domingo, 7 de abril de 2013

[REVIEW] Doctor Who – 7x07 – The Rings of Akhaten



Mais um episódio para dividir a opinião dos fãs de Doctor Who. O mistério que envolve Clara vem ganhando uma nova dimensão a cada novo episódio e isso me deixa mais e mais curioso para saber quem ela, e como ela se tornou o que já vimos. Porém, o progresso da narrativa da temporada não está tendo muito progresso.


Que é verdade seja dita. E mesmo que doa nos fãs mais xiitas, essa segunda metade da temporada até meio “água com açúcar”. Sei que esse é apenas o segundo episódio, mas com uma temporada de apenas 13 episódios, dividida ao meio, não tem tempo a perder. Infelizmente, a impressão que tenho é que o roteiro tenta desenvolver histórias simultâneas, aparentemente sem ligação nenhuma, e que vão nos levar a lugar nenhum.

Digo isso, pois mais uma vez não tivemos nenhuma resposta e só aparecem mais dúvidas e insinuações que tentam fazer uma série inteligente com links nos mínimos detalhes que fazem toda a diferença. Entretanto, sinto falta da época em que DW era mais do que isso e conseguia construir uma storyline emocionante sem parecer forçadamente astuta e perspicaz.

No episódio o Doctor voltou ao passado para tentar entender um pouco mais sobre Clara. Talvez esse fosse o detalhe que estava faltando para fechar a teoria de que nova companion é uma mistura entre companions anteriores. A priori isso não faz nenhum ou até pouco sentido. Mas tratando-se de Doctor Who deve haver uma explicação. 

Ela quer viajar pelo mundo (Astrid) e não consegue se lembrar do Doctor, mesmo que ele saiba tudo sobre ela(Donna), um homem para quem ela deixa mensagens secretas (Rose) e conhece na ordem errada (River) mas é o destino que eles sempre se encontrem (Wilf). Ela é boa com computadores (Micky) e ganha a vida cuidando de pessoas (Martha) mais especificamente de crianças que não são suas (Sarah Jane). Ela conhece o Doctor quando é uma criança (Amy) e continua morrendo (Rory) mas o tempo todo ela volta à vida (Jack).

Já é estilo registrado do Moffat trazer mais perguntas do que respostas e explodir nossas cabeças com uma series finale cheia de informações e acontecimentos capazes de levar as mentes mais frágeis à loucura, ou até mesmo sambar na nossa cara com mais interrogações e uma espera interminável até o próximo episódio.
Porém, deve haver um equilíbrio nessas questões e é exatamente isso que acho que faltando na série. Bons diálogos e uns quinze minutos de intensa emoção não fazem um bom episódio. É preciso ter ritmo e desenvolvimento. The Rings of Akhaten não teve uma boa evolução. E isso foi uma pena, pois havia potencial na estrutura do episódio para fazer coisas surpreendentes.

Os melhores momentos foram deixados para o desfecho, que foi lindo, emocionante e quase me fez chorar. Contudo, não dava para ignorar os minutos antecessores em que ficava me perguntando aonde a história iria levar. Qual eram a intenção e o propósito das coisas que estavam acontecendo. Esperava ser surpreendido com mais perguntas ou com uma resposta, ou até mesmo o vislumbre de uma. Estava esperando por qualquer coisa que fizesse uma ligação, ou algum sentido com tudo que eu tinha visto.

Eu até mesmo ignorei o fato das leis da física serem menosprezadas no episódio, uma coisa que nunca tinha acontecido antes com Doctor Who. Não sei se quando a série foge um pouco de salvar a humanidade de uma ameaça alienígena, ou em uma galáxia completamente diferente, as coisas funcionem de uma maneira da qual não estamos acostumados.

E uma coisa que me fez gostar ainda mais de Clara foi quando ela disse ao Doctor que viajaria com ele, mas não seria a sombra de um fantasma. Não sabe ela que esse fantasma é ela mesma. Ou uma versão futura dela. Ou um clone. Talvez tudo isso tenha acontecido num universo paralelo. Até aqui fica difícil dizer.



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