É hora de seguir em frente em
Grey’s Anatomy. Enquanto uns escolhem novos caminhos, outros buscam reforço do
passado, reforçando velhos e novos hábitos; criando novos lanços e rompendo
antigos. Com isso Grey’s nos ensina que é hora de seguir em frente e que se
dane as conseqüências.
Confortável com sua nova vida e
praticamente vivendo um triângulo amoroso com Meredith e Derek, Callie decide
que precisa de um basta e que já está mais do que na hora de enfrentar os
problemas de sua vida. A personagem é umas das mais sofredoras ao longo das dez
temporadas. Ela se apaixonou George, foi traída por ele e trocada por Izzie;
George depois morre e Callie se descobre lésbica, quando é abandonada por Hanna,
mas logo depois se apaixona por Arizona que perde uma perna num acidente de
avião e, mesmo assim, consegue pular a cerca.
Em vez de reinventar, Callie
volta às suas raízes e tenta se redescobrir e ficar em paz consigo mesma. Aquela
cena no final em que a ortopedista dança só de calcinha diz tudo isso. Chega de
sentir pena, chega se sofrer por quem não merece. Chega! Isso não quer dizer, contudo, que seja o fim
de Calzona (apesar de que Arizona não merece ter Callie de volta). É hora de
seguir em frente e dou todo meu apoio para Callie!
Cristina, ao contrário, tenta segue
para frente, sem olhar para trás. Até porque olhar para trás seria muito
doloroso para ela. Yang sempre foi uma cirurgiã focada em ser a melhor. Enquanto
Meredith estava dividida entre o trabalho de uma boa mãe e uma boa cirurgiã,
Cristina não tinha tempo a perde e acabou descarregando um caminhão de meias
verdades e de algumas ofensas na Mer.
Não cheguei a concordar com tudo
que ela disse, mas entendi o ponto de vista de Yang. Acredito que no fundo ela
esteja com ciúmes (ou até mesmo pena) da vida que a Mer vem levando, porque
isso representa tudo o que ela jamais terá, ou tudo aquilo que ela teria se
tivesse cedido ao desejo de Owen de ter filhos.
Fica muito claro que Cristina não
está num bom momento e que está carente. A cirurgiã de coração/fígado era o
momento dela com a amiga. Um momento em todos os problemas eram esquecidos, um
momento só delas. Porém, Meredith teve que dividir esse momento e eleger suas
prioridades. Já sabemos que no final da temporada Cristina irá embora. Só espero
que tia Shonda não destrua a amizade dela e de Mer nesse caminho.
Já Hunt aposta em coisas novas.
Seu provável novo interesse amoroso, além de fazer um delicioso pão de banana
(se alguém tiver a receita, por favor, compartilhe) faz com que o personagem se
afaste emocionalmente e se sinta mais tranqüilo e seguro em relação. O roteiro
deixa isso claro quando,no decorrer do episódio, Cristina e ele não tem uma
cena sequer juntos.
No meio disso tudo, Karev vive um
momento difícil com a presença do seu pai e a necessidade de se manter afastado
dele. Jo até tenta reaproximá-los, mas sem muito sucesso. Não acredito que o
plot morra por aqui, James ainda deve voltar ao hospital, nem que seja para
morrer na mesa de cirurgia. Tia Shonda não gosta de poupar ninguém.
Como alívio cômico, tivemos a
volta de Catherine que já chegou dizendo boas verdades para o Richard. Já
estava na hora do ex-chefe reagir e parar de ser paparicado. Imagino que deva
ser difícil lidar com ele, afinal ele sempre foi uma figura de autoridade
dentro da série. Só espero que esse mimimi fique para trás. Ninguém mais agüenta
esse plot chato!
Catherine também bancou a megera
com Stephanie após pega-la num momento nada propício com o Jackson. No final o
clima alivia um pouco, afinal nada mais constrangedor que o homem que gosta de
enfiar o pênis em lugares nada convencionais.
Não vejo muito futuro para o casal. Acho-os sem sal, ao contrário de
Arizona e Murphy, que distribuem faíscas, queijo quente e olhares
constrangedores. Senti um clima no ar, mas será que rola?
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