segunda-feira, 12 de maio de 2014

[REVIEW] Grey’s Anatomy – 10x23 – Everything I Try to Do, Nothing Seems to Turn Out Right


Há dez anos no ar Grey’s Anatomy já nos proporcionou muitas emoções. Já renovada para a décima primeira temporada, uma pergunta não sai da minha cabeça: qual será o próximo passo? Com nossos queridos personagens seguindo em frente, explorando novos horizontes, não estaria na hora da série fazer o mesmo?


Como penúltimo episódio da temporada, o 10x23 não foi lá dos mais instigadores, nem de tirar o fôlego, mas deixou em aberto a possibilidade da série sofrer grandes transformações no próximo ano. Como o Derek fez questão de enfatizar, Cristina está indo embora para Suíça, Alex tem seu novo emprego numa importante clinica particular, não seria o momento de Meredith também mudar? De dar o próximo passo?


Mudança nem sempre são fácies de aceitais. Isso é um fato! Contudo, para uma série que está no ar há uma década, mudar não seria tão ruim? Evidente que essa importante decisão tem lá seu lado negativo, mas depois de tudo que já aconteceu no hospital (e aconteceram muitas coisas!!!) e de uma temporada morna, praticamente dedicada à Cristina Yang, mudar poderia ser muito bom.

Mudar vai ser bom para Leah, que abriu mão de ser cirurgiã, porque não se encaixava no perfil. Arriscar fez bem a Stephanie, que provavelmente terá Mirando como uma mentora, uma protetora. Se impor foi bom para Jo, que viu que “babar o ovo” não a levaria a lugar nenhum. Era preciso ser firme, decidida, mostrar que agüenta o tranco. Já no caso de Ross, mudar seria mais que necessário, seria vital.

Depois do surto psicótico o interno está perdido na trama. Até tentaram fazer algo para levantar o astral, e tornar o personagem aceitável na trama. O problema é que não há empatia. Não conheço uma pessoa que assista a série e diga: “eu gosto do Ross. Quero que ele seja feliz”. O que eu mais vejo é: “Morre logo, desgraçado”.  O destino do personagem já está traçado, pois ele não volta mais na próxima temporada. Só resta saber qual é. Se tia Shonda pensa em matar alguém na season finale, eis aí uma escolha que deixaria muita gente feliz.

Mudar vai ser bom para Cristina. E mesmo que o Owen a tente manipular, como fez no episódio, Yang parece certa da sua decisão. E mesmo que eu vá sentir falta dela, não consiga vê-la dizendo não a incrível oportunidade que ela tem na mão.  Não que ser chefe do departamento Cardíaco do hospital seja algo ruim, mas nem se compara ao que ela pode almejar na clinica de pesquisa na Suíça.


Todavia o pedido de Owen para que eles ficassem juntos, até ela ter que dizer o adeus definitivo, foi a gota d’água do relacionamento. Pensei que esse plot havia se enterrado no episódio 10x17. Não sei o que ele pretende com isso, mas para mim parece que ele está colocando a corda no próprio pescoço e chutando o balde do amor próprio.

Na review passada tinha falado sobre a decisão de Callie e Arizona terem mais um filho precipitada, e que algo estava prestes a acontecer para acabar com a felicidade das duas. A resposta veio nesse episódio. Callie não pode gerar mais filhos e por mais que Arizona estivesse disposta a carregar uma criança não consigo imaginar isso dando certo.


Contudo, Torres finalmente percebeu o estado de fragilidade que seu casamento se encontra. É preciso deixar curar as feridas e resgatar a intimidade de Calzona, que despencou na afabilidade com o público. Desde que Arizona traiu Callie que a audiência aceita o fato das duas ficarem juntas. É preciso dizer que aceitar não é o mesmo que gostar, não é o mesmo de torcer para que tudo der certo. Para muitos, inclusive para mim, esta mais do que na hora das duas seguirem com suas vidas separadas. É hora de mudar.

Mudar fez bem para April e Jackson , que depois de episódios de silêncio, brigas e meias verdades, parecem estar se dando bem novamente. A vinda do filho do casal parece ter trazido de volta de volta à boa energia do casal. Espero que eles realmente tenham conseguido resolver suas questões e não apenas ter tampado o sol com a peneira. A vinda de uma criança impõe responsabilidade, e eles sabem disso. Devem saber também que é um Avery que está chegando e isso confere o dobro, se não o triplo, de responsabilidades.

Para Miranda o importante foi arriscar. Foi saltar de pára-quedas com os olhos vendados, sem se importar com as consequências. Ver a personagem destemida é ótimo, contudo é arriscado dado ao histórico que a personagem tem. Ver Bailey fazendo algo de significante para a medicina é sempre bom, principalmente quando dá certo, mas onde isso pode nos levar? Esse tipo de pergunta é imprescindível visto que Miranda não teve muitas conquistas nesta temporada.


Podemos estar diante de um oásis no meio do deserto de inutilidade, mas também podemos estar diante de um novo horizonte, de uma nova Miranda Bailey, mas isso só o tempo poderá nos dizer. Acredito que a Stephanie tenha um grande papel a desempenhar ao lado da ex Nazi. Uma parceria que pode ser benéfica para ambas.

Ao longo desta review vimos que mudar pode ser bom, mesmo sendo arriscado. Entendo que Seattle é a cara de Grey’s Anatomy, e que aquele hospital significa muito para todos nós. Sei que o astral em Washington é totalmente diferente, mesmo que seja apenas por um pequeno momento, a possibilidade da mudança me anima, principalmente, se rolar um crossover entre Grey’s Anatomy e Scandal.

A season finale promete muitas lágrimas, a maioria delas, com certeza, por causa da Cristina, é claro. Mas também abre a possibilidade para a inovação. E depois de uma temporada morna, bem que a gente merece um drama de qualidade, um drama que não tenha medo de explorar o que há além do horizonte.

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