domingo, 8 de dezembro de 2013

[REVIEW] Grey’s Anatomy – 10x11 – Man on the Moon


Fazia algum tempo que não se sentia motivado a escrever sobre Grey’s Anatomy aqui no blog. Fato que nas semanas anteriores dei prioridade a outros projetos porque eu não estava muito satisfeito com trama, principalmente no tocante à Bailey e ao relacionamento de Cristina e Meredith.


Infelizmente não posso dizer que isso são águas passadas. Mas se tem uma coisa que aprendi nesses 10 anos de Grey’s é que a jornada sempre vale à pena, mesmo quando a gente fica P da vida com a Shonda. Tudo faz parte da magia do entretenimento, e se quisermos que o show continue, precisamos nos entregar de braços abertos.

O episódio me deixou bastante satisfeito. Me emocionei com a cena da Becca finalmente conseguindo mexer o braço mecânico e o marido dela dizendo “pensei que você nunca fosse me tocar novamente”; vibrei com Calzona; senti vergonha alheia da April e suas irmãs, bem como do Matthew tendo que suportar o Jackson; e senti raiva (mais uma vez, para variar) das brigas constantes de Meredith e Cristina.

Vamos começar pelo que mais me irrita no momento. Bem, Cristina e Meredith não estão em seus melhores momentos como “person” uma da outra. Não gosto nem um pouco de uma amizade tão bonita sendo destruída dessa maneira. Depois de tudo que as personagens passaram juntas, acredito que mais do que nunca deveriam estar se apoiando.

Em vez disso roga o desprezo. Quando penso que as duas estão tendo uma conversa decente, como duas pessoas adultas, elas começam a brigar, a colocar palavras e sentidos que não estavam ali (pelo menos não intencionalmente). É errado ter que escolher lados, mas nessa briga estou ao lado da Cristina. Não que ela tenha mais razão, mas porque a Meredith perdeu a credibilidade que tinha por levar uma decisão profissional para o lado pessoal.

Pelo menos uma vez na vida passamos por uma situação semelhante. Em vez de agirem como amigas a adultas e tentar resolver o problema (seja lá qual for o problema), elas continuam se engalfinhando como duas crianças meninas minadas no recreio. Confesso que fiquei feliz pela morte da ovelha, e vibrei quando Cristina e Ross fizeram a “dança da vitória” para comemorar a estabilidade do paciente recém nascido.



Esse tipo de atitude da minha parte é o que mais magoa, porque não queria ter que tomar parte de um lado nessa briga, mas está se tornando insuportável ficar imparcial, e com um bom fã, eu meto o bedelho na vida dos personagens que eu amo, porque eu quero o bem deles. Não espero que essa temporada termine com um clima chato e uma despedida dolorosa da Sandra Oh do cast, porém pelo andar da carruagem, acho que vai ser assim, e isso vai doer muito.

Deixando Meredith e Cristina de lado, estou gostando de ver Derek e Torres juntos fazendo inovação médica. Fazia tempo que não me emocionava com um caso de um paciente e o dessa semana fez meus olhos marejarem. Vejo isso como um sinal positivo de que a série está entrando nos eixos e voltando com os casos médicos interessantes e emocionantes. Sinto falta dos grandes traumas, e das histórias emocionantes que marcaram esses dez anos.

Quem não se lembra da menina do estupro que tinha os sapatos iguais ao da Mer lá na primeira temporada? Como se esquecer de Denny Duquette e sua morte inesperada? Como não se lembrar de George e Alex operando um homem dentro do elevador sobre a orientação de Burk? E o cara com o lápis do olho lá na quarta temporada? Bem, esses são apenas alguns dos casos que mais me marcaram. O caso da Becca provavelmente vai entrar nessa lista.

O episódio acertou em cheio com Calzona. Já estava ficando um pouco atrás nessa relação e como Leah estava esperando a bolha estourar e elas se separem novamente. Contudo, Callie mostra mais uma vez sua força e seu auto domínio a acaba resolvendo (pelo menos por enquanto) o problema das brigas.



Calzona é o segundo casal mais amado dessa série (MerDer continua com o primeiro lugar!) e seria injusto com o público deixar elas separadas, mesmo eu achando que a Arizona não merece a Callie. Pelo menos me senti vingado com os comentários da irmã da April para com a Arizona. Aquela analogia com o cachorro manco me fez morrer de rir. Tive que voltar a cena para ver tudo de novo.

E já que citei a April, vamos falar no casamento menos aguardado do ano! Não estou nem um pouco empolgado com essa história de casamento. Acho que porque lá no fundo acho que vai dar errado e April vai acabar fugindo com Jackson pela porta dos fundos da igreja. Talvez se o roteiro não insistisse de que ainda há algo mal resolvido entre os médicos eu ficaria mais tranqüilo.



Todavia, não é bem assim. Toda vez que o Jackson aparece a April fica estranha, e o clima fica denso. Depois me arregaçar as mangas e mostrar para as irmãs insuportáveis que não é mais um patinho feio, e nem virgem, acho que ela é capaz, sim, de fugir no dia do casamento.  Seria uma pena para o Matthew, mas relacionamentos de médicos regulares com o elenco de apoio não costumam ser duradouro. Na verdade costuma acabar mal. Podem perguntar ao Henry, por exemplo. Isso é, se você se lembrar quem ele foi.

Agora vamos falar da Miranda que continua com esse plot de TOC. Sei que essa é uma doença série, mas a forma como ela está sendo abordada na série não me agrada muito. Não sei se o fato de envolver a Bailey, ou se é o desenvolvimento que ainda não está sendo apropriado. De qualquer forma, sinto que tem alguma coisa faltando.

Por enquanto, a única coisa positiva que vejo foram ter envolvido o Richard nessa história. Além de dar alguma coisa relevante para ele fazer, temos um pouco mais de interação entre os médicos mais esquecidos do elenco. Faz um bom tempo que ambos não têm uma storyline decente. Mirando, por exemplo, já chegou ao fundo do poço com o plot danadinha. E desde que Elis e Adele morreram, Richard ficou muito saudosista e só sabe contar histórias. Cadê Catherine Avery para agitar esse hospital?

Para finalizar essa review, gostaria de falar da volta do pai de Alex. Já havia imaginado que isso fosse acontecer, mas preferi apostar que iriam deixar isso de lado por mais tempo. Toda essa história é muito complicada e confusa, principalmente porque a Jo acabou ficando no meio de tudo. O que eu menos quero agora é que a volta do Jimmy venham, de alguma forma, arruinar o relacionamento dos dois.



Demorou tanto tempo para Alex encontrar alguém especial depois da Izzie, que cheguei a achar que ele não fosse arrumar mais ninguém. Que fiquem registrados aqui a minha vontade para que tudo dê certo para o terceiro melhor casal da série.


Quero avisar a vocês que o próximo episódio será o último do ano e promete grandes emoções. Vamos finalmente saber o que vai acontecer no casamento da April, só espero que não acabe em lágrimas como foi o da Yang no final da terceira temporada.  E segundo a sinopse do episódio, Derek receberá uma ligação que mudará a vida dele. Será que Addison Shepherd estaria de volta para sua despedida?

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