[REVIEW] Revenge – 3x21/22 – Impetus/Execution [SEASON FINALE]

Há três anos acompanhamos a saga de Emily em busca de vingança pelo seu pai. Aprendemos a duras lições que nessa jornada há altos e baixos. Para alguns os pontos baixos pesam mais que os altos, para outros, isso não importa, o que interessa é onde a jornada nos leva. Aprendemos também que toda ação provoca uma reação. Às vezes obtêm-se o que quer; já outras é preciso estar dispostos a enfrentar as conseqüências, a sangue frio. Afinal, vingança é ou não um prato que se come frio?

Eu tinha muitas expectativas sobre a reta final desta temporada. A narrativa parecia encaminhar para um desfecho aparentemente sem volta e isso me deixou com medo. Medo que a série estivesse perto do fim. Contudo, depois da notícia de que Revenge retornaria para um quarto ano, todo aquele medo se transformou em ansiedade e em expectativas. Expectativas das quais muitas foram superadas.

O que mais me animou foi o ritmo que o roteiro conseguiu impor nos últimos episódios da temporada e de como as peças foram, aos poucos, se encaixando, nos dando uma visão mais nítida do que estava por vim. Depois dessa season finale, começo a pensar se há mais maneiras da série nos surpreender, mesmo quando ela adota recursos clichês.

Vamos começar essa review em tom de despedida. Vamos dar um adeus à Aiden Mathis, que nos encantou com seu charme e seu sotaque britânico. Já suspeitava de que seria ele a morte anunciada para a finale, afinal ele está prestes a estrelar a nova série do Barry Sloane, The Whispers.  Pelo visto não ficaremos com saudades dele por muito tempo.

O que mais me surpreendeu na morte de Aiden foi o fato de Victoria ter sujado as próprias mãos. Ela estava determinada a vingar Pascal, e Emily tinha que pagar de alguma maneira. Não achei justa a decisão de Victoria, pois a morte de Pascal foi um efeito colateral do qual Emily não tinha o menor controle. Contudo, a rainha mais uma vez arrasada, tinha que tirar da inimiga a chance dela ter um final feliz.

Fiquei feliz, entretanto, de Emily não ter ido procurar conforto nos braços de Jack. Sempre imaginei que seria ele quem ela iria procurar depois de perder o grande amor da sua vida, porque Jack sempre tem uma palavra de consolo para dar. E se não funcionar, a bebida é por conta da casa.

Não chego a temer pelo destino de Jack. O fato de Charlotte o ter entregado como principal suspeito do seu seqüestro não diz nada. Acredito que o barman do Stowaway vá se livrar dessa fácil, ainda mais tendo amigos influentes como Nolan Ross e Emily Thorne.

Vi muita gente recriminando a atitude de Charlotte no Twitter. Eu a entendo. Jack estava prestes a revelar o segredo quando ela saiu correndo. Vindo de uma família perturbada, onde não se pode confiar nem na própria sombra, deve ter sido muito difícil para ela ver que não poderia confiar em ninguém.

Isso mostra que ela não está tolerável com as pessoas que tentam manipulá-la. Depois de ser a responsável por revelar ao mundo os segredos do pai, não poderia esperar mais nada dela. Charlotte cumpriu até aqui sua função. O que me preocupa, contudo, é o que será da personagem agora. Eu a vejo isolada, sem pertencer a nenhum núcleo. Acredito que a única pessoa por quem ela ainda tem alguma simpatia é Daniel. Em longo prazo, não vejo essa relação durar. Portanto, próxima temporada Charlotte poderá sofrer algumas mudanças, mais do que necessárias para mantê-la útil na trama e suspeito que isso tenha a ver com a volta de David Clarke.

O recurso de trazer David à vida não é nada novo no mundo do entretenimento. O roteiro já havia dado pistas de que essa era uma história plausível. Não fiquei muito chocado com o retorno dele. Agora que está com o nome limpo graças aos esforços de Emily, estaria na hora dele acertar as contas com os fantasmas do seu passado?!

Conrad parece ter sido o primeiro. Vê o Grayson livre, sem antes sofrer maus bocados na prisão me deixou triste, mas esse sentimento foi embora quando David acertou Conrad com uma facada e o deixou lá sangrando no asfalto. Duvido muito que Conrad morra. Não consigo imaginar a série sem seu grande vilão. Ele mesmo deixou claro que só chegou aonde chegou porque não deixou ninguém ficar no seu caminho. Por isso não acredito que ela morra de uma facada.

O caso de Victoria foi ainda mais interessante. Passei boa parte do episódio me perguntando se Victoria sabia exatamente quem era Emily. A decisão da rainha de matar Aiden foi o catalisador para o grande plano do episódio, o gran finale. Depois de dizer a Charlotte que iria mudar o lugar do corpo de David, Emily esperava que Vic aparecesse no cemitério.

E sem poupar veneno, Victoria revela que sabia do segredo. Emily já que desconfiava disso, tinha o plano todo armado. Confesso que fiquei surpreso com aquele golpe de pá. Por um momento achei que Victoria fosse ser enterrada vida, mas as cenas seguintes foram ainda mais surpreendentes.

Ver Vic naquela cama, amarrada e tratada como doente mental valeu à pena esperar. Dessa forma Emily garante que ela não conte para ninguém sobre a sua verdadeira identidade e deixa trancada lá. Claro que isso não vai durar muito tempo, mas fico feliz por termos chegado até aqui. E aquela cena final, onde Emily caminha triunfante no corredor foi louvada.

Finalmente, depois de tantos anos, tantas tentativas, Emily consegue concluir sua vingança. O que ela não faz a menor idéia é que David Clarke, seu pai, está vivo. Tem como não ficar ansioso para ver esse reencontro?

Gostaria de terminar essa review falando da minha maior frustração com os episódios finais. Daniel ainda continua vivo!!!

Todavia, a chegada de Gideon, que se mostrou ser um personagem muito interessante, deverá acabar com a alegria do Bananiel em breve. O meio irmão de Margaux parece decidido a tomar o seu lugar na LeMarchal Midea e fará tudo que estiver ao seus alcance para ser bem sucedido.

Nolan que seu cuide, pois esse novo aliado é perigoso. Margaux também deve tomar cuidado com o irmãozinho, afinal ela está ocupando o lugar que era para ser dele. Depois que Daniel revelou à Francesa sobre o verdadeiro caráter do pai, ela o promoveu a seu braço direito. Se eu fosse ela tomava cuidado redobrado, tem gente demais querendo sentar na cadeira de presidente da LeMarchal Midea.  

Então gente, queria agradecer a todos vocês que acompanham minhas reviews de Revenge aqui no Crossover. O outono promete trazer ainda mais crocâncias. E aí, o que acharam do episódio?