quinta-feira, 21 de março de 2013

[REVIEW] The Vampire Diaries - 4x16 - Bring It On




Episodio com gostinho agridoce.

Se tem uma temporada que está dividindo opiniões e cambaleando da forma mais tortuosa possível em qualidade entre o “ruim” e o “aceitável”, esta temporada é, sem sombra de dúvidas, o quarto ano de The Vampire Diaries. Apesar de fazer parte do time de 90% de insatisfeitos, não consigo deixar de apreciar os esforços de Julie Plec desde o episódio anterior em tentar construir uma trama interessante e crível novamente aos olhos do público. Bom, o fato é que na semana anterior, nossa nem tão querida tia Julie estava em seu momento máximo de inspiração e nos presenteou com um episódio primoroso. Mas começo já a temer que aquele momento tenha sido o seu ápice de criatividade e que nunca mais veremos um episódio tão bom escrito e produzido por ela.


“Bring It On” voltou a ter os mesmos problemas de antigamente: Uma trama bagunçada, sem muito propósito e em alguns momentos indo ao extremo da chatice,  mas de certa forma deu para entender que ela serviu mais como um episódio introdutório do que para outra coisa. Na verdade, a trama surgiu mais como um episódio introdutório para The Originals, do que para The Vampire Diaries. Isso pode ser um ponto bem positivo para a nova série, porque as tramas pareceram promissoras, mas o meu real sentimento foi de descaso e abandono com personagens e uma trama que viemos acompanhando e torcendo já por quatro anos.

O fato mais interessante da trama foi justamente o plot que começou a se desenrolar interligando a história de Klaus e de Hayley, que logo darão adeus a Mystic Falls indo direto para New Orleans para protagonizar sua própria história. Sempre achei a personagem de Hayley em TVD extremamente mal aproveitada e sem propósito convincente que justificasse a sua inserção na série, além da presença estonteante de Phoebe Tonkin, é claro. Mas minhas impressões é que será em The Originals que a atriz terá sua chance de brilhar acompanhada de uma história interessante. Se isolarmos o fator sobrenatural, essa busca dela de suas origens e seus pais biológicos pode parecer uma coisa bem fraca e fútil para os padrões dos dias atuais e ainda mais uma série focada nos Originais, mas a história de Faye provavelmente vem acompanhada de muitos segredos e suponho até que de uma mitologia que parece ter certa consistencia. Hayley traz em sua pele uma marca de nascença em forma de meia-lua, que é fácil e abruptamente reconhecida por Klaus, causando nele certo interesse sobre a família da moça e aparentando já conhecer parte da sua história. Nem preciso dizer que daí pode surgir uma história extremamente interessante, a minha primeira teoria é de  que talvez Hayley pertença também a uma família original, mas de lobos, o que irá cair como uma luva para fazer um paralelo dela com o título da série. Fora isso, me sinto na obrigação de destacar a química impagável entre ela e Klaus. Phoebe Tonkin tem aquele ar Faye já por natureza, e juntando isso a cretinice e canalhisse de Klaus só poderia resultar no casal mais hot e que já estou shippando em level hard de forma que nunca shippei em toda série! Sorry, Caroline. Perdeu mesmo!

Bom, já que mencionei Caroline, vamos para a outra parte da trama que foi o que gerou meu desconforto. As expectativas e esperanças para que a trama andasse, foram depositadas de forma quase que integral em cima de Elena desligando sua humanidade e talvez vivendo a melhor versão bitch de si mesma. Mas quem diria que a Elena “não-humana” poderia ser mais chata do que a Elena mimizenta que todos estamos acostumados? COMO ISSO É POSSÍVEL, BRASIL? Ainda estou aqui tentando entender, mas é impossível mesmo algo que justifique isso. Ao invés de se tornar uma personagem interessante que segue a filosofia “I don’t give a damn”, Elena conseguiu me irritar como nunca, soando muitas vezes como uma adolescente birrenta e intragável. Não é como o Damon no início da série e definitivamente passa muito longe do que Katherine Pierce é. A Elena “badass” é egoísta de um jeito insuportável, e faz coisas absurdas sem justificativas que soem coerente. Nem sua maldade parece genuína, fazendo coisas por pura birra, seja para conseguir o acessório que quer ou por quase matar sua melhor amiga por ciúmes de seu ex.

Apesar de toda a chatice de Elena, o que salvou esse plot para mim foi justamente a junção de Caroline com Stefan, já que Tyler não aparecerá tão cedo na série e Klaus está indo embora junto com Rebekah. Caroline é uma das minhas personagens favoritas, e fico com a sensação de que todo personagem que fica perto dela automaticamente ganha minha simpatia, mesmo que esse seja o mala do Stefan. A amizade que há entre eles já foi explorada muitas vezes, então esse flerte em potencial entre os dois soa até que interessante e até conseguiu tirar a cara de tédio que Stefan tem por natureza mostrando que até os chatos podem  se divertir.

Damon aqui é deixado meio de lado, cumprindo apenas o papel de ir atrás de vampiros avulsos que o leve em direção da Vampiranha e da cura, que todos querem, menos nós. A motivação de Katherine em conseguir a cura ainda é o maior mistério da série no momento, mas o que mais quero é que ela deixe a bendita cair acidentalmente sem que ninguém beba para nunca mais ouvirmos falar nela. 

O que me deixou mais desapontado é terem esquecido completamente de abordar a única coisa que pode salvar a série no momento: Silas. Se o nome dele foi citado uma vez no episódio foi muito, e é algo que acredito que se bem trabalhado irá render bons momentos, e talvez até uma luta épica para incendiar Mystic Falls de uma vez. Não sei ainda se ele irá nos ganhar como Klaus ganhou um dia, mas acho que já é hora de começar a introduzir esse plot para tirarmos nossas próprias conclusões;

Bom, resumindo tudo, estou temendo por The Vampire Diaries. As tramas e os personagens que me animaram nesse episódio irão partir para uma série própria. Do que sobreviverá TVD daqui pra frente se o que irpa ficar não está interessante ainda? Aunt Julie, you better work your butt off!!!



P.S: Caroline ainda não tinha se dado conta que Tyler não iria voltar tão cedo. Cê jura, né?

P.S²: Episódio dessa semana tem Eleninha Furacão em NYC com mechas coloridas. Será que agora vai?










Um comentário:

  1. Minhas esperanças com essa temporada de TVD está quase no limite. Não entendo como uma série tão boa se torna tão miserável. Esse episódio não foi de todo ruim. Por ser uma especia de introdução para a nova série e para uma possível trama, espero que os próximos episódios sejam como os de antigamente.

    Acredito que Julie ficou muito focada em The Originals e tava pouco se ligando no roteiro de TVD. Espero que depois que as séries se separarem e ganharem caminhos diferentes, TVD volte a ser o que era no comando de tio Kev.

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