Fazia algum tempo que não se
sentia motivado a escrever sobre Grey’s Anatomy aqui no blog. Fato que nas
semanas anteriores dei prioridade a outros projetos porque eu não estava muito
satisfeito com trama, principalmente no tocante à Bailey e ao relacionamento de
Cristina e Meredith.
Infelizmente não posso dizer que
isso são águas passadas. Mas se tem uma coisa que aprendi nesses 10 anos de
Grey’s é que a jornada sempre vale à pena, mesmo quando a gente fica P da vida
com a Shonda. Tudo faz parte da magia do entretenimento, e se quisermos que o
show continue, precisamos nos entregar de braços abertos.
O episódio me deixou bastante
satisfeito. Me emocionei com a cena da Becca finalmente conseguindo mexer o
braço mecânico e o marido dela dizendo “pensei que você nunca fosse me tocar
novamente”; vibrei com Calzona; senti vergonha alheia da April e suas irmãs,
bem como do Matthew tendo que suportar o Jackson; e senti raiva (mais uma vez,
para variar) das brigas constantes de Meredith e Cristina.
Vamos começar pelo que mais me
irrita no momento. Bem, Cristina e Meredith não estão em seus melhores momentos
como “person” uma da outra. Não gosto nem um pouco de uma amizade tão bonita
sendo destruída dessa maneira. Depois de tudo que as personagens passaram
juntas, acredito que mais do que nunca deveriam estar se apoiando.
Em vez disso roga o desprezo.
Quando penso que as duas estão tendo uma conversa decente, como duas pessoas
adultas, elas começam a brigar, a colocar palavras e sentidos que não estavam
ali (pelo menos não intencionalmente). É errado ter que escolher lados, mas
nessa briga estou ao lado da Cristina. Não que ela tenha mais razão, mas porque
a Meredith perdeu a credibilidade que tinha por levar uma decisão profissional
para o lado pessoal.
Pelo menos uma vez na vida
passamos por uma situação semelhante. Em vez de agirem como amigas a adultas e
tentar resolver o problema (seja lá qual for o problema), elas continuam se
engalfinhando como duas crianças meninas minadas no recreio. Confesso que
fiquei feliz pela morte da ovelha, e vibrei quando Cristina e Ross fizeram a
“dança da vitória” para comemorar a estabilidade do paciente recém nascido.
Esse tipo de atitude da minha
parte é o que mais magoa, porque não queria ter que tomar parte de um lado nessa briga, mas está se tornando insuportável ficar imparcial, e com um bom fã, eu
meto o bedelho na vida dos personagens que eu amo, porque eu quero o bem deles. Não espero que essa temporada termine com um clima chato e uma despedida dolorosa da
Sandra Oh do cast, porém pelo andar da carruagem, acho que vai ser
assim, e isso vai doer muito.
Deixando Meredith e Cristina de
lado, estou gostando de ver Derek e Torres juntos fazendo inovação médica.
Fazia tempo que não me emocionava com um caso de um paciente e o dessa semana
fez meus olhos marejarem. Vejo isso como um sinal positivo de que a série está
entrando nos eixos e voltando com os casos médicos interessantes e
emocionantes. Sinto falta dos grandes traumas, e das histórias emocionantes que
marcaram esses dez anos.
Quem não se lembra da menina do
estupro que tinha os sapatos iguais ao da Mer lá na primeira temporada? Como se
esquecer de Denny Duquette e sua morte inesperada? Como não se lembrar de
George e Alex operando um homem dentro do elevador sobre a orientação de Burk?
E o cara com o lápis do olho lá na quarta temporada? Bem, esses são apenas
alguns dos casos que mais me marcaram. O caso da Becca provavelmente vai entrar
nessa lista.
O episódio acertou em cheio com
Calzona. Já estava ficando um pouco atrás nessa relação e como Leah estava
esperando a bolha estourar e elas se separem novamente. Contudo, Callie mostra
mais uma vez sua força e seu auto domínio a acaba resolvendo (pelo menos por
enquanto) o problema das brigas.
Calzona é o segundo casal mais
amado dessa série (MerDer continua com o primeiro lugar!) e seria injusto com o
público deixar elas separadas, mesmo eu achando que a Arizona não merece a
Callie. Pelo menos me senti vingado com os comentários da irmã da April para
com a Arizona. Aquela analogia com o cachorro manco me fez morrer de rir. Tive
que voltar a cena para ver tudo de novo.
E já que citei a April, vamos
falar no casamento menos aguardado do ano! Não estou nem um pouco empolgado com
essa história de casamento. Acho que porque lá no fundo acho que vai dar errado
e April vai acabar fugindo com Jackson pela porta dos fundos da igreja. Talvez
se o roteiro não insistisse de que ainda há algo mal resolvido entre os médicos
eu ficaria mais tranqüilo.
Todavia, não é bem assim. Toda
vez que o Jackson aparece a April fica estranha, e o clima fica denso. Depois
me arregaçar as mangas e mostrar para as irmãs insuportáveis que não é mais um
patinho feio, e nem virgem, acho que ela é capaz, sim, de fugir no dia do
casamento. Seria uma pena para o
Matthew, mas relacionamentos de médicos regulares com o elenco de apoio não
costumam ser duradouro. Na verdade costuma acabar mal. Podem perguntar ao
Henry, por exemplo. Isso é, se você se lembrar quem ele foi.
Agora vamos falar da Miranda que
continua com esse plot de TOC. Sei que essa é uma doença série, mas a forma
como ela está sendo abordada na série não me agrada muito. Não sei se o fato de
envolver a Bailey, ou se é o desenvolvimento que ainda não está sendo
apropriado. De qualquer forma, sinto que tem alguma coisa faltando.
Por enquanto, a única coisa
positiva que vejo foram ter envolvido o Richard nessa história. Além de dar
alguma coisa relevante para ele fazer, temos um pouco mais de interação entre
os médicos mais esquecidos do elenco. Faz um bom tempo que ambos não têm uma
storyline decente. Mirando, por exemplo, já chegou ao fundo do poço com o plot
danadinha. E desde que Elis e Adele morreram, Richard ficou muito saudosista e
só sabe contar histórias. Cadê Catherine Avery para agitar esse hospital?
Para finalizar essa review,
gostaria de falar da volta do pai de Alex. Já havia imaginado que isso fosse acontecer,
mas preferi apostar que iriam deixar isso de lado por mais tempo. Toda essa
história é muito complicada e confusa, principalmente porque a Jo acabou
ficando no meio de tudo. O que eu menos quero agora é que a volta do Jimmy
venham, de alguma forma, arruinar o relacionamento dos dois.
Demorou tanto tempo para Alex
encontrar alguém especial depois da Izzie, que cheguei a achar que ele não
fosse arrumar mais ninguém. Que fiquem registrados aqui a minha vontade para
que tudo dê certo para o terceiro melhor casal da série.
Quero avisar a vocês que o
próximo episódio será o último do ano e promete grandes emoções. Vamos
finalmente saber o que vai acontecer no casamento da April, só espero que não
acabe em lágrimas como foi o da Yang no final da terceira temporada. E segundo a sinopse do episódio, Derek
receberá uma ligação que mudará a vida dele. Será que Addison Shepherd estaria
de volta para sua despedida?
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