Desconcertante.
Se eu pudesse descrever esse episódio
numa única palavra, essa séria “desconcertante”. Fazia um longo tempo que
Grey’s Anatomy não me deixava sem chão, sem palavras, perdido em meus
pensamentos. Longe de ser uma coisa ruim, essa capacidade do roteiro de
transcender os limites da tela já foi algo mais corriqueiro na série, que atualmente parece fadada a lugares comuns.
Não há mais como negar que
Cristina Yang, a nossa amada Cristina Yang, está nos deixando. Ainda não parei
para tentar mensurar a perda e o buraco que co-estrela do show irá deixar. E faltando apenas poucos
episódios para o final da temporada, esse episódio teve como finalidade dar início
a um adeus doloso e lento.
Há alguns anos já sabemos que Cristina
e Owen não dão certo. E por mais que a gente torça pela felicidade do casal,
dentro da relação eles buscam coisas diferentes e isso sempre foi claro e um
ponto de impasse para a felicidade dos dois. Os roteiristas insistiram tanto
que chegou a ser cansativa a persistência desse plot, mas pelo menos agora
tivemos um desfecho que consideraria digno e gratificante.
Eu torcia para o casal. Esperava
que eles pudessem ser felizes, mas como o episódio fez questão de mostrar, não há como isso acontecer. O que eu mais gosto nos episódios de realidade alternativa
é que o roteiro pode brincar e jogar com os personagens de forma imprevisíveis. Nada de Cristina e Owen felizes, realizados! De alguma forma, a gente se
apega a essas possibilidades de “felizes para sempre” e pode ser difícil aceitar
que isso não acontece.
Sabemos que na vida real as
coisas são sempre difíceis, e que o bem nem sempre vence o mal. Todavia, na
ficção a gente tem a esperança de que as coisas sejam diferentes. Imagina no
último episódio da série (que espero que tenha mais algumas temporadas) Meredith
acabe abandonada e amargurada porque Derek resolveu ter um caso com Miranda e
fugiu com elas e as crianças para a Suíça?
Iria ser um pouco decepcionante,
não é? Acho que o mesmo ocorre com a Cristina. Ela é uma personagem tão querida
que gostaríamos de vê-la feliz. Ainda não sei o que a Shonda está armando para
justificar a saída dela da série. Pelo menos agora vamos ficar mais conformados
sabendo que ela e Owen nunca poderiam ter dado certo.
Na primeira possibilidade, quando
paciente diz sim, e decide não sobreviver ligado à máquina, confesso que fiquei
surpreso ao ver a Yang grávida, duas vezes, só para constar. Nesse caso ela
abriu não daquilo que queria em troca de ter uma família. Vimos como isso foi
difícil para a Meredith na primeira parte dessa temporada, contudo é duro aceitar esse tipo de atitude vindo da Cristina. Sempre a vi como uma médica determinada, focada e que faz de tudo para realizar seus objetivos. Vê-la abrindo mão de tudo, ser mãe, e ainda mais infeliz não foi fácil.
Porém, o que me deixou mais
irritado foi o fato de Ross estar ganhando o prêmio Harper Avery. De todas as
injustiças que a série já cometeu, essa seria a mais dura, com certeza. Shane
ganhou a antipatia dos fãs da série e não me surpreende a notícia de que ele
não irá voltar para a próxima temporada. Assim a gente também pode anular a
possibilidade dele casar com a Cristina. Afinal, ela merece coisa MUITO melhor,
não é?
Já na segunda possibilidade, quando o paciente
diz não e decide manter-se ligado à máquina, foi ótimo ver a Cristina sambando
na cara da sociedade médica recebendo o quarto prêmio Harper Avery pela quarta
vez seguida. Sabemos o quanto a personagem é dedicada e ver isso sendo reconhecido
de alguma forma é muito bom e gratificante. Ainda mais sabendo de tudo que ela
teve de abrir mão para conquistar este tamanho reconhecimento. A única parte
triste aqui foi o fato de o Owen ter terminado frustrado, entregue ao álcool e
a negligência médica por causa de um relacionamento que não deu certo.
O legal das realidades foi ver
que a amizade de Meredith e Cristina permaneceu intacta. Depois de meia
temporada de brigas e discussões, foi ótimo ver que elas continuaram amigas até
quando começaram a surgir os cabelos brancos. Foi bacana também ver que o estudo de Derek e Callie progrediu a ponto de fazer um homem tetraplégico andar. Um sinal de que ainda veremos muito desse estudo pela frente. Afinal, sem ele o Derek não tem lá muito o que fazer.
Fiquei feliz por terem dado a
Miranda Bailey alguma coisa decente para fazer. Depois de ficar as moscas no
hospital sem plot decente, ela finalmente arrumou algo para fazer da vida
naquele programa de televisão. Não sei o roteiro pretende trazer isso mais
adiante, mas seria bom dar a Miranda algo decente para fazer.
Senti falta do Alex nas realidades
alternativas. Claro que o foca era a Cristina, mas acho que ele merecia um
pequeno destaque, nem que fosse para dizer que estava bem, feliz e casado com
Jo. Até Kepner apareceu como “barriga amiga” da Cristina. E já que falamos da April, achei injusto o
que fizeram com a mão do Avery. Depois do Burk e Derek, que já passaram por
coisa semelhante e saíram ilesos, ficar anos sem operar e preso em trabalho
administrativo só porque prendeu a mão foi um castigo muito grande para o
Jackson.
concordoo com tudooo, mesmo torcendo pelo casal owen e yang ficarem juntos...depois desse episódio não dava mais... eles se amam e um precisa do outro... de certa forma eles se completam mesmo querendo coisas diferentes...amooo muito a cristina a série no geral.... vou chorar muito quando chegar o dia da despedida...
ResponderExcluirAlessandra, obrigado pelo comentário.
ExcluirChoro pelo fim da Cristina a cada episódio que passa. Sentirei falta dela.
Realmente desconcertante... mas não está rolando notícia de que o ex da Cristina voltará para uma participação? acho que ficarão juntos...só vejo este motivo para ele voltar.
ResponderExcluirEu também vi esse comentário. Não sei se Cristina e Burke irão ficar juntos, mas a volta dele vai ser um passo importante para a despedida da Yang na série.
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