terça-feira, 7 de maio de 2013

[REVIEW] Doctor Who –7x11 –The Crimson Horror



Confesso que minhas expectativas estavam altas em relação a esse episódio em particular. Principalmente pelo fato dele ser um marco. Não é qualquer série britânica que se dá ao luxo de chegar ao seu centésimo episódio. Deixe-me explicar. The Crimson Horror é o episódio de número 100 da série moderna, que teve início em 2005.


Deu para entender agora o tamanho das minhas expectativas? Quando vi a promo pensei que fosse mais um episódio assustado ao estilo de Hide. A ambientação no estilo gótico vitoriano já tinha tudo para ser um episódio realmente assustador. Entretanto Mark Gatiss não soube temperar bem o roteiro.

O trabalho anterior do roteirista na série foi Cold War, que teve lá seus méritos. Mas o Terror Escarlate deixou muito a desejar, principalmente no roteiro. O episódio começou num ritmo muito lento e durante os primeiros vinte minutos nada de relevante tinha acontecido. O episódio só veio engatar nas sequências finais, depois que o Doctor resgata Clara. Se não fosse pelas cenas engraçadas do Strax, boa parte do episódio seria irrelevante.

A vilã do episódio, Mrs. Gillyflower não conseguiu me convencer muito bem. A atriz está bem melhor em sua participação em Game of Thrones. Talvez a culpa esteja no script mal desenvolvido e com diálogos jogados. A velha que supostamente era para ser assustadora ficou parecendo uma... vou censurar esse meu comentário porque minha mãe me ensinou que devemos respeitar os mais velhos.

A identidade do Mr. Sweet também não conseguiu me provocar nenhuma surpresa. Esperava que a Grande Inteligência estava por trás daquilo tudo. Mas aquele projeto de parasita pré-histórico só valeu pela cena em que a Ada o esmaga com a bengala. Ada, não obstante, foi uma das melhores coisas do episódio. A conexão dela com o Doctor, e depois as reviravoltas na história deu a personagem uma visão tridimensional muito legal.

Outra coisa que também não gostei no episódio foi o fato do Doctor ter recebido um destaque menor. Talvez a intenção do roteiro fosse justamente essa, de causa um certo suspense. A primeira insinuação do roteiro é mostrar o Doctor como o possível assassino, já que era sua imagem que estava gravada no olho do jornalista que morreu. O roteiro mais adiante desconstruiu toda essa ideia nos flashbacks.

Não gostei dessa saída adotada pelo roteiro. Aliás, o roteiro foi campeão de más escolhas.  A sequência em que velha cai da escada e morre foi ruim também. E o cúmulo foi aquela cena final quando Clara chega em casa e vê aquelas fotos no computador. Do nada as crianças sacam que ela é uma viajante do tempo.

A coisa foi tão repentina que não deu tempo nem de processar bem. Talvez o Gaiman vai precisar de mais companions para seu episódio. Contudo, isso não justifica a deplorável sequência final. Em momentos assim DW me decepciona. Espero que o próximo episódio supere todas as minhas expectativas.


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