[REVIEW] Fringe – 5x10 – Anomaly XB6783746

 

Depois de alimentar os fãs com um pouco de alegria e esperança, Fringe nos dá um chute no estômago e um tapa na cara. Somos forçados a dizer adeus à uma das personagens mais fodas no mundo das séries e pegos de surpresa por uma revelação incrível. Haja coração, fringies!

Peço desculpas pela review curta e específica, mas estou muito abalada emocionalmente pra escrever sobre todo o episódio então vou me prender nos dois ápices apenas, começando pelo suicídio de Nina Sharp. Juro pra vocês que estou passando pela mesma situação que tive com a morte da Etta, aliás, até pior porque a Nina é uma personagem que acompanho e amo incondicionalmente desde o começo da série. Então é, não consigo acreditar que ela morreu, apenas não consigo. Na minha cabeça o Michael fez alguma coisa que vai trazê-la de volta, ou ela armou tudo e fingiu a morte, sl. Francamente eu espero tudo e qualquer coisa da Mrs. Sharp. Só sei que não quero acreditar, não vou me despedir e fazer discurso/homenagem a ela porque não consigo acreditar. A eterna diretora da Massive Dynamics, melhor amiga de Walter Bishop e William Bell, a “mãe” da Olivia em outra timeline morta? Não dá, meu cérebro e coração se recusam a processar que a minha Nina Sharp não mais se encontra neste plano.

E outra, quem é que vai tirar os pedaços do cérebro do Walter sem a Nina pra supervisionar o procedimento? É muito arriscado colocar outra pessoa, mas o Walter não pode ficar com os pedaços pra sempre, ele tá começando a me assustar também. A Nina era uma das poucas coisas que prendiam o Walter à versão “boazinha” dele, a amiga de juventude que soava como voz da consciência, sem ela a tendência é ele se deixar levar mais e mais para o lado negro da força. Para toda direção que se atire a morte da Nina não tem nenhum ângulo positivo, não dá pra se sentir motivado e juntar forças pra lutar, só dá vontade de jogar a toalha e ficar de luto pro resto da vida. Mas uma coisa é certa: agora mais do que nunca não fica dúvidas que o único final feliz possível nessa série é voltar no tempo. Aliás, só aceito dois finais pra Fringe: o feliz, onde se volta no tempo e todas essas tragédias são evitadas, ou o trágico, onde se destroi o mundo inteiro e todo mundo morre, aí não tem mais sofrimento pra ninguém.

Agora tratando do outro ápice do episódio: Donald é o Setembro! A versão humana do nosso querido e adorado Setembro. Com cabelo e sobrancelhas, e charme pra dar e vender. Como assim? Como isso é possível? Como aconteceu? Pra variar, Fringe respondeu algumas perguntas e elaborou outras mil em um episódio só. Agora também sabemos mais ou menos o que é o Michael, que não é uma criança, é uma mutação cromossômica, uma anomalia genética. Mas ainda assim, ficam no ar inúmeras questões sobre ele, que provavelmente nunca serão respondidas. Afinal, levamos quatro temporadas para entender realmente o que são os Observadores, não é agora com apenas 3 episódios restantes que vamos conseguir compreender como funciona uma anomalia da raça. Sem contar que, frente ao quadro geral da situação da série, esse afluente da trama é irrelevante, a única que precisamos mesmo saber é qual a importância de Michael no plano. Mas não deixa de ser uma pena ver que ficará essa ponta solta em Fringe, é de partir o coração ver a melhor série do mundo ter que falhar conscientemente por questões burocráticas da emissora D:

E o que resta agora para os fãs? Sentar, esperar e chorar. Teremos um hiatus de duas semanas e depois disso os três episódios finais, sendo os dois últimos um duplo. Nem adianta desejar feliz Natal e Ano Novo, pois para um fringie de verdade isso é impossível de acontecer.