sexta-feira, 2 de novembro de 2012

[REVIEW] Fringe – 5x04 – The Bullet That Saved the World

 
RIP Henrietta Bishop. 

Lembram quando eu disse que o ultimate Fringe troll era continuar a quinta temporada a partir do episódio 19 da quarta? Bom, eu estava enganada. E lhes apresento nessa review o verdadeiro ultimate Fringe troll: matar a filha dos protagonistas no quarto episódio da última temporada. Sei que isso na verdade não é trollagem, é tragédia mesmo, mas que tem gostinho de trollagem, isso tem! Pelo menos de minha parte, ainda não consigo acreditar 100% na morte da Etta. Estou ciente de que não tinha como ela escapar, e estou ainda mais ciente que a Georgina Haig além de ter meio que dado como definitiva a morte de sua personagem, também confirmou sua saída da série, o que significa que não tem mesmo Etta. Mas sério, é simplesmente difícil e doloroso demais acreditar que Olivia e Peter perderam sua baby girl.
Mas não vou fazer essa review do fim pro início. Vou voltar a me indignar com a morte da Etta no fim do texto de novo, até lá vou comentar o resto do episódio como se o final não tivesse sido tão foda e roubado toda a cena. Pra começar, quero compartilhar da agonia que senti quando o Peter estava na lojinha e foi lido pelo Observador; eu já tava vendo ele ser capturado e o resto da equipe ter que fazer um perigoso resgate porque né, isso virou rotina na quinta temporada. Mas não, daddy volta são e salvo pro laboratório, amém (poha, o coração shipper acelerou quando a Olivia pergunta o que aconteceu e passa a mão no rosto dele, ain). E ainda merece o prêmio de pai do ano né porque arriscou a vida de geral só pra comprar um cordão pra filha (tão fofo aquele abraço!).
Na sequência recebemos a visita de um antigo membro da família Fringe: tio Broyles! Mais velho que não sei nem o quê, mas divo como sempre. Fico com pena do Broyles por ter que baixar a cabeça e aguentar abuso do Windmark, e ainda assim correr risco de ser eliminado a qualquer momento. E a aparição do Broyles me fez pensar em todos aqueles personagens recorrentes de Fringe que nessa última temporada não vão poder dar as caras, senti tanta nostalgia que doeu. Mas enfim, os Bishop e Astrid seguem na busca pelas fitas contendo o plano para derrotar os Observadores. Encontrada mais uma, ela indicava certos gráficos, que seriam essenciais para o plano, escondidos na estação de metrô. Só que pra acessar a estação, era necessário passar por check-points de Observadores e Legalistas, e para passar por eles era necessária uma distração. E daí veio uma jogada de mestre dos produtores para trazer de volta todos aqueles casos da Divisão Fringe que taaaanto amamos! Pra começar que ri como nunca na cena em que nossos heróis estão olhando o estoque de eventos que Walter guarda. Agora é hora de a equipe Fringe criar um pouco de caos também \o/
Após questionar um membro da resistência infiltrado nos legalistas, os Observadores tomam conhecimento do esconderijo dos Bishop. Nesse meio tempo temos uma das cenas mais lindas da série, Olivia e Etta conversando sobre ‘a bala que salvou o mundo’. Muitos sentimentos foram mexidos nessa cena; a referência ao fodástico último episódio da temporada anterior, o momento bonding de mãe e filha que é raro e sempre emocionante. Se já chorei horrores da primeira vez que vi essa cena, agora com o agravante que sei que a Etta está morta, nunca mais serei capaz de rever sem me derreter em lágrimas. Hell, acho que nunca mais serei capaz de rever, ponto final. Mas enfim, Etta é avisada do ataque dos Observadores ao esconderijo e a equipe consegue se safar, e ainda enganar os “boldies” de que nunca estiveram lá.
Os Bishop então dão continuidade ao plano, usam os eventos Fringe para passar pelos check-points e acessam a estação de metrô, recuperando assim os gráficos do plano. Mais uma incrível demonstração do quanto a família Bishop é bamf *-* Só que tudo foi em vão, Walter não faz a menor ideia do que os gráficos significam e qual a importância para o plano. Ou seja, tudo volta a mesma: nada de plano, só partes aleatórias que não fazem sentido algum. Nessa sequência tem outra das cenas mais lindas da série, o reencontro de Olivia e Broyles! Não que seja uma cena complexa, profunda e emocionante, não tem nada demais nela pra falar a verdade. A beleza toda está no contexto, quando se olha para trás e relembra tudo que os dois enfrentaram juntos, todas as vezes que Broyles foi um pai pra Olivia, que ele a apoiou mesmo ela parecendo louca, que ele a protegeu e acobertou, enfim, toda a história dos dois. Não sei quanto a vocês, mas quando ele olha pra ela e diz “agent Dunham” eu desmoronei, tudo que restou foi um resquício de pessoa por trás de memórias e lágrimas. And I regret nothing.
Além de matar a saudade, tio Broyles ajudou nossos heróis com munição. E é essa sequência que culmina na parte mais polêmica e importante do episódio. Curti toda a fuga e a luta etc, estava super empolgada e envolvida nas cenas, achei digníssimo o confronto de Windmark e Etta. Até a parte em que ele atira nela, pensei “que foda, ela vai ficar entre a vida e a morte!”, confesso que eu estava esperando por algo assim, só que apostava na Olivia pra ser quem levaria o tiro, não sei por quê. Mas enfim, os outros Bishop chegam até a Etta baleada e fica aquele pequeno drama, eu super envolvida mas acreditando cegamente que não acabaria ali. Aí a escrota da guria resolve da uma de mártir e aciona a bomba de antimatéria, forçando a família a ir embora e deixá-la morrer. Estou xingando de revolta com a situação, não que eu odeie a Etta; aliás, depois desse episódio meio que passei a gostar dela de verdade. Antes eu só engolia ela por ser uma Bishop também, mas nesses dois últimos episódios ela estava tão fofa, e agora que ela se foi nessas condições desenvolvi um carinho por ela, o que não ajuda em nada no meu luto, né.
Agora vou mergulhar em minhas reações diversas/devaneios. Assim que terminei o episódio fiquei em estado de choque, não conseguia nem acreditar no que tinha acontecido. Depois de ler algumas coisas, incluindo uma entrevista com a Georgina sobre a morte da personagem, passei da fase da negação e entrei na fase do luto, não conseguia parar de chorar e ficar lamentando aos quatro ventos. Racionalmente falando, é plausível o motivo de ter acontecido; é uma casualidade que tem que ser explorada, aquelas tragédias/incentivo para seguir na missão (como aconteceu com o Charlie na primeira temporada e com o Capitão Lincoln na quarta), e apesar de sofrer horrores sempre que isso ocorre, entendo que certas fatalidades são necessárias, afinal é uma série dramática.
Mas gente, dessa vez foi longe demais, muito mesmo! Como assim matar a filha do casal protagonista? É inaceitável, ainda mais depois de tudo que eles já passaram. E foi TÃO do nada, sério, o que me irrita mais é que não teve sinais de que uma catástrofe dessas ia acontecer. Foi muito repentino e precoce, podiam ter esperado pelo menos até o episódio 8 ou sei lá, deixar Olivia passar mais tempo com a filha já que finalmente elas pareciam estar se entendendo de verdade. E coitado do Peter, ele não vai aguentar mais essa. Sendo objetiva por um momento, acho digna a coragem e ousadia dos produtores de fazerem uma coisa dessas na série. De certa forma estou orgulhosa de Fringe por ir em lugares tão obscuros em nome de uma trama inteligente e impactante. Do ponto de vista técnico, essa abordagem é importante para a história e até gostei dela ser explorada sem medo. A minha revolta é puramente pelo lado emocional. Só de pensar no estado emocional que Polivia se encontra, perdendo a filha mais uma vez e agora pra sempre, sobe uma angustia, um desespero aqui dentro, aff. Eu quero a família Bishop completa e feliz!
Por isso aderi a essa galera que aposta que no final da temporada vai ter um reset na timeline e tudo vai voltar para aquela fatídica tarde no parque, só que os Observadores não vão invadir e Polivia poderão criar sua baby girl propriamente. Ou ainda existem aqueles que acreditam que o plano do Setembro na verdade tem como objetivo criar algum aparelho ou fenômeno que faça o tempo voltar para algum momento antes dos Observadores tomarem o poder. De uma maneira ou de outra, o resultado é o mesmo e é meio que o único jeito de fazer essa série ter um final feliz. Meu medo é só dos produtores não darem um final feliz, de Fringe pode-se esperar tudo e mais um pouco. Mas como bem aprendi com essa série, sempre há esperança, e apesar de estar inexplicavelmente abalada com a morte da Etta, vou encontrar algum lugar de onde tirar forças pra continuar firme nessa saga e não me deixar destruir pelo sofrimento do meu OTP. I believe in Fringe.

P.S.: review postada no Dia de Finados para endossar o ar dramático, porque né? haha

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