“Let’em rise and rise, ‘cause one day they’re gonna fall”.
E essa semana a review de Dallas começa em clima musical. Sim,
meus caros, em clima musical, mas ao contrário do que todos pensam, não é de
samba como estamos acostumados a ver de Dallas, mas sim de uma musiquinha folk
de uma das melhores bandas de rock que existem no mercado atual musical. Pois então antes de irmos ao que interessa, ouça essa música para entender melhor a situação atual dos protagonistas de Dallas clicando AQUI e se preciso, lendo a letra completa AQUI.
Você
deve estar pensando: O que Paramore pode ter a ver com uma review sobre dois
dos melhores episódios que Dallas já fez? E eu lhes respondo: TUDO!
Bom, tudo não, mas nada pode ilustrar a trama desses últimos dois episódios melhor
do que a letra de um dos interludes do novo álbum homônimo do Paramore, Moving
On. A letra da canção é basicamente a transcrição em forma de música do que nossos
queridos Ewings vêm vivendo nesse exato momento. J.R, a lenda, deixou nosso
mundo, mas não sem antes deixar para os Ewing remanescentes o seu plano mais
promissor e mais bem arquitetado para se proteger da união de Barnes, Ryland e
o Governador. Mas com tanta gente canalha reunida, e com uma influencia política
das piores, era de se esperar que os Ewing por um tempo iriam correr atrás do
rabo e se sentirem cada vez mais encurralados por esse trio de mal-feitores. Cada
vez mais, aparentemente, os Ewings se afundam, chegando ao ponto de terem que praticamente
darem de bandeja as chaves da empresa para Cliff, e se olharmos por alto, as
chances de uma virada pareciam até então quase impossível. E é aí que entra a
letra de “Moving On”, da nossa querida banda americana Paramore. Afinal, tudo está a caminho de acontecer, mesmo que a vantagem pareça estar com o lado oposto.
"Let em soak in the sun
O plano de J,R realmente é primoroso, bem arquitetado, porém trabalhoso e exige
muita paciência. MUITA PACIENCIA. Tanto por parte dos telespectadores como
parte dos Ewings, que provavelmente terão que chegar ao fim do poço, ver seu
adversário ascender até o topo, cantar vitória, para só então cair, cavando a própria covaexatamente como diz na canção. É a velha
história de “quanto maior a altura, maior o tombo”, que ouvimos tantas vezes
nos nossos ditos populares. E é também o que Hayley Williams canta na canção
quando diz despreocupadamente “let’em rise and rise, ‘cause one day they’re
gonna fall”.
A virada maior, que dará a vantagem efetiva em favor dos
Ewings, certamente está nas mãos da Pam Barnes original, que agora temos quase
que certeza que está viva e voltará e assumindo sua parte das ações da Global
Barnes. Porém, é um pouco utópico contar apenas com esse fato para obter a vitória,
até porque mesmo que Pam esteja viva, quem garante que ela estará disposta a
contribuir com os Ewings sendo que ela abandonou o próprio filho sem dó nem
pieadade anos atrás?
Bom, o que podemos tirar de lição é que talvez as Pamelas podem ser a solução
para todos os males do mundo. Afinal, na falta de uma, sempre temos outra pronta
e disposta a ajudar. Pamela Rebecca finalmente se alia de uma vez por todas aos
Ewings após saber que Cliff está pouco se lixando para a vida dela
(literalmente), dando aos Ewings sua vantagem mais poderosa e surpreendente. Pouca
gente ali é tão rápida no gatilho como Rebecca foi, já conseguindo 30% da
Global Barnes sem o menor esforço, e certamente fez a maior sambada de todas ao
fugir com John Ross inesperadamente em um casamento que dará vantagem aos
Ewings mas também irá gerar muita polemica. Eu, não poderia estar mais feliz
com esse fato, pois enfim temos um casal com sustância e química para shippar.
Não tem como não gostar desses dois canalhas juntos, e não tem como não notar
no quanto John Ross realmente a ama e vice-versa, demonstrando cada vez mais o
lado terno escondido por toda a casca de mau-caratismo do personagem.
E em rumo a season finale, até personagens secundários e
avulsos começam a contribuir para um desfecho épico dessa segunda temporada da
série, nos dando quase que a convicção que a tal queda do adversário irá
acontecer. Outro caminho que pode impactar de forma significativa no êxito ou
na derrota dos Ewings está nas mãos de Elena e Drew. Não sei ainda dizer se foi
a saída mais inteligente Drew fugir ao ser descoberto por Elena, e dar
continuidade ao plano as escondidas. Mas é possível que dê mas certo do que se
Drew tivesse se entregado, afinal, o que viemos aprendendo nesses últimos episódios
de Dallas é que se você tem um trunfo guardado na manga, mantenha ele escondido
até o último momento. O problema dos mocinhos da série, foi sempre serem
transparentes demais deixando o adversário sempre um passo a frente, mas parece
que aos poucos os personagens vem aprendendo a lição, e se tudo correr bem,
para essa finale temos os protagonistas no mínimo com três secretos passos de
vantagens em relação aos inimigos: Pam, Rebecca e Drew.
Saindo um pouco do foco principal, a única trama secundária que está sendo desenvolvida
é a trama de Ann e sua filha Christiane F, drogada e prostituída. Ann é e
sempre será minha heroína maior de Dallas, então meu coração não podia estar
mais apertado com essa barra de ela descobrir que a filha anda vendendo o corpo
em troca de neosaldina nos estábulos da vida. Compreendo até que
Emma tenha passado por 20 anos de repressão, mas não faz o mínimo de sentido
que agora ela queira surtar como nunca, logo na única família que realmente a apoiou
e está dando para ela um lar de verdade. Ann, com tudo isso, só vem a crescer
como personagem, mostrando o por que pode ser considerada a personagem feminina
mais forte da série. Ann sempre teve a ilusão de que a vida seria perfeita ao
ter Emma de volta para casa e nunca esperou que a filha pudesse trazer uma
bagagem de 20 anos de um psicológico abalado, então é louvável que Ann tenha
tido a facilidade em perceber que a filha precisa de um corretivo, mesmo que
isso custe a sua simpatia recém conquistada. Não consigo também deixar de pensar
que Emma sabe mais do que está contando sobre os negócios ilícitos de Ryland, e
começo a me perguntar também se talvez ela não seja amais um futuro trunfo para
os Ewings. Ou,também, quem sabe para Ryland, se ela resolver trocar de time
depois de seu “desapontamento” com Ann.
Ainda essa semana teremos a review dos dois últimos e potencialmente bombásticos
episódios da série. Enquanto isso, ouçam “Moving On” e relaxem, com a certeza
de que a vitória para os Ewings virá, e com gosto de folk e virada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário