E agora, Peter?
Depois da morte da Etta, é mais do que óbvio que tudo pode
acontecer daqui pra frente em Fringe. Mas mesmo assim é impossível não ficar
surpreso/maravilhado/revoltado com cada novo twist que a trama toma; e este
último então, estou tão chocada que não sei como reagir. Peter, cego pelo
desespero e ódio com o assassinato da filha, comete a loucura de implantar o “chip”
dos Observadores na própria cabeça. O que é que pode sair daí, minha gente?
Nada de bom, com certeza. Será que ele vai parar de sentir? Vai virar um robô
bárbaro como os outros Observadores? Vai ficar careca? E o que será dos outros
Bishop? O que será da Olivia que, mais do que nunca, precisa do marido forte e
amoroso? Muitas perguntas, muito desespero.
Mas creio que a pergunta mais importante e que todos devem
estar se fazendo é: Peter vai entrar para o time dos malvados agora? Esse definitivamente
seria um dos maiores twists da série e encaixaria perfeitamente no nível da
temporada final; e é isso que me dá medo. Se ao menos eu tivesse certeza de que
no final eles vão mesmo voltar no tempo e nada disso terá acontecido, mas não
há como ter certeza de mais nada agora, nem de um final feliz. E se os Bishop
continuarem só se fodendo do jeito que está sendo até agora, dá até vontade de
torcer pra todo mundo morrer no final, pelo menos terão um pouco de paz,
finalmente.
Voltando ao 5x05, dá pra sentir que no final alguma coisa daria
em merda (só não se imaginava que seria das grandes) porque Polivia estava
irreconhecível. Estavam lindos, claro, pois até na maior tragédia de todas eles
conseguem ser o ship mais perfeito do mundo (aquela parte no começo deles no
quarto da Etta, pqp, chorei litros) e cada cena dos dois nesse episódio era um
curativo e uma facada no coração shipper. Mas individualmente, ambos estavam diferentes
do que estamos acostumados a ver, o mecanismo de enfrentamento adotado por cada
um nos ofereceu uma visão distinta para os dois personagens. E claro, adorei
isso, ficou instigante e nada forçado, do jeitinho que Fringe faz e eu gosto.
Peter estava afundando-se em revolta, ódio mesmo. O nosso
doce e romântico Peter estava rude, frio, indiferente. Estava tão alheio a si e
aos outros que chegou ao extremo de fazer o que fez, sem pensar nas
consequências. E o pior de tudo é que ele não parece ter se abalado nem se
arrependido, mesmo quando Olivia liga no ápice do desespero e implora por ele,
diz que o ama, ele reage bem impassível. Pergunto-me se foi o trocinho lá dos
Observadores que já fez efeito ou ele simplesmente já tinha deixado se importar
com os outros mesmo. E falando na Olivia, o nível de luto que a mulher atingiu
nesse episódio foi mais do que heartbreaking, eu apenas não conseguia não ficar
angustiada com todas as cenas dela, eram de uma tristeza mórbida tão profunda. Nunca
tinha se visto nossa Olive tão vulnerável quanto nesse 5x05, e com toda a razão,
claro. Aquele olhar vago dela, aquele arrastar, e quando o Walter dá a fita
para ela e conversa, ela se nega terminantemente sem hesitar em demonstrar a
intensidade de sua fraqueza. Mas nada se compara a cena que ela assiste à fita,
aquele momento em que ela quebra totalmente, aquele choro desesperado, a dor
era de uma tangibilidade que pqp. Emmy para Anna Torv, e com urgência!
Sinceramente eu não esperava por tudo que foi contemplado
nesse episódio. Claro que Fringe sempre blow my mind então não é a coisa mais
impressionante do mundo o fato da história ainda me pegar de guarda baixa. Mas tenho
que dizer que por essa ser a última temporada eu não esperava que a trama fosse
tão fundo quanto está indo, achei que seria só para finalizar as jornadas pessoais
dos personagens e é isso que está sendo na essência, mas o contexto está tão
inesperado e bem construído como eu nunca teria previsto. Agora mais do que
nunca tenho certeza de que a série vai ser encerrada com chave de ouro, a
qualidade não vai cair nessa última temporada, é justamente o contrário; Fringe
mais uma vez me convencendo de que é sim e sempre vai ser a série mais
inteligente e bem feita ever.
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