings virá, e com gosto de folk e virada! 



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