domingo, 30 de setembro de 2012

[REVIEW] Fringe – 5x01 – Transilence Thought Unifier Model-11

Welcome to the beginning of the end.


Prepare o coração e uma caixa de lenços para acompanhar este season premiere, porque emoções não vão faltar! Uma trama completamente nova, mas recheada de elementos tão conhecidos por nós, fringies. Dando continuidade à história apresentada no episódio 4x19, Fringe nos traz uma temporada ainda mais mindfuck, que tem tudo para ser a melhor e encerrar a série com chave de ouro. That’s right people, they are coming!
Como todos sabem, cada final de temporada em Fringe é uma oportunidade para os produtores trollarem com a nossa poker face. Sempre existe alguma mudança catastrófica na trama da série, que deixa todo mundo perdido e cada vez mais preso à história. Desta vez não foi diferente, aliás, foi bem mais sério. Por ser a última temporada, os produtores lindos resolveram por em prática the ultimate Fringe troll: esta temporada não será uma continuação direta do season finale (“Brave New World”) e sim do episódio 19 (“Letters of Transit”), com uma nova e hiper complexa trama a se desenvolver e acompanhar. Tá vendo porque é que eu amo essa série? Onde mais você encontra histórias tão mindblowing e deliciosas de se ver? Não há como negar, Fringe é a série mais inteligente e bem produzida que o mundo já viu, me perdoem os cínicos.

Bom, como foi visto no “Letters of Transit”, no ano de 2015 o mundo foi tomado pelos Observadores. Houve resistência no lado dos humanos, ou nativos como foram chamados os sobreviventes, e houve outros que decidiram não resistir e aliaram-se aos Observadores, os chamados fidelistas. A equipe Fringe original (Olivia, Astrid, Walter e Peter) lutou contra a invasão, mas foram derrotados e desapareceram; a resistência continuou operando na surdina, tentando bolar um plano para tomar o poder de volta e salvar o mundo. A Divisão Fringe continuou atuando sob a vista grossa de Windmark, líder dos Observadores, e apenas no intuito de controlar os nativos. Mas no ano de 2036 as coisas mudam, os agentes Simon e Etta da Divisão Fringe, que também operam na surdina contra a tirania, conseguem localizar a maior parte da equipe Fringe original. Infelizmente durante o resgate Simon fica preso em âmbar, mas Etta consegue salvar e fugir com Walter, Astrid e Peter, e assim todos seguem juntos na busca por Olivia.
Assistindo ao 4x19, na parte que a Etta conta a história dela perdendo os pais durante a tomada dos Observadores, meu sentido aranha começou a formigar, algo me dizia que aquela guria seria bem mais importante na história do que eu havia pensado. Isso somado ao fato de que ela era paciente demais com o Walter passou a formar uma teoria louca em minha cabeça. Mas o que entregou os pontos mesmo foi o pingente de bala que a moça vira e mexe ficava pegando, de repente a ficha caiu pra mim: “é a bala da Olive!” remetendo-me ao episódio“The Day We Died” quando o Walternate atira na cabeça da Olivia. Claro que eu sabia que não tinha como ser a mesma bala, já que aquilo nunca aconteceu, mas isso me fez levar a sério a louca teoria que se formava em minha cabeça... e se Etta fosse filha da Olivia? Elas definitivamente se parecem o bastante pra isso. E se na história que a Etta contou, os pais fossem Olive e Peter? Imagino que esses mesmos pensamentos passaram pela cabeça de vocês, então não foi uma grande surpresa pra mim e nem pra vocês quando Etta chama Peter de papai no final, certo?
O que me leva a comentar algo que me incomodava bastante no começo desse premiere: fui só eu que achei meio creepy as primeiras cenas de Peter e Etta? Sei lá, foi muito estranho. Apesar de que Josh e Georgina arrasaram na interpretação, eles conseguiam passar que aquele carinho todo era de pai pra filha e vice-versa. Mas mesmo assim levou um tempo pra me acostumar, acho que a estranheza só passou 100% quando a Olivia se junta ao grupo e consegui visualizar todos como uma família. Imagino como deve ser mais estranho ainda pros atores fazerem isso, a Anna eu sei que ainda não assimilou, vi uma entrevista com ela recentemente em que dizia isso. Mas ela é totalmente profissional, e já teve que atuar coisas mais difíceis no mundo Fringe antes, ela está se saindo perfeitamente bem e vai continuar assim. Pro Josh deve ser mais difícil, não só porque ele é homem mas também porque ele é muito palhaço, but creio que ele tá levando tudo na esportiva e tá se saindo melhor do que eu esperava até. Agora a Georgina, acabou de entrar no mundo Fringe e já tem que lidar com esse tipo de coisa, tadinha kkk mas ela tá indo super bem também.
Enfim, chegou a hora de mergulhar na história do season premiere. Walter divide com o grupo um plano pra recuperar a peça final do plano pra colocar em prática o plano pra destruir os Observadores. Não, eu não escrevi errado, é exatamente isso. E convenhamos, quem assiste Fringe já era pra estar acostumado com esses momentos “inception”. Mas voltando, segundo Walter, quando Setembro veio avisar sobre a revolta de sua raça, os dois criaram um plano para destruí-los, mas já que os Observadores têm a capacidade de ler as pessoas, Setembro fragmentou e codificou este plano na cabeça de Walter para evitar ser lido. De acordo com o Dr Bishop, a chave para decodificar tal plano estava na Grand Central Station e ele enviou Olivia para buscar, mas até o momento em que ele prendeu a si mesmo e os outros em âmbar ela não havia retornado. Então o plano agora é encontrar Olivia e conseguir a chave para reorganizar o plano original de Setembro e salvar o mundo.
Mas como encontrar Olivia depois de 21 anos? Estaria ela viva, morta ou presa em âmbar? O único jeito de descobrir era refazendo seus passos, e assim o quarteto fez. Posso dizer o quanto eu a-do-rei o mundo apocalíptico dos Observadores? Tudo de concreto e aço, sem mais plantinhas ou nada ligeiramente vivo, cheio de lixo nas ruas, e destruição, pichações de apoio/revolta aos tiranos, âmbar, etc. Tudo beeeeeeeeeeem mais legal que em Revolution (desculpa gente, mas é impossível não comparar as duas séries), pelo menos pra mim. Podem me chamar de sociopata mas prefiro muito mais o apocalipse pelo mundo destruído do que pelo mundo acabado (pra quem não vê diferença, eu explico: mundo destruído = onde tudo foi destruído, destroçado, quebrado, partido e etc, onde as pessoas guerrearam e foram mortas; mundo acabado = onde tudo simplesmente acabou, os recurso se esgotaram, as pessoas se dividiram, se acomodaram, e o povo morre é de fome ou sede ou doença ou velhice). Mas enfim, nesse mundo apocalíptico dos Observadores existe uma classe social chamada ‘ciganos do âmbar’, pessoas que resgatam outras de âmbar e as vendem no mercado negro. Já que nada é fácil para a equipe, eles descobrem que Olivia foi levada por ciganos e vendida.
E gente, quase morro do coração ao ver pra quem ela foi vendida: MARKHAM! Sempre adorei little guy, ria muito quando o Peter ia com a Olivia (e a Bolivia, em certa ocasião) na livraria dele. E achei super digno terem colocado ele pra ser o cara que comprou a Olive, faz todo o sentido, ele realmente sempre teve uma queda por ela, e foi fofo porque ele só queria o bem dela, tanto que nem resistiu quando os outros a levaram. Anyway, como eu já disse antes, nada é fácil para a equipe, então quando eles conseguem resgatar a Olivia, perdem o Walter. E o que é pior, perdem-no para os Observadores. E preciso dizer a quantidade de agonia que assolou meu coração durante as cenas de tortura com o Walter? Não né, é bem obvio porque todo mundo sentiu a mesma coisa. Mas gostei das cenas, achei legal terem exposto o Walter assim. Todo esse tempo, as quatro temporadas anteriores, sempre soubemos do que ele é capaz, mas vê-lo naquele estado, praticamente morto e ainda assim com esperança e ousadia o suficiente para não ceder aos tiranos, foi a prova final de que o velho é um herói.
Enquanto isso, acompanhando os outros quatro bolando um novo plano pra salvar Walter, pudemos testemunhar duas das cenas mais lindas da série, e que quase me mataram de chorar. A primeira foi o tão esperado reencontro de Olive e Etta, mãe e filha se conhecendo de novo no contexto daquela situação totalmente estranha. A satisfação nos olhos do Peter, o choque/felicidade da Olivia, o choro quase descontrolado da Etta, tudo foi lindo demais! Eu tinha medo de que pela estranheza da situação deles eu não fosse me comover tanto com o reencontro, mas como sempre Fringe consegue blow my mind de um jeito único, e lá estava eu soluçando com aquela cena emocionante ao extremo. A outra parte que me arrancou singelas lágrimas foi Peter e Olivia jogando as cartas na mesa sobre o passado, os pedidos de desculpa, as explicações, os sentimentos, foi tudo tão heartbreaking e ao mesmo tempo tão fofo. E tenho que dizer, o Joshua me maravilhou nessa cena de um jeito sem igual. A Anna está acostumada a fazer cenas que exigem esse tipo de carga emocional, e ela sempre me encanta porque a mulher transborda um talento inerente e exclusivo. Mas o Josh não, e ele nunca tinha conseguido me emocionar tanto assim, não porque ele seja ruim no que faz, mas porque o personagem dele exige outro tipo de comoção. Então agora que o Peter entrou num outro nível de profundidade, cogitei a possibilidade do Josh não dar conta, mas me enganei totalmente, o cara arrasou! Ver aquele choro e dor sinceros do Peter foi o bastante pra arrancar lágrimas de mim again.
Colocando em prática o plano de salvar Walter (by the way, amei a execução do plano, ver a família Bishop mais badass que nunca foi priceless! E ri muito na parte que o Peter corta um fio da máquina dizendo “it’s always the red wire” mas a bicha não para, aí ele tenta de novo dizendo “unless it’s the white wire” e funciona. Muita saudade desse humor discreto de Fringe!) e felizmente sendo bem sucedidos, a equipe finalmente completa volta para o cafofo de Etta. Mas, de novo, como nada para eles é fácil, isso tudo aconteceu tarde demais, os Observadores já tinham fuçando a mente de Walter o suficiente para estragar os fragmentos do plano, e ainda tinha conseguido identificar Etta como parte do grupo, o que fode mais ainda a vida deles porque perdem a vantagem de ter uma agente da Divisão Fringe como aliada, já que ela com certeza será expulsa e caçada, ou coisa pior. Mas a maior das lições que aprendemos com Fringe ao longo desses quatro anos é que sempre há esperança, não importa o quão dark estejam as coisas, o quão sozinho você se encontre ou o caos que te espera no futuro. Sempre há esperança. E foi isso que a plantinha mostrou pro Walter na cena final do episódio, que aliás, super entra na lista de mais emocionantes.
Mas e agora gente? O que fazer para derrotar os Observadores? Como criar um novo plano se a equipe se vê com cada vez menos recursos disponíveis? Isso sem contar os dramas pessoais que com certeza vão se abater sobre eles, afinal são uma família que não para de sofrer mais e mais tragédias. Como Peter e Olivia vão lidar com uma filha já crescida e independente? Como Etta vai lidar com os pais que tanto quis ter de volta mas não sabe nada sobre? Como Peter e Olivia vão lidar com as questões mal resolvidas entre si da época do desaparecimento de Etta? Eles vão poder se recuperar disso e serem um casal de novo? Enfim, muuuuuuuita coisa ainda para ser explorada nessa temporada final (e que não devia ser tão curta) e nós aqui, de coração partido mas ansiosos para acompanhar as últimas aventuras dos nossos heróis. Fringe forever <3

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